Há alguns anos, eu estava pronta para viajar com meu marido para a Grécia. Enquanto aguardávamos o táxi para o aeroporto, eu me abaixei para pegar algo e senti uma dor aguda nas costas. Tive dificuldade para me erguer, e me movimentar foi um desafio.
Liguei para uma praticista da Ciência Cristã; ela disse que começaria a orar imediatamente. A sua certeza de que tudo estava sob os cuidados de Deus me reconfortou.
Encorajada por essas orações, decidi continuar com nossos planos de viagem. A jornada foi bastante desafiadora, e fiquei muito grata pelo cuidado e auxílio amorosos de meu marido. Também fiquei muito grata pelo fato de que os amigos, que nos hospedaram na Grécia, aparentemente não perceberam que eu estava com um problema, pois ficamos numa parte separada, na casa deles.
Durante a primeira noite, não consegui me deitar confortavelmente. Eu me apoiei na cama, e orei a noite toda com “a declaração científica sobre o existir” que consta em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy (p. 468). Essa declaração termina com a seguinte citação: “O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual”. Eu estava me esforçando para captar, e aceitar plenamente, que sou espiritual, não material.
Alguns dias depois, enquanto estudava a Lição-Sermão bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, li esse trecho de Ciência e Saúde: “Esse Cristo, o caráter divino do homem Jesus, era sua natureza divina, a santidade que o animava” (p. 26). Isso me tocou de modo muito singelo. Ao curar tanto os doentes, quanto os pecadores, Cristo Jesus provou que todos expressam a natureza divina. Percebi, naquele momento, que eu também refletia a natureza divina, e que Deus estava me animando! Meu verdadeiro existir não era material, mas espiritual — animado, ou movido, pelo Espírito, Deus. Percebi calidez e suavidade ao meu redor, e sabia que era o Amor divino. Senti gentileza e paz em meus movimentos. Naquele fim de tarde, enquanto fazia meu pedido num café local, ou taverna, uma jovem garçonete notou minha calma, e foi inspirada a me dar um grande abraço. Ela disse, conforme entendi, “Você está em união com tudo”. Ela provavelmente estava sentindo a presença do Amor, Deus, tanto quanto eu. Foi um momento sagrado — um momento que jamais esquecerei.
Depois disso, não senti mais dor nas costas. Simplesmente perdi toda noção de um corpo físico, e fiquei consciente de minha união com meu Pai-Mãe Deus. Eu tinha uma agenda bem ativa para as semanas seguintes, e senti o amor de Deus comigo, me libertando, pois tudo foi feito de maneira harmoniosa. Isso aconteceu há muitos anos e, desde aquela época, não tive dores ou lesões nas costas.
Carol Barker
Lytham St. Annes, Lancashire, Inglaterra