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Há dezessete anos atrás, eu era cega.

Da edição de janeiro de 1953 dO Arauto da Ciência Cristã


Há dezessete anos atrás, eu era cega. Sofri um ano e meio de angústia e dores incríveis e, finalmente, perdi por completo a vista. Fui examinada por vários médicos e especialistas, tendo todos declarado não ser possível eu recuperar a vista.

Certa vez, uma vizinha, que era devotada estudante da Christian Science, contou-me umas curas extraordinárias que ela e outro membro de sua família haviam conseguido por meio da Christian Science. Perguntou-me se eu gostaria de ser auxiliada pela Christian Science.

Fazia alguns anos que eu trabalhava em uma igreja protestante, da qual era então membro, e durante aqueles meses em que havia sofrido dos olhos orara fervorosamente, pedindo a Deus que me ajudasse. Eu nada sabia sôbre os ensinamentos da Christian Science, de modo que, quando minha amiga me fez aquele oferecimento, a minha primeira reação foi a de dúvida, que minha fé nada podendo fazer por mim, a dela pouco me adiantaria. Mas desejando recuperar a minha vista e ver-me livre das dores, decidi experimentar a Christian Science.

Havia apenas uma praticante da Christian Science na vila em que moravamos e pedi à minha amiga que me apresentasse. Fomos recebidas carinhosamente e, após ouvir-me contar os meus sofrimentos, explicou que o testemunho do sentido material não era verdadeiro. Fez-me ver que “olhos” significam “discernimiento espiritual,— não material, mas mental,” como nos diz a nossa Líder, Mary Baker Eddy, no Glossário do seu livro-texto, “Science and Health with Key to the Scriptures” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), pág. 486, a que Deus havia criado o homem perfeito à Sua imagem e semelhança.

Perguntou-me se eu acreditava na Biblia. Respondi-lhe vigorosamente que sim. Mostrou-me então que em Génesis 1:27, lemos: “E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” Em Eclesiastes 3:14, o seguinte: “Tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar.”

Esses esclarecimentos animadores sôbre a Verdade me deixaram interessada em conhecer melhor a Christian Science. Ela me perguntou novamente o que estava me afligindo. Não querendo contar que odiava uma pessoa há vários anos, disse-lhe que andava preocupada com as minhas finanças. Ela nada mais indagou e pensei que tivesse acreditado na minha resposta. Afiançou-me que por meio do pensamento correto acabaria por ver como antes e que os meus outros sofrimentos, inclusive constipação, insónia, dores de cabeça e mesmo a minha impressão de carência, desapareceriam quando eu passasse a ver o próximo e a mim mesma como filhos de Deus, perfeitos à Sua imagem.

Durante a noite, acordei como de costume. Dessa vez, porém, não passei horas a fio agitada com dores na cabeça e nos olhos, mas voltei a dormir. Nunca mais precisei tomar remédios. Fiquei radiante de sentir novamente liberdade e esperança.

Três dias depois, ao fazer a minha segunda visita à praticante, qual não foi a minha surpresa, quando me levou para a sua sala e, após trabalhar silenciosamente para mim, disse-me: “Ê preciso que me diga o que é que a está atormentando a fim de eu melhor poder auxiliá-la”. Foi quando percebi que ela havia espiritualmente discernido o meu segredo e queria que eu reconhecesse o êrro, que o admitisse, que o visse tal qual era, e que deixasse a Verdade destruí-lo.

Para destruir êsse conceito errado do homem, precisei saber que ódio e imperfeição qualquer que seja não fazem parte do homem de Deus: que o homem é espiritual, completo, perfeito, porque foi assim que Deus o criou e o mantém, e que o homem é a manifestação e reflexo de um perfeito Pai-Mãe Deus. Aceitei positivamente essa novamente-encontrada verdade sôbre Deus e Sua criação. Não senti mais nenhum ressentimento. A sensação de ódio desfez-se simplesmente ante a iluminação do Amor.

Foi durante êsse estado de profunda gratidão que o êrro procurou desferir o seu pior e último golpe. Estava eu silenciosamente relembrando as minhas bênçãos e agradecendo ao meu Pai-Mãe estar naquele momento vendo, realmente vendo. O êrro, porém, parecia dizer em tom de mofa: “Você é cega; nem ao menos pode ver sua mão diante do seu rosto.” Eu então afirmava silenciosamente e agradecia a Deus o fato de que, olhos sendo discernimento espiritual, eu podia ver.

A luta se prolongou por alguns minutos. Mas, embora a voz dos pseudos sentidos físicos parecesse mais alta e mais forte, eu sentia mais amor, mais certeza, e uma profunda percepção de que a Verdade era tudo, e sentia a manifestação da Verdade em minha consciência e nas minhas afirmações. Foi então que, como se um véu tivesse sido levantado, a vista me voltou.

Agradeço a Mrs. Eddy a sua inestimável revelação da Christian Science ao mundo. Sou grata pelas atividades e publicações dessa organização, por ser membro da Igreja-Mãe e de uma igreja filial, pelo privilégio de participar das atividades da igreja, pela instrução em classe, e pelos muitos praticantes, sempre prontos para nos auxiliarem. Agradeço diàriamente a Deus nos ter dado a Christian Science, e procurarei fazer com que a minha vida ateste a minha sinceridade.—

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