Certo dia, há bastante tempo, decidi fazer uma tarte para minha irmã, que viria me visitar. Preparei tudo e coloquei a tarte no forno para cozer. Quando fui retirar a tarteira, contudo, a grelha do forno tombou, e minha mão esquerda ficou coberta com o recheio a ferver.
A dor era muito forte. Com bastante dificuldade, retirei do forno a tarteira com a mão direita, usando uma luva de proteção. Limpei a mão esquerda com um pano, e a envolvi em outro, limpo.
Imediatamente comecei a orar com a “declaração científica sobre o existir”, a qual se encontra em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, e na qual Mary Baker Eddy escreve: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. … O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual” (p. 468).
Ficou muito claro para mim que, se não há vida, nem verdade, nem substância na matéria, então eu, como a imagem e semelhança espiritual de Deus, não poderia sofrer por nada material ou desarmonioso. Visto que cada um de nós é a manifestação de Deus, minha experiência só podia ser totalmente harmoniosa e indolor. Comecei a orar em voz alta, afirmando muitas verdades como essas, que aprendi na Ciência Cristã. Lembro-me da firmeza com que eu orava. Nem por um momento pensei em usar outro meio para aliviar a dor.
A princípio, quanto mais eu orava, mais forte ficava a dor. Mas continuei firme na oração. Então me lembrei deste trecho de Ciência e Saúde: “É preciso coragem para declarar a verdade; porque quanto mais alto a Verdade levanta a voz, tanto mais alto o erro grita, até que seus sons inarticulados sejam silenciados para sempre no esquecimento” (p. 97).
Foi isso o que aconteceu — à medida que continuei a orar com firmeza, a dor por fim começou a diminuir. Um senso de paz me sobreveio. Senti que tudo estava bem e que eu podia continuar com minhas tarefas, que completei sem nenhuma dor.
No dia seguinte, não havia qualquer sinal de queimadura, a não ser uma cor rosada na pele, a qual desapareceu completamente pouco depois. Não tenho palavras para descrever minha alegria e gratidão a Deus pela Ciência Cristã e por essa cura!
Maria da Conceição Monteiro
Almada, Portugal