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A Vaca Roxa

[De Especial Interêsse para as Crianças]

Da edição de outubro de 1962 dO Arauto da Ciência Cristã


Como o Jaime morasse fora dos limites da cidade, todos os dias êle ia de ônibus para a escola. A maior parte do tempo, no ônibus, as crianças passavam-no em brincadeiras, rindo e conversando umas com as outras. Mas acontecia, às vêzes, que um assento ficava vago porque uma das crianças nesse dia não comparecia à escola. Então, alguns dos meninos e das meninas costumavam falar a respeito do colega ausente. Diziam que êle estava doente e descreviam a sua doença.

Jaime freqüentava a escola dominical da Christian Science, e por isso sabia que a doença era irreal. Êle o sabia porque aprendera que Deus fizera tudo e que tudo quanto Deus fizera era bom. Êle havia lido na Bíblia (Génesis 1:31): “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Êle sabia que a doença não era coisa boa e que, portanto, Deus não a podia ter feito. Viu, também, que, se Deus não a fez, então ela não era nada.

Jaime desejava de todo o seu coração que os meninos e as meninas que viajavam com êle no ônibus não falassem a respeito de doença como se esta fôsse alguma coisa de muito real e alarmante. Uma noite, pouco antes de ir para cama, êle falou com sua mãe a respeito das conversas que ouvira no ônibus.

“Mamãe,” disse êle, “hoje faltaram três crianças às aulas. Os meninos que viajaram comigo disseram que a doença é muito contagiosa. Não quero acreditar nisso — e em verdade não acredito — mas êles pareciam estar tão convencidos disso! Eu queria saber o que dizer.”

A mãe sentou-se à beira da cama do menino e disse: “Queridinho, já vistes, alguma vez, uma vaca roxa com pintinhas amarelas?”

Jaime sorriu. “É claro que não!” e riu.

“Nem eu tampouco,” prosseguiu a mãe. “Mas se eu estivesse em algum lugar em que as pessoas falassem a respeito de coisas que eu sabia positivamente não serem verdadeiras, como por exemplo de uma vaca roxa com pintinhas amarelas, então que falassem quanto quisessem, eu não o acreditaria.”

A mãe abriu a Bíblia e leu em voz alta o que Jesus disse a respeito do diabo, ou o mal (João 8:44): “Quando êle profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”

“Mas os meninos que viajam no ônibus comigo não pensam de modo algum que estejam mentindo,” disse Jaime. “Êles não pretendem mentir, não é?”

A mãe do menino assegurou-lhe que os outros meninos não tinham essa intenção. Ela continuou a explicar que sempre devemos ser amáveis e ter consideração para com aquêles que não compreendem a verdade que nós. Cientistas Cristãos, compreendemos. Mas há um modo maravilhoso de ajudar a êles e também a nós mesmos. Tudo o que temos de fazer é apenas saber que aquilo que êles às vêzes dizem não é verdadeiro. “Tu verás que isto resolve,” disse a mãe. “Êles deixarão de falar a respeito do êrro.”

Ela abriu o livro-texto da Christian Science, Ciência e Saúde por Mrs. Eddy, na página 392, e pediu a Jaime que lesse êste trêcho em voz alta: “Montai guarda à porta do pensamento. Admitindo sòmente aquelas conclusões cujos resultados desejais ver concretizados no corpo, vós vos governareis harmoniosamente.”

“Como vês, meu querido,” disse a mãe, “não precisas dizer coisa alguma. Tudo o que tens de fazer é ser o melhor porteiro possível. Um porteiro abre e fecha portas, e êle tem autoridade para deixar entrar sòmente aquêle que êle ache que deva deixar entrar, e a ninguém mais. Um bom porteiro tem o máximo cuidado com aquêles que êle deixa passar pela porta.”

Êles conversaram ainda durante algum tempo sôbre o fato de que, em realidade, tudo o que possa ser contagioso é o bem. Êles raciocinaram que, se o Amor divino, ou Deus, está em tôda parte, então o êrro, ou seja o mal, não está em parte alguma. O que é que havia, então, de contagioso, senão a bondade, a felicidade e o bem-estar?

Dias depois, Jaime veio correndo para dentro de casa e contou à mãe o que ocorrera. Êle disse: “Um dos meninos não tomou o ônibus, e seus companheiros começaram a falar sobre a gravidade da doença dêle. Eu disse para comigo, com tanta energia quanto pude: ‘Isto é uma mentira, e se é uma mentira, então não é verdade. Ela não pode pegar-me, nem pode pegar a ninguém. Se eu sou um bom porteiro, o melhor que tenho de fazer é bater com a porta na cara do êrro, agora mesmo!‘

“Então comecei a falar com o menino que estava ao meu lado a respeito do jôgo de basquete. No mesmo instante, todo mundo passou a falar sôbre o jôgo, e ninguém mais mencionou a doença durante o resto do trajeto para a escola.”

Jaime não ficou doente, e os demais meninos também não ficaram, e a mãe dêle regozijou-se de que seu filho pôde ajudar a proteger-se a si mesmo e a seus amigos contra o êrro. “Não importa quantas vêzes vejas o êrro ou ouças falar dêle,” recomendou ela, “lembra-te sempre de que o êrror, qualquer que seja sua forma, não é mais real do que uma vaca roxa.”

“E,” Jaime concordou enfàticamente, “ela jamais foi real!”

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