Quando uma pessoa é curada pela ministração da Christian Science fica, êle ou ela, apta a perguntar (João 4:29): "Porventura não é êste o Cristo?" tal como perguntou a mulher de Samaria, posteriormente ao seu encontro com Cristo Jesus junto à fonte de Jacó, perto de Sicar. Tôda cura é um incidente sagrado em nossa vida, porque é prova do Cristo conosco.
No Glossário de Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras) Mary Baker Eddy define "Cristo" como segue (p. 583): "A manifestação divina de Deus, que vem à carne para destruir o êrro encarnado." Por certo, Cristo, Verdade, pode vir a qualquer um em qualquer tempo, em qualquer parte. A ocasião da vinda do Cristo é um dos maiores momentos concedidos aos seres humanos.
A gratidão produzida por tal acontecimento pode durar uma hora ou pode ser duradoura, como no caso da Maria Madalena. Por certo, foi permanente nas experiências de Pedro, João e Paulo.
O Cristo cura tanto o pecado como a doença e cura instantâneamente. Sua mensagem é uma inspiração divina que, se deixarmos, pode permanecer conosco de noite e durante o dia para nos proteger da tristeza e do desastre. É como um anjo celestial, que está sempre disponível, mas que tem de ser recebido com alegria e tratado com carinho.
A pergunta: Que é o Cristo? há muitos séculos tem embaraçado os teólogos. Coube a Mrs. Eddy diferençar, como ninguém o fêz antes, entre Jesus e o Cristo. Esta distinção é fundamental na Christian Science.
Mrs. Eddy explica em seu livro Science and Health (p. 473): "Cristo é a Verdade ideal, que vem curar a doença e o pecado pela Christian Science, e atribui todo poder a Deus. Jesus é o nome do homem que, mais do que todos os outros homens, apresentou o Cristo, a verdadeira idéia de Deus, curando os enfermos e os pecadores e destruindo o poder da morte. Jesus é o homem humano, e Cristo é a idéia divina; daí a dualidade de Jesus o Cristo."
Acolher o Cristo elimina o elemento da personalidade material. Porque a cura não é o dom pessoal de um indivíduo, mas antes a demonstração do poder de Deus que vem à consciência humana através do Cristo, Verdade, as próprias obras de Cristo Jesus podem ser emuladas e, como êle mesmo profetizou, ultrapassadas.
Cristo Jesus tinha uma percepção clara de seu lugar no plano das coisas, de sua missão junto à humanidade e de sua relação divina com Deus. Compreendia perfeitamente sua natureza verdadeira e ansiava por que seus discípulos a compreendessem como êle. Propôs-lhes esta pergunta: "Quem dizem os homens ser o Filho do homem?" (Mateus 16:13). Ouvindo respostas pouco satisfatórias, tornou a perguntar assim: "E vós, quem dizeis que eu sou?"
Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo."
Evidentemente, esta era a verdadeira resposta que Jesus desejava ouvir. Era essencial que os discípulos compreendessem os verdadeiros fatos da fonte de seu poder, para que não atribuissem as obras de Cristo Jesus a fenômenos humanos. Jesus andou com os homens, mas o Cristo eterno é a concessão divina de Deus à consciência humana, que cura pelo conhecimento demonstrado da onipotência de Deus e não por milagres.
Não precisamos esperar indefinidamente por uma época de crise para experimentarmos a presença do Cristo. Vivendo o espírito de Cristo, podemos impedir crises. Podemos purificar todo motivo e glorificar todo ato. Podemos orar sèriamente, dia por dia, hora por hora, para que haja em nós aquela Mente "que houve também em Cristo Jesus" (Filipenses 2:5). Estar contìnuamente consciente do Cristo é ter à mão e pronto para ser usado o maior poder protetor e sustentador: o Cristianismo científico, efetivo, prático.
