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A Volta de Topsy

[De Especial Interêsse Para as Crianças]

Da edição de janeiro de 1964 dO Arauto da Ciência Cristã


Topsy é uma cadelinha preta e uma expressão muito viva de alegria e de dedicação. Gosta especialmente de crianças, ou melhor, ama-as. Êsse amor proporcionava-lhe cuidados e abrigo quando dêles precisava, e certa vez, havendo a cadelinha se perdido, fêz com que ela fôsse achada e voltasse para casa.

Topsy pertencia a uma família de quatro pessoas: pai, mãe, uma menina e um menino, e todos viviam numa ilha. Gostava de correr na praia, nadar nas ondas, andar a passo curto em excursões e brincar com as criancinhas que vinham em visita. Nunca havia saído de sua ilha e não conhecia nada do tráfego da cidade e de seus estranhos arredores. Entretanto, a família viu-se na necessidade de levar Topsy para o continente e deixá-la com uma amiga por alguns dias. Essa amiga prometeu cuidar bem dela e deixou-a brincar dentro de um jardim cercado. Mas, quando a família voltou, quatro dias depois, soube que, apesar de tôdas as precauções, Topsy havia pulado a cêrca logo no primeiro dia e desde então não mais fôra vista.

No primeiro instante, sentiram-se tentados a ceder ao mêdo; mas depois lembraram-se de tôdas as verdades ensinadas na Ciência Cristã [Christian Science], as quais êles haviam comprovado muitas vêzes, e de tôdas as provas que haviam visto da solicitude de Deus. Topsy fôra curada apesar de um hôspede da família haver prognosticado que a cadelinha não viveria até o dia seguinte. Naquela ocasião, a família havia cantado seus hinos prediletos e haviam lido trechos da Bíblia e do livro Ciência e Saúde escrito por Mrs. Eddy. A mãe se havia levantado várias vêzes durante a noite para ler e orar, e quando todos desceram para o dejejum, no dia seguinte, lá estava Topsy, abanando a cauda e pronta para comer também. Fazia travessuras pela cozinha tão alegremente como sempre.

A família estava certa de que a verdade que havia curado a cadelinha naquela ocasião também agora iria sustentá-la, guardá-la e reconduzí-la para casa. A amiga pôs um anúncio nos jornais, mandou irradiar avisos pelas estações de rádio e fêz indagações junto aos abrigos de animais perdidos. Ninguém pôde, porém, dar informações a respeito de uma cadelinha preta. Naquela noite, o meninozinho da família ficou olhando constantemente para o cêsto vazio na cozinha, e as lágrimas começaram a encher-lhe os olhos. Sua mãe lembrou-lhe que o amor divino se estende a todos, por tôda parte, e que Deus está sempre cuidando de tôdas as Suas criaturas.

Todos êles acharam no hino n.° 99, do Hinário da Ciência Cristã, um confôrto especial, e muitas vêzes cantaram estas linhas:

No Teu esconderijo habitarei,
E Teu poder e graça sentirei.

Êles sabiam que Deus guiaria Topsy com segurança e que as necessidades dela seriam atendidas. Por vários dias continuaram a orar. Êles queriam ser obedientes ao versículo da Bíblia, que diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração” (Provérbios 3:5).

O tempo estava ficando frio, e havia começado a chover; por isso, todos rezavam para se capacitarem de que Topsy estava abrigada por Deus. No terceiro dia, a amiga telefonou à família para informar que, enquanto andara de automóvel pela cidade, vira várias vêzes um cãozinho preto, mas que todos os esforços para pegá-lo haviam falhado. A amiga propôs à mãe que viesse ao continente e com ela percorresse a cidade de automóvel.

A mãe foi para lá e percorreu com a amiga a parte da cidade onde o cãozinho tinha sido visto. Nas vizinhanças existiam grandes gramados, ruas silenciosas, e havia muitas crianças em tôda parte. Várias vêzes viram cãezinhos pretos, mas ao se aproximarem dêles, as duas senhoras verificaram que êles tinham manchas brancas, pêlo curto, ou eram grandes demais para que fôsse Topsy.

Após várias horas, a amiga começou a perder a esperança de encontrar o cãozinho. Mas a mãe tinha certeza de que sua busca não podia ser infrutífera. Não disse Jesus que “para Deus tudo é possível” (Mateus 19:26)? Ela estava certa de que o trabalho na Ciência havia sido feito com tôda fidelidade e que era justo que Topsy se reunisse à sua família. De repente, veio-lhe a idéia de que deviam passar por perto dos pátios de recreio escolares para ver se Topsy havia seguido as crianças até a escola.

Passaram diante de duas escolas, mas não viram nenhum cão preto. Justamente no momento em que se achavam na entrada de veículos da terceira escola, a mãe relanceou a vista pelo pátio de recreio e, eis que, no campo que se achava lá atrás, havia um pequeno objeto preto. Ela saltou ràpidamente do carro e chamou “Topsy! Topsy!” Uma mancha preta em torvelinho lançou-se, como se fôsse um raio, em sua direção, e logo a seguir ela sentiu o rosto inteiro ser lambido por um cãozinho que se saracoteava todo e que, de alegria, pôs-se a ladrar. Topsy estava tão contente e tão bem cuidada como sempre.

Vocês podem imaginar a felicidade do pai, da menina e do menino, que haviam ido esperar a barca, quando a mãe e Topsy voltaram à ilha naquele dia. Vocês podem imaginar, também, a gratidão dêles pela prova de que uma idéia de Deus não pode ser separada do afetuoso cuidado d'Êle.

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