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Original para a Internet

“Faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu”

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 11 de agosto de 2025


Muitos acontecimentos resultam em mudanças no mundo. Algumas vezes, eles parecem ser muito insignificantes. Outras vezes, são mais perceptíveis. A ressurreição e a ascensão de Cristo Jesus foram profundamente perceptíveis. Na verdade, mudaram o próprio curso da história humana.

Entretanto, antes desses eventos, aconteceu algo que pode parecer menos importante, mas que produziu um efeito imensurável no mundo. Na noite anterior à sua crucificação, ciente do que estava para acontecer, Jesus dirigiu-se a um lugar chamado Getsêmani, com seus discípulos. Deixando-os ali, afastou-se um pouco e, prostrando-se de joelhos, orou. Em estado de profunda tristeza e agonia, pediu ao Pai celestial que o poupasse da crucificação, mas então admitiu: “…contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42). Por terem adormecido, aparentemente seus discípulos o haviam abandonado, mas um anjo do Senhor veio confortar Jesus.

É impossível imaginar a agonia de Jesus naquele momento. Lemos que ele orou com tal fervor que “…o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lucas 22:44). Mas, com aquelas palavras, Jesus se rendeu à vontade de Deus, renunciando ao elemento da mente humana chamado vontade ou ego. No curtíssimo prazo, parecia que isso significava abrir a porta para o fato terrível da crucificação. No entanto, significou em realidade abrir a porta para a maior vitória que o mundo já vira — o poder da Vida e do Amor divinos derrotando a morte.

Naquele momento sem precedentes, quando Jesus orou para que se fizesse a vontade de Deus e não a dele, o mundo perdeu, em certa medida, a crença em um ego pessoal. Recusando-se a ceder a qualquer vontade que não fosse a divina, Jesus reconheceu apenas um Ego, a Mente divina, que é refletida pelo homem. Mary Baker Eddy explica, no livro-texto da Ciência Cristã, que o senso espiritual de Jesus extinguira “todos os anseios terrenos”, ou seja, o ego humano. Ela continua: “Desse modo, Jesus encontrou o Ego eterno e provou que ele e o Pai, Deus com Seu reflexo, o homem espiritual, não podiam ser separados” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 314).

Quando Jesus incluiu, na oração que ensinou, as palavras: “Faça-se a Tua vontade”, ele certamente compreendia a perpétua importância dessa ideia, que ele desejava fosse incluída nas orações de seus seguidores. A vida de Jesus exemplificou o próprio espírito dessa frase — a profunda humildade necessária para renunciar a um ego pessoal que alega possuir identidade ou vida na matéria, e a profunda coragem necessária para manifestar o Ego divino, ou seja, a individualidade divina. Mas não há perda na renúncia à vontade humana, porque disso resulta somente o bem ilimitado. Esse bem se manifesta em uma vida imbuída do espírito do Cristo — a qual expressa a natureza divina, o espírito da Verdade e do Amor — e demonstra realmente que a vontade de Deus está sendo feita e nos capacita a curar todo tipo de dificuldade.

Aprendi a Oração do Senhor quando garoto, na Escola Dominical da Ciência Cristã, e tenho orado com ela ao longo de muitas décadas, nos cultos da igreja e em outros momentos, durante a semana. Também já orei muitas vezes dizendo: “Não se faça a minha vontade, e sim a Tua”. Sim, eu já disse essas palavras, mas Jesus as demonstrou plenamente. Isso não quer dizer que eu não tenha tido momentos de intenso esforço para ceder à vontade divina. Para cada pessoa, esses momentos podem surgir de maneiras diferentes. Para mim, eles surgiram nas ocasiões em que me pediram para servir à minha igreja, fazendo algo que pensava não ser capaz de fazer. No entanto, quando pondero sobre os momentos em que cedi à vontade de Deus, percebo que eles sempre resultaram em bênçãos.

Contudo, acho que nunca mais orei “Faça-se a Tua vontade” do mesmo modo, desde que compreendi mais profundamente o desprendimento do ego de que Jesus precisou para fazer o maior sacrifício da vontade humana. Embora eu pouco tenha transpirado ao orar, muito menos tenha passado pela situação de Jesus naquela noite no Getsêmani, quando, segundo um relato bíblico, ele transpirou sangue, eu tenho sentido o desejo fervoroso de fazer a vontade de Deus. Certamente, todos nós podemos dar pelo menos alguns passos modestos para seguir o exemplo do Mestre. Todo esforço ajuda a quebrar as garras opressivas da crença no pecado, na doença e, até mesmo, na morte.

Ao orar, lembre-se do poderoso significado das palavras: “Faça-se a Tua vontade” e de tudo o que Jesus fez por você — por todos nós — naquela noite no Getsêmani. 

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