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Original para a Internet

O bem já está ao nosso alcance

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 8 de setembro de 2025


Esta é uma pergunta que se faz há muito tempo: Quando virão os bons tempos? Ou, quando voltarão? Hoje em dia, ela geralmente é feita por quem acredita que as coisas no passado eram melhores. Para essas pessoas, antigamente não havia tanta intolerância e as comunidades eram menos divididas, era mais fácil administrar nossas despesas e a situação econômica parecia mais estável. Essa pergunta também é bastante frequente em um nível mais pessoal, quando se fala de saúde e de relacionamentos.

Uma versão diferente foi ouvida em tempos bíblicos, quando autoridades religiosas desafiaram Cristo Jesus, perguntando-lhe quando viria o reino de Deus. Jesus respondeu: “…Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:20, 21).

Muitos séculos depois, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, ampliou essa resposta em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Esse reino de Deus ‘está dentro de vós’ — está ao alcance da consciência do homem agora, e a ideia espiritual o revela. Na Ciência divina, o homem possui conscientemente esse conhecimento da harmonia, na medida de sua compreensão de Deus” (p. 576).

A harmonia pela qual ansiamos não depende de pessoas ou de uma determinada confluência de fatores. Ela está no pensamento espiritual que reconhece que Deus, o Espírito, é o Princípio da vida; que Ele é o Amor imortal, a base de nossos relacionamentos; e que Ele é a única Mente infinita, a inteligência que tudo governa. O pensamento espiritual eleva a experiência humana, inspirando nossas atividades e nos guiando, mesmo quando nos deparamos com informações contraditórias ou escolhas que parecem nos confundir.

Essa dinâmica é evidente no trabalho de cura realizado por Jesus. Pouco antes de as autoridades religiosas o questionarem a respeito do reino dos céus, ele havia curado dez leprosos (ver Lucas 17:12–19). De acordo com o relato bíblico, quando ele entrou em uma aldeia, os leprosos de longe lhe gritaram, pedindo que ele se compadecesse deles. Jesus disse àqueles homens que eles deveriam ir e se mostrar aos sacerdotes — detentores da autoridade legal para confirmar sua cura — de modo a poderem reintegrar-se à sociedade. “Aconteceu que, indo eles, foram purificados”, lemos no Evangelho, embora apenas um dos homens tenha voltado para dar glória a Deus. Jesus lhe disse: “…Levanta-te e vai; a tua fé te salvou”.

Naquela época, a lepra era uma doença temida, considerada altamente contagiosa e um grande problema para famílias e comunidades. Jesus, porém, curou aqueles dez homens e muitos mais. Outro leproso lhe implorou: “…Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra” (Mateus 8:2, 3). Jesus tocou o homem que, de acordo com os outros, não deveria ser tocado.

O Mestre não analisava a doença nem discutia seus sintomas e provável curso. Ele ignorava os processos e diagnósticos materiais, e suas curas abençoavam não apenas indivíduos específicos, mas comunidades inteiras, permitindo o retorno à vida em sociedade daqueles que haviam sido excluídos.

Ao ponderar sobre as curas de Jesus, a Sra. Eddy observa: “Na Ciência divina, o homem é a imagem fiel de Deus. A natureza divina teve sua melhor expressão em Cristo Jesus, o qual lançou sobre os mortais um reflexo mais nítido de Deus e elevou a vida deles a um nível mais alto do que lhes permitiam seus pobres modelos de pensamentos — pensamentos que apresentavam um homem expulso da graça divina, doente, pecador e moribundo. A compreensão como a de Cristo a respeito do existir científico e da cura divina inclui o Princípio perfeito e a ideia perfeita — Deus perfeito e homem perfeito — como base do pensamento e da demonstração” (Ciência e Saúde, p. 259).

Quando enfrentamos algum problema — seja referente a relacionamentos, à nossa saúde ou mesmo à situação política e econômica — se começamos com Deus e Sua semelhança, e compreendemos que Ele é totalmente bom, e que o homem (a verdadeira identidade de cada um de nós) é o reflexo ou a expressão de Deus, estamos, na verdade, começando pela solução.

Podemos pensar da seguinte maneira: o reflexo mostra o original refletido no espelho. Seu reflexo não pisca, a menos que você pisque. Não tem uma cor de cabelo diferente da sua, nem veste outras roupas. O original determina o reflexo. Por isso, compreender a natureza harmoniosa do original, Deus, é o modo de reconhecer a harmonia de nosso verdadeiro existir como Sua semelhança, a qual podemos vivenciar em nosso dia a dia e expressar em nossa comunidade.

Em muitas ocasiões, constatei que focar meu pensamento em Deus, o Espírito, e na perfeição espiritual, resultou em curas físicas e trouxe harmonia a relações humanas difíceis. Certa vez, durante uma viagem a trabalho em outro país, caí ao descer uma escada de pedra bastante íngreme. Algumas pessoas do grupo com quem eu estava ficaram preocupadas e quiseram procurar ajuda médica, mas eu lhes disse que só precisava me sentar e ficar em silêncio por alguns minutos.

Afastei-me do restante do grupo e recorri em oração a Deus — a fonte de minha vida e de minha mobilidade. Tive a certeza de que a presença constante de Deus confortava a mim, bem como ao grupo e à comunidade que estávamos visitando. Veio-me o seguinte pensamento: você é o homem criado por Deus, por isso você “não caiu em pecado, mas é reto, puro e livre”. Essas palavras fazem parte desta passagem de Ciência e Saúde: “Pelo discernimento do oposto espiritual da materialidade, ou seja, o caminho pelo Cristo, a Verdade, o homem reabrirá, com a chave da Ciência divina, as portas do Paraíso, que as crenças humanas fecharam, e constatará que não caiu em pecado, mas é reto, puro e livre, sem precisar consultar almanaques para conhecer as probabilidades de sua vida ou do clima…” (p. 171).

A certeza da presença constante de Deus dissipou todo o medo de que eu tivesse sofrido uma queda perigosa, que pudesse resultar em um ferimento grave. Em vez disso, eu estava confiante em que minha verdadeira identidade é espiritual e em que eu não poia estar fora do cuidado amoroso de Deus. Logo pude retornar ao grupo e continuar o percurso, para surpresa de muitos, que ficavam perguntando: “Tem certeza de que você está bem?” Eu sabia que sim e, pelo resto daquela viagem rigorosa, pude desfrutar de liberdade total de movimentos.

Se houver uma reviravolta em alguma situação, uma obstrução inesperada no caminho ou até mesmo um grande revés, ainda assim podemos manter nosso pensamento em Deus — no Amor que é a bússola a nos guiar, na Verdade que é a luz a iluminar o caminho, no Princípio que é a base sobre a qual nos apoiamos, e na Mente que é a sabedoria em comunicação conosco. Os relacionamentos em nossa vida não precisam envolver conflitos, como muitas situações sugerem — o bem contra o mal, o amor contra o ódio, a verdade contra a mentira, o Espírito contra a matéria. Nosso relacionamento é sempre com Deus.

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