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A Continuidade da Bíblia

Noé: “Pregador da justiça”

Da edição de julho de 1964 dO Arauto da Ciência Cristã


O Patriarca Noé é uma personalidade de profundo significado muito embora não possuamos nenhum registro definitivo sôbre o lugar ou mesmo sôbre o país de seu nascimento. De seu pai, Lame-que, não sabemos quase nada, mas seu avô, Matusalém, tem a distinguí-lo o haver tido vida mais longa do que qualquer outra pessoa mencionada nos relatos bíblicos.

Em Enoque, bisavô de Noé, encontramos um prenúncio daquela obediência e proximidade a Deus refletida na experiência de Noé, o qual, aceitando o aviso divino acêrca de um dilúvio de incalculáveis proporções, tomou providências para proteger tôda a sua família e as criaturas viventes que estavam sob o cuidado dela. Além disso, a descrição feita de Noé como “pregador da justiça” (II Pedro 2:5) certamente indica que êle deve ter feito esforços persistentes, se bem que infrutíferos, para converter e, dêsse modo, salvar seus vizinhos materialistas.

Duas vêzes conta o quinto capítulo do Génesis que Enoque “andou com Deus”, frase essa muito significativa e geralmente interpretada como indicando que Enoque tinha sido tão consistentemente uno com seu criador que, tal como o profeta Elias, foi poupado à dura experiência da morte. Diz-se de Enoque: “Êle já não era, porque Deus o tomou para si.” Conquanto Noé não o seguisse neste sentido, estava preparado para obedecer quando ouviu a voz de Deus. Consta que também êle “andava com Deus" (Gên. 6:9), e havendo provado que era justo e reto, foi aceito diante de Deus.

Como contraste, seus contemporâneos anónimos, engolfados em violência, imoralidade e materialismo, poderiam muito bem ter-se destruído se o não tivessem sido pelo dilúvio.

O Gênesis contém relatos um tanto variados dessa catástrofe, mas não há razão para que se ponha em dúvida a exatidão substancial dêsses antigos relatos bíblicos. A arqueologia moderna tem propiciado provas indiscutíveis de extensas inundações, especialmente na vasta área que circunda os rios Tigre e Eufrates, das quais resultaram profundos e vastamente distribuídos leitos de lôdo, os quais só poderiam ter sido depositados por uma ou várias inundações de vastas proporções. As grandes inundações dos tempos modernos são, muitas vêzes, descritas como formadoras de áreas de desastre; semelhantemente, um dilúvio tão monumental como o que ocorreu no tempo de Noé poderia muito bem ter sido considerado pelos antigos habitantes do Oriente Próximo ou do Oriente Médio como destruidor de tudo exceto do pouco que restou da humanidade.

Coragem, fôrça de propósito, independência e previsão foram exigidos de Noé para construir uma arca de dimensões sem precedentes em resposta à ordem de Deus, enquanto, sem dúvida, seus vizinhos não visualizavam, de nenhum modo, a iminente calamidade. Contudo, Noé persistentemente continuou seus preparativos. Graças à sua obediência, êle e a família inteira bem como todos os seres viventes que haviam levado consigo foram preservados, ao passo que aqueles que haviam permanecido cegos ao perigo que corriam e à responsabilidade que lhes incumbia se perderam.

Um dos versículos do décimo primeiro capítulo de Hebreus salienta a fé que sustentou Noé através de tôda a sua experiência, assegurando-lhe a sobrevivência pessoal e a segurança de todos os que com êle partilhavam da arca. Do mesmo modo que a fé e a justiça contribuíram diretamente para a preservação demonstrada no breve relato da vida e da obra de Noé, assim também o destino de seus contemporâneos sobreveio como conseqüência inevitável da excessiva materialidade dêles.

Noé permaneceu como exemplo invulgar de alguém que, embora às vêzes se descuidasse de seus ideais, era, no entanto, notàvelmente consistente em seguí-los e que recebeu de Deus a segurança (Gênesis 9:11): “Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída tôda carne por águas de dilúvio.”

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