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Original para a Internet

Viver no agora

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 26 de dezembro de 2024


Lembro-me bem daquele momento. Estava no início de minha vida adulta, sentada sozinha em um balanço, com vista para o Lago Tahoe, na Sierra Nevada, Estados Unidos. Às margens desse grande lago, rodeada por montanhas majestosas e uma grande quietude, eu estava em paz. Pensava sobre o fato de que Deus é Tudo, e a paisagem me fez ponderar sobre as qualidades eternas da infinitude. Diante daquela imensidão, senti-me pequena, mas ao mesmo tempo importante. Foi como se eu, naquele momento, tivesse compreendido o valor que tudo e todos têm como parte da criação de Deus.

Lembrei-me de um verso de um hino de que gosto muito: “A vida eterna sinto aqui também” (Violet Hay, Hinário da Ciência Cristã, 64, trad. © CSBD), e da ordem contida em Salmos, na Bíblia: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus…” (46:10). Foi nesse dia que finalmente decidi, por mim mesma, ser uma estudante da Ciência Cristã.

Eu havia frequentado a Escola Dominical da Ciência Cristã, e depois, os cultos da igreja, a pedido de minha avó, e sou grata por seu incentivo. Durante a faculdade, frequentei a Escola Dominical, e um dos professores me incentivou a me tornar membro daquela filial da Igreja de Cristo, Cientista. No entanto, esses dois passos foram dados por recomendação de outros. Aquele momento à beira do lago foi algo só entre mim e Deus. Foi um instante glorioso e muito importante que me despertou a curiosidade. Quis saber mais sobre nosso Pai-Mãe Deus e Sua criação, e quanto mais aprendia, mais percebia o quanto ainda havia para aprender.

Mais tarde, li um trecho em que Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência do Cristo, referia-se ao “agora, com o qual podemos contar”. Ela escreveu: “Não somos donos nem do passado nem do futuro, possuímos apenas o agora. Se, falando ou agindo descuidadamente, perdemos o agora, com o qual podemos contar, ele não volta mais. Deus prepara o caminho para fazermos tudo o que precisa ser feito, mas que não pode ser feito agora; ao passo que aquilo que pode ser feito agora, mas não é feito, aumenta nossa dívida para com Deus. A fé no Amor divino proporciona o socorro sempre presente e o sempre presente agora, e nos dá o poder de ‘agir no dinâmico presente’ ” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 12). Foi exatamente assim que me senti naquele dia! Eu havia vivenciado “o agora, com o qual podemos contar”.

Embora eu não esteja mais à beira do lago, nem tenha mais tanto tempo livre como antes, aquele momento no agora tem me ajudado, e com frequência recorro àquele conceito. Eis aqui um exemplo:

Passo parte da semana cuidando de meu neto de três anos e dos dois cachorros da família. As experiências que nós temos juntos lembram-me de uma das observações que a Sra. Eddy fez sobre as crianças: “As boas ações das queridas crianças são pedras preciosas incrustadas na natureza do homem e da mulher. Insistem em fazer agora o bem que desejam fazer” (Miscellany [Outros Textos], p. 12–13). Tenho constatado que é assim mesmo. Logo que eu chego, meu neto tem muita coisa para me mostrar e contar. Ele e os cães vivem, sem esforço, no agora e com isso sou constantemente lembrada de retornar ao agora — um senso inato da terna e constante presença de Deus, o bem, da qual tomei consciência naquele dia, no balanço.

Certo dia, meu neto estava brincando com um grande cesto vazio, sentava-se dentro dele e o fazia virar para trás. “Vovó” ele chamou, trazendo o cesto para que eu visse sua última façanha. Desta vez, porém, seus dedos ficaram presos nas frestas do cesto, quando este virou, e os dedos de uma das mãos se torceram com força. Ele imediatamente gritou de dor.

Não havia tempo para agir senão no agora. Imediatamente afirmei que meu neto não podia ser separado da graça de Deus. Eu o peguei no colo e perguntei: “Você quer que a vovó ore por você?” “Sim!” respondeu, soluçando. Fomos para o quarto dele, me sentei na cadeira de balanço com ele no colo e orei. Silenciosamente, agradeci a Deus por estar conosco agora — por estar sempre presente e preencher todo o espaço. Em oração compreendi que “Os acidentes são desconhecidos para Deus…” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 424) e que a verdade sobre meu neto é que ele é constituído de substância indestrutível — é inteiramente espiritual, a imagem e semelhança de Deus, o Espírito, como diz a Bíblia. Naquele instante, o menino parou de chorar e foi brincar com algo que estava no chão. Eu nem sabia dizer qual mão havia sido machucada. Tudo ficou bem e ele não teve nenhum problema na mão.

À medida que mantemos o pensamento continuamente voltado ao agora, percebemos cada vez mais que o que mais nos satisfaz é servir a Deus e a nossos semelhantes nesse agora, com o qual podemos contar, mediante manifestações do bem cada vez mais significativas, até que, como Jesus nos mostrou, constatamos que essa é a única coisa que queremos fazer.

Quando sirvo a Deus no agora, vejo que meus dias de “aposentada” são bastante ocupados — não apenas ajudo minha querida família, mas também trabalho para a filial da Igreja de Cristo, Cientista, da qual sou membro; como praticista da Ciência Cristã em tempo integral, oro por meus pacientes; como capelã voluntária me correspondo com internos em presídios, sempre amando o mundo com sincera oração. A recompensa por estar no agora é vivenciar dias de regozijo, um após o outro, e ter energia para fazer cada vez mais. Não é necessário esforço para fazer a boa obra de Deus. Deus nos dá a energia e os recursos para fazermos tudo o que precisamos fazer, exatamente onde estamos, agora mesmo. 

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