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Original para a Internet

O clima e o amor imutável de Deus

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 19 de junho de 2025


A frequência, a gravidade e os custos relacionados a eventos climáticos extremos têm aumentado nos últimos anos, em âmbito internacional. E os prognósticos do que pode vir a acontecer são, frequentemente, catastróficos. Será que esse é um caso perdido, ou existe algo que possamos fazer, que gere um impacto positivo, mesmo quando se trata de desafios de proporções globais? Será que o clima pode ser afetado pela compreensão espiritual e pela oração?

A Bíblia relata efeitos positivos, tanto no clima quanto nos elementos naturais, os quais resultaram da compreensão espiritual e da obediência a Deus, o Amor divino. Jesus acalmou mares tempestuosos. Elias comprovou que Deus não estava no terremoto, no vento ou no fogo, mas no “cicio tranquilo e suave” que ele ouviu quando aqueles cessaram (ver 1 Reis 19:9–12). Moisés, confiando no “livramento do Senhor”, dividiu o Mar Vermelho (ver Êxodo 14:13–22) — uma manifestação da presença de Deus negando todas as leis da física.

Há também relatos maravilhosos de ocasiões em que Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, orou a respeito do clima, com base no controle amoroso de Deus e com a expectativa de que outros Cientistas Cristãos fizessem o mesmo (um exemplo pode ser encontrado em https://www.marybakereddylibrary.org/pt-br/research/o-que-disse-a-sra-eddy-sobre-o-clima). O fundamento dessa oração era sua compreensão de que Deus tem todo o poder e de que Sua natureza é inteiramente boa. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, sua obra principal, a Sra. Eddy escreve: “Tudo o que realmente existe é a Mente divina e sua ideia, e se constata que, nessa Mente, o inteiro existir é harmonioso e eterno. O caminho reto e estreito consiste em ver e reconhecer esse fato, em ceder a esse poder, e seguir as diretrizes da verdade” (p. 151).

Em minha atividade como piloto particular, já me deparei muitas vezes com mau tempo — inclusive formação de gelo, tempestades repentinas, tempestades com raios, variações súbitas na velocidade e direção do vento, e nevoeiros — e seus impactos. Constatei que a inspiração espiritual que adquirimos com o estudo e a prática da Ciência Cristã pode nos ajudar muito. Aprendi a encarar as questões climáticas e meteorológicas como convites para que eu mude minha perspectiva, abandonando o ponto de vista material sobre o clima e sobre os sistemas de vento, umidade, calor e frio. Em vez de me impressionar com o quadro material, me apoio completamente na compreensão a respeito de Deus — que é a Mente única, o Espírito sempre presente — e de Suas leis espirituais, que governam Sua criação eternamente, com precisão e ordem.

Certa vez, eu iria voar de Mineápolis para Saint Louis, e a previsão era de que haveria a formação de tempestades durante o dia. Uma frente de tempestade se aproximava do aeroporto de partida. Como ela ainda estava distante alguns quilômetros, eu decolei e subi até a altura determinada. Em pouco tempo, porém, o radar meteorológico da aeronave detectou um aumento preocupante de ventos e relâmpagos vindos de trás, em direção ao avião. Eu nunca havia visto algo parecido. A tempestade se aproximava a uma velocidade que faria com que ela alcançasse e engolfasse a aeronave em pouco tempo. Ficou claro para mim que apenas uma coisa se encaixava naquelas características: um tornado, e ele poderia me atingir em poucos minutos.

Naquele momento, do fundo do meu coração, eu me voltei para Deus. Veio-me um pensamento que é um trecho de Ciência e Saúde: “Jesus orou; retirou-se dos sentidos materiais para revigorar o coração com panoramas mais luminosos, mais espirituais” (p. 32). Essas palavras tiveram o efeito de um “empurrão” firme, mas amoroso, no meu pensamento, empurrão esse que vinha do alto. Essa era a orientação sobre o próximo passo que eu deveria dar. Acionei o piloto automático, fechei os olhos e novamente me voltei para Deus. Imediatamente tive a certeza de que, onde parecia haver um sistema físico chamado vento, o que havia, na realidade, era unicamente a energia inofensiva do Espírito. E que só poderia trazer o bem. Lendo Ciência e Saúde, eu havia aprendido que a “…natureza inteira ensina o amor que Deus tem pelo homem…” (p. 326). Essa ideia me confortou. Eu estava me apoiando completamente no amor de Deus naquela situação.

