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Sêde Consolados!

Da edição de outubro de 1957 dO Arauto da Ciência Cristã


É missão do Cristo consolar e animar. Cristo Jesus, nosso Guia, prometeu enviar um Consolador, e nossa Líder, Mary Baker Eddy, declara que êsse Consolador é a Ciência divina. Con tôda ternura, Jesus consolou seus discípulos com as palavras (João 14:27): “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. ... Não se turbe a vosso coração, nem se atemorize.”

O praticista da Christian Science esforça-se para seguir nas pegadas do Mestre. Êle acalma e destrói o temor daqueles que lhe vêm buscar auxílio, elevando-lhes os pensamentos acima do êrro e tranquilizando-os com a verdade da totalidade e da onipotência de Deus, o bem. Tal consôlo, baseado na compreensão espiritual, inspira confiança, e cura.

Quando nosso Mestre curou o paralítico, primeiramente o consolou com as palavras (Mateus 9:2): “Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.” Que alívio para aquêle que possa, durante longo tempo ter ruminado seus passados êrros. Jesus suspendeu a escuridão mental que pretendia minar o corpo mortal. Nos relatos bíblicos de cura, seja do mêdo, da carência, da doença ou do pecado, descobrimos que as demonstrações de Jesus muitas vêzes eram precedidas de palavras tranquilizadoras e positivas. Isto se verificou, quando os discípulos se atemorizaram ao verem-no andar sôbre o mar, e, ainda, quando curou a mulher que, havia doze anos, padecia de “um fluxo de sangue”. Mrs. Eddy nos aconselha à página 411 do seu livro Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras): “Começai sempre vosso tratamento, acalmando o temor dos pacientes.” O Amor divino, que expulsa o mêdo, muda o pensamento e o corrige.

Jesus não quis aceitar para si o têrmo “bom”. Mas constantemente elevava o pensamento à fonte de todo o bem — o único Deus perfeito — e indicava o caminho do reto pensar e proceder. Em II Coríntios (1:4), Paulo escreveu acêrca de Deus, como o “que nos consola em tôda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus”.

Não devemos desesperar se cometemos erros, contanto que procuremos eliminar os pensamentos errôneos que os produziram. Jesus louvou o publicano que admitiu ter pecado, porque seu arrependimento era a confirmação da mudança que se havia operado em sua consciência. Os erros que deploramos e corrigimos, podem servir-nos de degraus na escada que conduz às alturas espirituais. As lutas que travamos para vencer as nossas próprias imperfeições ensinam-nos a sermos mais clementes com os erros de nosso próximo, e nos impelem a apagarmos as falsas imagens e vermos o homem perfeito.

Acaso nós, como membros da igreja, como colegas ou como vizinhos, fazemos uma realidade de algum deslize infeliz, e assim oprimimos nosso amigo ainda mais? É de consôlo que sèriamente necessita o mundo em geral e cada indivíduo. Talvez nunca saibamos o que um aplauso cordial, um sorriso compreensivo, ou uma sólida lealdade, mesmo diante de uma provocação, pode alcançar, quando inspirado pelo amor a Deus e ao homem. Nossa Líder diz-nos (Science and Health, pp. 366, 367): “Se quisermos abrir as portas da prisão aos enfermos, temos primeiro que aprender a pensar os quebrantados de coração. Se quisermos curar pelo Espírito, não devemos esconder o talento da cura espiritual por baixo do sudário de sua forma, nem enterrar o moral da Christian Science nas mortalhas de sua letra.”

No Hinário da Christian Science, encontramos muitas belas mensagens, que levam a paz ao coração tribulado. Uma delas diz (no. 9):

Ó corações ansiosos, que em Deus confiais
Através do mundo tão vasto ;
Êle sabe de que anjos necessitais,
E os faz de vós se aproximar,
Para vos consolar, guardar e guiar.

A articulista recebeu uma mensagem angelical, certa manhã, depois que seu quarto fôra submetido a uma rigorosa busca e todos os periódicos da Christian Science, que ela tanto amava, a Bíblia e as obras de Mrs. Eddy, lhe haviam sido confiscados. Naquela hora tão negra, quando estava sentada no leito, de cabeça inclinada, notou uma pequenina tira de papel no chão, ao seu lado. Nela estava o seguinte verso da Bíblia (João 16:22): “Outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.”

Durante os tenebrosos anos que se seguiram, quando no país em que vivia, estava proibida a Christian Science, ela se apegou a essa promessa de consolo, que com o tempo se cumpriu.

Nossa Líder, como nosso Mestre, estava sempre levando consolo aos outros. A Igreja-Mãe, que ela estabeleceu, representa o mais alto tipo de amor, que consola e envolve o mundo. O saber-se que, como membro dessa Igreja, se está incluído nas orações protetoras daqueles que compreendem o amor infalível de nosso Pai-Mãe Deus, propicia indizível consôlo, coragem e confiança.

Mrs. Eddy estava a par da necessidade de consolo que tinham os indivíduos, e conclui seu livro Retrospection and Introspection (Retrospecção e Introspecção, p. 95), com uma estrofe de um poema por A. E. Hamilton, que começa assim:

Peça a Deus que te dê habilidade,
na arte de consolar.

Nossas próprias experiências passadas, nossos próprios anseios, nossos fracassos, nossas lutas, nossas vitórias, nossas curas, nossa evolução e nosso crescimento espiritual — tudo isto nos ensina esta arte cristã. E, à medida que a pomos em prática, verificamos que a bênção retorna e nós mesmos, somos beneficiados e consolados.

Isaías nos deu o ideal, quando declarou (41:6): “Um ao outro ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te.” A tradução de Martinho Lutero desta última sentença, diz: “Sei getrost!”— Sê consolado!

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