É Interessante examinar as nossas idéias em relação ao espaço, necessàriamente infinito e que tudo inclui. Uma das tendências da mente humana é a de isolar o indivíduo do resto do universo. Essa tendência privaria o indivíduo do seu direito de pertencer ao todo da criação. Além disso, ela o separaria da segurança da ordem universal em que o homem é inseparável do Espírito infinito, Deus, que enche todo o espaço e encerra tudo que existe. A seguinte experiência servirá para ilustrar a possibilidade de nos aliarmos constantemente em pensamento com a verdade espiritual que, mediante a manifestação da nossa identidade verdadeira, nos revela a imediata proteção de Deus.
Certa noite, passeando no campo, fiquei extasiada com a quantidade de estrelas visíveis na imensa escuridão do firmamento. Lembrei-me de ter aprendido que os antigos gauleses temiam que o céu caisse sôbre suas cabeças. E por alguns instantes foi-me difícil elevar meu pensamento acima da sugestão que apresenta o homem como fraco e inconseqüente, movendo-se em meio de fôrças e compulsões às quais êle apenas pode resignar-se passiva e tìmidamente.
Corrigindo, porém, o meu pensamento e pondo-me a contemplar a natureza espiritual do homem, veio-me a inspiração contida no oitavo Salmo, que assim principia: “Ó Senhor, nosso Senhor, quão admirável é o teu nome em tôda a terra, pois puseste a tua glória sôbre os céus!” E mais adiante: “Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dêle? e o filho do homem, para que o visites? ... Fazes com que êle tenha domínio sôbre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés.”
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