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Original para a Internet

Uma verdade libertadora em um canteiro de morangos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 14 de outubro de 2024


Quando eu era muito jovem, nossa família possuía um grande pomar, repleto de vegetais e árvores frutíferas, onde hoje é a República Democrática do Congo. No meio desse pomar havia um grande canteiro de morangos, protegido por uma cerca bem alta para impedir a entrada de visitantes indesejados, ansiosos para provar a deliciosa fruta. Os morangos eram grandes e doces, provenientes de uma cepa especialmente importada, e eram o orgulho e a alegria de minha mãe.

Eu adorava morangos e os comia diariamente. Infelizmente, eu era alérgica a eles e sempre sofria de uma erupção na pele com muita coceira, logo após ingeri-los. Meus pais sabiam da minha alergia, e me alertavam para não provar essa fruta.

Um dia, quando eu havia comido aquelas deliciosas frutas, vi nosso cachorrinho, um Terrier de pêlo cerdoso, chamado Tembo (que significa elefante no idioma Suaíli), comendo-as também, o que ele gostava muito de fazer. Eu vi os pássaros, que voavam bem alto e não eram impedidos pela cerca, também se deliciando com as frutas, e pensei comigo mesma: “Por que eles não aparecem com coceiras como eu, quando comem morangos?” Pareceu-me que eu tinha o direito de comer as frutas tão livremente quanto eles. Lembro-me de ter sentido muito alívio e alegria assim que essa ideia me veio à mente.

Não pensei mais nisso até o dia seguinte, quando, para minha surpresa, a erupção habitual não apareceu. A erupção nunca mais reapareceu, e esse foi o fim da alergia. Desde aquele dia, passei a comer meus preciosos morangos, sem quaisquer efeitos graves.

Como aconteceu essa cura?

Ao refletir sobre essa experiência, percebo que, sem saber, eu havia percebido uma verdade espiritual universal, a de que os filhos de Deus e todas as Suas criaturas são inocentes. Ninguém pode sofrer penalidade por alguma atividade inofensiva ou normal. Embora eu não soubesse disso na época, por instinto veio-me o senso do que é minha inocência inata, e também do fato de que eu possuía o mesmo direito, que o meu cachorro Tembo e os pássaros tinham, de comer aqueles morangos, sem serem penalizados. Eu havia me deparado com uma verdade divina que é explicada nos ensinamentos da Ciência Cristã.

Na época, eu não tinha nenhum conhecimento da Ciência Cristã ou de qualquer outra religião. Em nossa casa, Deus não existia; a Bíblia era proibida; e Cristo Jesus nunca era mencionado. Embora anos depois eu tenha estudado muitas religiões, sempre foi para mim mais um exercício intelectual do que uma busca pela verdade ou por um lar espiritual. Eu havia me convencido de que todas as “pobres pessoas iludidas” que seguiam Cristo não sabiam o que estavam fazendo.

Esse ponto de vista mudou quando eu já era uma jovem adulta e conheci a Ciência Cristã. Por meio da leitura do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, compreendi que, embora eu não soubesse nada a respeito de Deus, Deus sabia tudo sobre mim. Deus, sendo a Mente divina, me conhecia como inteiramente espiritual e pura, pois Ele me criou à Sua imagem e semelhança. Aliás, eu era governada por Deus, pelo Espírito divino e pela harmonia da lei espiritual. Eu não estava sujeita a leis materiais de nenhuma espécie, inclusive àquelas relativas à saúde, portanto, eu não podia sofrer quaisquer consequências por desobedecer a essas leis.

Ciência e Saúde nos diz: “Deveríamos libertar nossa mente do pensamento depressivo de termos transgredido uma lei material e de que temos, forçosamente, de sofrer as consequências. Tranquilizemo-nos com a lei do Amor” (p. 384). Durante todos aqueles anos, sem compreendê-la completamente, eu havia aceitado essa grande verdade com a inocência e receptividade de uma criança, e havia sido curada.

E enquanto lia Ciência e Saúde, a mesma alegria e elevação de pensamento inexplicáveis, ​​que eu vivenciara naquele canteiro de morangos, me sobrevieram novamente. Isso eu não podia ignorar. Ao ler o livro-texto, era como se ele é que estivesse me lendo ― todas as perguntas que eu alguma vez fizera a respeito de Deus foram respondidas, até não restar mais nenhuma dúvida sobre Sua existência. Ficou claro para mim que Deus, o Amor divino, está sempre conosco e ao alcance de todos que O buscam. Visto que Deus é onipotente, onipresente e onisciente, não há nenhum lugar ou ocasião em que o Amor não esteja presente e não possa ser sentido. O Amor é universal e próximo, e cinge a todos.  

Entendi que Deus nunca é compreendido por meio do intelecto humano ou dos sentidos materiais, mas sempre por meio do senso espiritual, o que é explicado em Ciência e Saúde como “…a capacidade consciente e constante de compreender a Deus” (p. 209). Cada um de nós, sem exceção, tem essa capacidade de conhecer nosso Pai-Mãe celestial ― de ter o pensamento inocente como o de uma criança, o qual é naturalmente receptivo ao bem.

Lembro-me de, quando criança, estar na casa de amigos cristãos e ver gravuras que ilustravam histórias da Bíblia, inclusive as curas de Cristo Jesus. Eu nunca falei dessas histórias da Bíblia em casa, mas elas permaneceram comigo e me atraíram para as Escrituras e, por fim, para Ciência e Saúde, a chave que me abriu as Escrituras.

As verdades espirituais contidas no livro-texto fizeram sentido para mim e me tocaram de modo imediato e profundo, explicando e esclarecendo aquelas histórias bíblicas. A Bíblia se tornou uma amiga e companheira para mim, ao invés de um fruto proibido. Esses dois livros se tornaram o meu pastor e calaram fundo em mim a respeito da bondade de Deus e do poder sanador da Verdade divina, como uma “…Ciência imanente, eterna, e não como exibição fenomenal” (Ciência e Saúde, p. 150).

Hoje, quando enfrento um problema, lembro-me daquela criança pequena e do canteiro de morangos. Seu inato senso de justiça ― a convicção de que ela também tinha o direito de comer à vontade ― demonstrou que Deus estava com ela. O Cristo, a Verdade que Jesus demonstrou, já falava com ela naquela época, e continua tocando todo coração receptivo como o de uma criança.

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