Eu moro perto da praia e quase todos os dias nado no Oceano Pacífico. Às vezes fico boiando e deixo a correnteza me levar. No entanto, se eu não tomar cuidado com a direção do fluxo da maré, posso ser arrastado em sentido oposto ao desejado. Quando isso acontece, tenho de nadar vigorosamente para corrigir meu rumo.
Percebi que, antes de começar a nadar, é importante observar os outros nadadores, velejadores ou praticantes de stand up paddle — esporte conhecido também como surf com remo — e ver como estão lidando com a correnteza, para que eu possa tomar as decisões corretas quanto ao melhor modo de nadar, naquele dia.
Essa rotina me lembra o grande interesse popular pelos assuntos relacionados às doenças e desarmonias que são amplamente divulgadas no noticiário, e que podem influenciar as pessoas em uma direção indesejada e exigir ação corretiva imediata. Assim como observamos os outros que estão na água, podemos prestar atenção ao modo como a maré do pensamento pode estar nos conduzindo, e então nos preparar melhor para tomarmos a direção certa.
Logo pela manhã, meu estudo da Lição Bíblica semanal do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, composta de passagens da Bíblia e do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, me prepara para “nadar” mentalmente na direção correta. Ao começar o dia com pensamentos fundamentados em Deus, elevo a mente acima do lixo materialista. Esse pensar elevado, que reflete o bem de Deus, é espiritual e ilimitado, portanto, pode me ajudar a espalhar, entre outras pessoas, ideias boas, inspiradas e espirituais.
Podemos decidir a cada dia se vamos ficar flutuando, nos deixando levar pela maré da mentalidade materialista, ou se vamos nadar em sentido contrário. Antes de nos aventurarmos, podemos nos posicionar com Deus, o Espírito. No livro Ciência e Saúde, lemos: “Inteiramente separada da crença e sonho no viver material, está a Vida divina, que revela a compreensão espiritual e a consciência do domínio que o homem tem sobre toda a terra. Essa compreensão expulsa o erro e cura o doente, e com ela podes falar ‘como quem tem autoridade’ ” (p. 14).
A compreensão de nossa natureza espiritual nos dá autoridade para impedir que flutuemos à deriva na direção errada. Se nadamos no rumo certo, alcançamos a cura para nós mesmos e para outros, e isso pode ajudar a mudar a maré do pensamento.