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Original para a Internet

Amar nossa verdadeira identidade

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 1º de maio de 2025


Ouvimos dizer com frequência que é importante amar a si mesmo — que para amarmos os outros devemos primeiro amar a nós mesmos. Mas o que isso significa?

A maioria das religiões mundiais ensinam que: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles…” (Mateus 7:12). As igrejas cristãs chamam de Regra Áurea esse ensinamento de Cristo Jesus. Ele também ensinou: “…Amarás o teu próximo como a ti mesmo” e disse que esse é o segundo grande mandamento. O primeiro e mais importante é: “…Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22:37–39).

No contexto desses mandamentos bíblicos, amar a nós mesmos significa muito mais do que meramente sentir-se bem com quem nós somos — e também não quer dizer que estejamos sendo egoístas. É a exigência divina de compreendermos e amarmos nossa verdadeira identidade, à medida que crescemos em nossa compreensão e amor por Deus. Lemos na Bíblia, em 1 João, que “Deus é amor…” (4:16) e o livro-texto da Ciência Cristã expande essa ideia, dizendo: “ ‘Deus é Amor.’ Mais do que isso não podemos pedir, mais alto não podemos olhar, mais longe não podemos ir” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 6). Amar a nós mesmos é saber que nossa verdadeira individualidade é a expressão de Deus, o Espírito infinito; significa conhecer nossa verdadeira natureza espiritual.

Quando amamos a nós mesmos dessa maneira, sentimo-nos naturalmente próximos a Deus. E quando conhecemos melhor a Deus, passamos a ser mais receptivos ao cuidado e ao amor que Deus tem por nós. Existem três aspectos nesses dois grandes mandamentos: o amor a Deus, o amor ao próximo e o amor por nós mesmos. Juntos, eles formam um tripé. Nosso amor fica seguro quando está fundamentado em todos os três pés. À medida que amamos mais a Deus, nós “…amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4:19), e constatamos que podemos naturalmente amar mais os outros e a nós mesmos.

Quanto mais expressamos nosso amor a Deus, amando os outros, mais deixamos para trás a sensação de que o amor seja oneroso ou tenha de ser seletivo, pois suas raízes estão em Deus, o Amor infinito. Talvez não gostemos de todas as pessoas que conhecemos, mas podemos amá-las. Em outras palavras: podemos amá-las vendo-as como Deus as vê. E isso é fato também quanto ao amor por nós mesmos. Por exemplo, talvez não gostemos de ficar impacientes com frequência, mas ao honrarmos os dois grandes mandamentos, e sendo receptivos ao amor de Deus por nós, o senso humano de nossa identidade como a de um mortal impaciente cede à perfeita (e paciente) criação divina de Deus, como cada um de nós verdadeiramente é. Isso leva o amor a um nível mais elevado do que aquele amor humano pessoal e limitado. Também faz com que deixemos de pensar que amaremos mais a nós mesmos “quando” algo acontecer: quando emagrecermos, quando trocarmos de emprego, quando nos casarmos etc.

Quanto mais compreendemos a Deus, mais vemos nossa verdadeira identidade, não em termos de traços de personalidade humana, com pontos fortes ou fracos, de que gostamos ou não gostamos, com atributos físicos positivos ou negativos, mas sim, como filhos de Deus. Isso evita que mergulhemos no esforço crônico de autoaperfeiçoamento ou autocrítica. Quando somos tentados a ver algo que não seja a semelhança de Deus, em nós mesmos ou nos outros, a oração faz o pensamento se voltar ao céu — para a explicação bíblica de que cada um de nós é a imagem, o filho de Deus (ver Gênesis 1:26, 27). Isso significa que nunca estamos separados de Deus, o bem, e podemos perceber nossa plenitude como ideia divina da infinita Mente divina, Deus.

Referindo-se à verdadeira identidade de cada um de nós, Ciência e Saúde declara: “O homem é ideia, a imagem, do Amor; ele não é físico. Ele é a ideia de Deus, ideia composta que inclui todas as ideias corretas…” (p. 475). A Ciência Cristã ensina que ver a si mesmo dessa maneira é natural para todos — uma capacidade dada pelo Amor divino — e é a base de toda a verdadeira satisfação. À medida que conhecemos melhor a Deus, vemos nossa identidade mais em termos de qualidades espirituais provenientes de Deus, tais como desprendimento, alegria, confiança e equilíbrio.

Nossa história humana de falhas e características desagradáveis pode parecer um obstáculo temporário para amarmos a nós mesmos, mas não pode nos impedir de sentir o amor. A Ciência Cristã explica que as características mortais como medo, dúvida, autocondenação e vontade humana são falsificações de nossa verdadeira identidade espiritual como imagem do Amor. Nossa verdadeira natureza é dada por Deus. Deus não pode criar algo dessemelhante do que é divino, por isso esses traços começam a perder o controle sobre nós e sobre o que pensamos a respeito de nós mesmos, à medida que os corrigimos, e isso resulta em cura.

Depois de orar com essas ideias por algum tempo, um problema de saúde com o qual eu vinha lutando havia alguns anos, de repente cedeu. Também perdi bastante do excesso de peso que estava relacionado ao problema, sem mudar especificamente minha alimentação ou meu nível de atividade. O que mudou foi a profundidade de saber que, quando amamos a nós mesmos, sabemos que somos perfeitos agora, não que seremos perfeitos algum dia no futuro. Não somos uma obra em processo de fabricação, mas sim a ideia sempre resplandecente do Amor infinito, que reflete desprendimento, bondade e inocência. Saber isso nos ajuda a ter mais amor e compaixão pelos outros, abrangendo o mundo todo.

Deus é a causa de todo o amor que realmente existe, e o exemplo de Jesus, com relação a amar a Deus de todo o coração, alma e mente, e amar o próximo como a si mesmo, é digno de nosso empenho para fazer o mesmo. Como Deus ama a todos nós de maneira ilimitada e permanente, sempre temos uma base para amar. E isso abençoa não apenas as pessoas que fazem parte de nossa vida e o mundo em geral, mas também a nós mesmos.

Larissa Snorek
Redatora-Adjunta 

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