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“Se me odeiam, expresso mais amor”

Da edição de outubro de 1957 dO Arauto da Ciência Cristã


“Se me odeiam, expresso mais amor
E nada temo,— Deus tudo me dá.”

Uma Cientista Cristã, depois de ponderar estas palavras de Mary Baker Eddy (Poems, pág. 4), concluiu que manifestar a santidade e a glória de Deus, Amor, é transformar-se espiritualmente. Compreendeu que a animosidade desaparece na nossa consciência à medida que o nosso amor aumenta. Quando o nosso próprio pensamento, ou consciência, é purificado, não podemos ver impureza no homem. Não podemos atribuir ao nosso próximo particularidades desagradáveis ou dessemelhantes de Deus, porque Deus, causa e criador único, não as produziu. Na realidade, portanto, não há criaturas hostis, condições erróneas e nenhuma circunstância adversa.

À página 8 do Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), Mrs. Eddy faz estas importantes perguntas: “Podereis ver um inimigo, se não o figurardes antes e depois observardes o objeto da vossa própria concepção? Que é que vos faz mal? Poderão a altura, ou a profundidade, ou alguma outra criatura separar-vos do Amor que é o bem onipresente,— que abençoa um e todos infinitamente?” No parágrafo seguinte, aconselha: “Considerai como vosso inimigo ùnicamente aquilo que corrompe, apaga e destrona a imagen de Cristo que deveis refletir.”

O Amor divino estimula e nutre os sentimentos fraternais de bondade, caridade, consideração, paciência, cortezia, amabilidade. Por sua vez, estas qualidades cristãs trazem à luz reciprocidade, satisfação, harmonia e boa vontade, pois o Amor, iliminando tudo que lhe é contrário, entroniza a imagem de Cristo com o seu poder curativo.

Ensinando-nos que Deus é Tudo-em-tudo, a Christian Science expõe a animosidade como ilusão da mente mortal. Esta exposição destrói a suposta presença e o suposto poder de animosidade. Ao percebermos espiritualmente o amor universal e imparcial de Deus, amor que tudo envolve, sentimos a Sua totalidade. Reconhecemos então que o Amor divino é o Princípio da existência do homem e, porque Deus é Amor, o homem reflete a Sua santidade.

A percepção dessa verdade possibilita-nos amar o próximo como a nós mesmos, a vê-lo como reflexo ou imagem de Deus. A concepção que Simão Pedro teve da universalidade de Deus foi tão clara que êle pôde afirmar com certeza (Atos 10:34): “Reconheço por verdade que Deus não faz aceção de pessoas.” A aceitação desta conclusão nos dá direito de participar do inesgotável provimento do Amor, de ver seu encanto em tôda parte, animando-nos e conservando-nos. O triunfo do Amor revela-nos a incessante atividade e continuidade de sua benevolência, graça e constância.

A história da vida de José, no Velho Testamento, salienta o poder do Amor refletido. Instigados por ciúme, cobiça e malícia, os seus irmãos cederam às sugestões do mal e livra- ram-se dêle. José, no entanto, dever ter expressado paciência e mais amor, pois, passados muitos anos, quando tornou a ver os seus irmãos, disse-lhes (Génesis 45:5): “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para a conservação da vida Deus me enviou diante da vossa face.”

Como José, nós também precisamos nos colocar acima de qualquer problema e transformar nossas experiências em bênçãos, permitindo que o Princípio, Amor, nos governe e dirija. Graças a um conceito mais claro do Amor como bem infinito, aprendemos a não temer o mal. Precisamos substituir crítica, suspeita, condenação e malícia por confiança, lealdade, caridade e compreensão, oriundas de Deus, para sentirmos a sanativa presença do Amor que tudo envolve. Em casos de suscetibilidade, ou desentendimento, ou fricção, nas relações humanas, ao surgirem rivalidades nos negócios, ao sermos dominados pelo desassossego, procuremos o antídoto na consciência Cristã— aquela consciência em que a união do homem com Deus é reconhecida.

O amor triunfou sôbre a antipatia e o ressentimento quando, em uma Escola Dominical da Christian Science, certa vez, uma menina, que tinha adoração pela mãe e amargura pelo padrasto, aprendeu que o verdadeiro amor, derivado do Princípio, é despido de egoísmo e de domínio. Compreendeu, outrossim, que prova de amor genuino é a disposição para o esquecimento de si próprio. Graças a esta lição que a levou a expressar mais amor em vez de ódio, obteve benefícios que atingiram também o seu lar e a Escola Dominical.

Sob o título marginal, “A armadura da divindade”, Mrs. Eddy diz na página 571 do Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras): “A todo momento e em tôdas circunstâncias, vencei o mal com o bem. Conhecei a vós mesmos, e Deus proverá a sabedoria e a ocasião para a vitória sôbre o mal. Envergando a panóplia do Amor, não podereis ser atingido pelo ódio humano. O cimento de uma humanidade mais elevada unirá todos os interesses na única divindade.”

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