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Mantenhamos Livre a Nossa Consciência

Da edição de janeiro de 1964 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando me interessei pela Ciência Cristã [Christian Science], achei estranho que muitos teológos e homens doutos, em alto grau adiantados no terreno acadêmico, não estavam, ao que parecia, habilitados a aceitar ou demonstrar essa religião; ao passo que pessoas comuns, de tôdas as classes sociais, estavam comprovando diàriamente o poder curativo e regenerador dessa mesma religião, não só em suas próprias vidas senão também em favor daquêles que iam ter com elas em busca de ajuda. Encontrei a resposta na seguinte declaração constante na página 59 de Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos) por Mrs. Eddy: “O melhor sanador é aquêle que menos procura sobressair, e assim se torna transparente para a Mente divina, que é o único médico.”

Tornou-se-me evidente que, a fim de ser transparente para a Mente divina, a consciência precisa ser mantida livre de dúvidas e de temores, de justificação própria e de orgulho. Compreendi que não bastava simplesmente reconhecer a idéia de que o homem foi feito à imagem de Deus, como está declarado no primeiro capítulo do Gênesis, como foi ensinado e demonstrado por Cristo Jesus e também como foi explicado através dos escritos de Mrs. Eddy. Uma fiel devoção do pensamento e uma ação coerente são necessárias para que essas verdades sejam claramente evidenciadas na superação da falta e da limitação e na cura dos doentes.

A receptividade, a humildade e o esquecimento de si mesmo, são algumas das qualidades que revelam a nossa verdadeira natureza e identidade espirituais. De fato, não há barreira ou impedimento à percepção da existência espiritual; só pode parecer que existem quando deixamos que um falso sentido do eu se manifeste como obstáculo em nosso caminho. Mrs. Eddy diz: “O amor-próprio é mais opaco do que um corpo sólido” (Ciência e Saúde, p. 242).

Não se pode ver através do nevoeiro do egoísmo, nem pode a Verdade brilhar através da cobiça e da obstinação; mas a Verdade pode dispersar tôda escuridão e tôda mistificação se o permitirmos. Se deixarmos que se aposse de nós a alegria, em vez de a tristeza, a fé, em vez de a preocupação, a confiança, em vez de o mêdo, verificaremos que a Verdade terá dispersado a escuridão do pensamento não esclarecido.

No seu Sermão da Montanha, Cristo Jesus diz que a luz do corpo são os olhos, e que a medida da iluminação é igual à pureza da visão. Igualmente, fêz esta advertência (Mateus 6:23): “Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”

Em uma das aulas numa escola diurna, tiveram as crianças de definir um santo. Um meninozinho, que havia passado suas férias na Europa com os pais, lembrando-se das figuras que vira nos vitrais das grandes catedrais, disse: “Um santo é alguém através do qual a luz brilha.” Talvez não possamos considerar-nos santos, mas a nossa santidade, ou inteireza, só transparece quando permitimos que a luz da Verdade brilhe através de nossa consciência.

O desprendimento de si mesmo que isto requer não significa a obliteração de si mesmo ou a eliminação de nossa individualidade. Significa que se deve abandonar um sentido material de existência pela existência espiritual e divina, renunciar às opiniões e convicções pessoais como preparativo para o influxo da luz da Verdade que revela tudo o que há para saber.

Não é através do saber material, do conhecimento superficial dos textos bíblicos e do mero intelectualismo que o reino de Deus se revela, mas sim através das sinceras graças do Espírito, como a alegria, a gratidão, a pureza e o ser semelhante a uma criança.

Numa ocasião em que Jesus falava com os fariseus e os homens doutos de seu tempo, os discípulos repreenderam aquêles que lhe vinham trazer crianças. Conta-se que Jesus ficou descontente com isso (talvez por lhe não terem os discípulos compreendido os ensinamentos), e disse (Marcos 10:15): “Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nêle.”

Do mesmo modo que é preciso afastar as cortinas para o lado a fim de que os raios do sol inundem um aposênto, assim, também, deve o sentido pessoal ceder o lugar para permitir que a luz da Verdade encha a nossa consciência e realize a obra de cura. Então, usando as palavras de um hino muito querido (No. 12, do Hinário da Ciência Cristã), poderemos, em verdade, dizer:

E através de nossa obra sempre brilhará Aquela luz cuja glória ao Senhor pertencerá.

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