Veio-me um pensamento temeroso: “Você não tem tempo; o tornado está perto demais!” Mas uma presença terna envolveu meu coração com a convicção de que o tempo e o espaço não significam nada no universo do Espírito, Deus, e de que eu habito no esconderijo do Altíssimo e descanso à sombra do Onipotente (ver o Salmo 91). Então veio-me a pergunta: “O que, em realidade, é o vento?” seguida pela resposta, novamente de Ciência e Saúde: “Aquilo que indica a força da onipotência e os movimentos do governo espiritual de Deus, que abrange todas as coisas” (p. 597). Percebi que essa primeira parte da definição de vento no livro-texto da Ciência Cristã é a verdade. A segunda parte, que diz “Destruição; ira; paixões mortais” é a falsificação material.

Uau! A onipotência e o governo espiritual de Deus estavam abrangendo desde a totalidade do cosmos até a menor das nanomoléculas. Naqueles poucos minutos de oração, essas verdades — essas inspirações espirituais — me invadiram completamente. Entendi que eu vivia no universo do Espírito perfeito, onde tudo funcionava exatamente de acordo com o bem, a harmonia e a beleza. Foi um sentimento de profunda quietude e paz.

Voltei a abrir os olhos. O avião estava voando suavemente, que é o que normalmente acontece quando está no piloto automático, e o radar meteorológico sinalizava que o evento ameaçador havia recuado. Em cerca de cinco minutos, desapareceu de vista. Mais tarde, naquele dia, o noticiário da cidade de Mineápolis informou que um tornado havia se formado inesperadamente, segundo o sistema de previsão de tempestades, mas se dissipara sem causar nenhum dano às áreas próximas.

A Ciência Cristã traz bençãos às pessoas que a estudam, e disponibiliza diversas ferramentas que transformam seus pontos de vista — e essa transformação nos permite perceber a realidade da presença e do cuidado de Deus. Essa Ciência nos fornece uma verdadeira caixa de ferramentas espirituais com as quais obtemos perspectivas renovadas, dadas por Deus, a respeito do que é, de fato, verdadeiro. Essas perspectivas nos ajudam a orar a respeito do clima e de outros fatos que são noticiados diariamente. Quando compreendemos essas percepções espirituais, podemos reverter crenças agressivas de ameaça e de desarmonia, por meio da oração humilde que nos leva à percepção correta a respeito de Deus.

Orando desse modo, eu também fui inspirado a fazer muitas mudanças práticas que me permitem viver de maneira mais branda e eficiente — como, por exemplo, instalar painéis solares, fazer compostagem de restos de comida, reduzir o uso de combustíveis fósseis e de plásticos, adotar uma alimentação que tenha menor impacto ambiental, entre outras.

O existir imutável e o amor e o cuidado infinitos de nosso Pai-Mãe Deus são imensamente superiores a todo tipo de desafio, inclusive aqueles decorrentes de um clima que está em constante mutação. Tudo o que realmente existe é o Tudo-em-tudo, Deus, a Mente infinita. As ideias e o ambiente da Mente, que estão sempre se desdobrando, são expressões invariáveis do bem e da harmonia divinas. A vida é Deus, o Amor que se revela para o coração que espera nEle.

O Salmista declara: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Salmos 104:30). Nós temos o privilégio de estar empenhados em perceber espiritualmente a natureza imutável do universo de Deus, que é a única e verdadeira realidade, e que nos leva a dar passos humanos com sabedoria. Mãos à obra! 

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