Num sábado à noite, a mãe de Tomazinho pediu-lhe que fosse à cozinha e abrisse a porta para que seu gato, o Veludo, pudesse ir para fora.
“Mas, mãezinha, não posso ir à cozinha. Lá está escuro. Tenho mêdo do escuro,” respondeu Tomazinho.
A mãe de Tomazinho tomou-o pela mão e pediu-lhe que fôsse à cozinha com ela. Depois de haverem acendido a luz e aberto a porta para o Veludo, Tomazinho viu que não havia nada de que devesse ter mêdo.
Tomazinho estava freqüentando a escola dominical da Ciência Cristã há vários meses. No dia seguinte, antes de se reunir a classe, êle falou com a professôra da escola dominical a respeito do mêdo que tinha de entrar sòzinho num quarto escuro. Como naquele dia os alunos estavam estudando parte do Salmo noventa e um, a professôra disse que tratariam juntos, na classe, da experiência de Tomazinho.
Mais tarde, a professora perguntou aos alunos se já haviam visto uma galinha chamar seus pintinhos para junto de si e se haviam observado como êles se metiam debaixo de suas asas, onde ela os agasalhava e mantinha quentinhos a noite toda. Todos disseram que sim.
Então a professora contou-lhes que, há muito tempo, alguém que escrevia salmos, desejava dizer ao povo como é que Deus cuida amorosamente de todos os que confiam n'Êle. A seguir, leu este trecho do Salmo noventa e um: “Cobrir-te-á com as suas penas, sob suas asas estarás seguro.”
Ela explicou que o salmista não estava dizendo que Deus tinha penas e asas. Êle sabia que a maioria das pessoas já havia visto, ou ainda viria a ver, uma galinha cuidando de seus pintinhos. Por isso, êle usou essa ilustração de proteção para mostrar com que amor Deus cuida de nós quando confiamos n'Êle.
“Nós sabemos que é escuro debaixo das asas da galinha. Por que é que os pintinhos não têm mêdo de obedecer à sua mãe quando ela os chama para junto de si?” perguntou a professôra.
“Porque êles confiam nela,” disse Alão.
“Porque êles sabem que ela tomará conta dêles,” disse Joana.
“Porque êles amam sua mãe, disse Alice.
“Não são estas algumas das razões pelas quais não temos mêdo de confiar em Deus para que nos ajude a fazer tudo o que é justo que façamos?” perguntou a professora.
Novamente, ela leu daquele salmo: “A sua verdade é pavês e escudo.” A seguir leu o que Cristo Jesus, nosso Guia, disse (João 8: 32): “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
A professora explicou que, quando sabemos o que é verdadeiro a respeito de Deus, estamos conhecendo a presença de Deus. Estamos sabendo que nem a luz nem o escuro têm poder para mudar a presença eterna de nosso Pai-Mãe Deus.
Em seguida, ela perguntou à classe se alguém poderia relatar alguma grande verdade que houvesse aprendido e que poderia ajudar alguém a libertar-se do mêdo ao escuro.
“Sim, a definição de Deus,” respondeu Ricardo. “Não podemos ter mêdo quando sabemos o que Deus é.”
A professôra pediu à classe que repetisse a definição de Deus, da página 587 de Ciência e Saúde por Mrs. Eddy. Juntos, recitaram em voz alta: “Deus. O grande Eu sou; Aquêle que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, a tudo ama, e que é eterno; Princípio; Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor; toda a substância; inteligência.”
Explicou então a professôra que, antes de escrever aquela definição de Deus em nosso livro-texto, Mrs. Eddy mesma e também muitas outras pessoas, haviam tido a prova de que o armoroso cuidado de Deus atende a tôdas as nossas necessidades. A definição nos ensina que o ser de Deus é tudo. Nunca podemos estar num lugar onde o nosso carinhoso Pai-Mãe Deus não esteja presente. Não importa que o lugar esteja claro ou escuro.
Tememos a escuridão quando acreditamos que existe um poder além do poder de Deus. A professora abriu o livro Ciência e Saúde e leu (p. 473): “Deus está em tôda parte, e nada afora Êle está presente ou tem poder.”
Os alunos terminaram a lição decorando êste pensamento, que lembra sempre o cuidado de Deus pelos Seus filhos (Salmo 91:11): “Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos.”
Naquela noite, quando era hora de abrir a porta para o Veludo, Tomazinho se ofereceu para fazê-lo sozinho.
“Já não tenho medo do escuro,” anunciou êle. “Na escola dominical aprendemos que o escuro não pode impedir a Deus de tomar conta de nós. Deus está em tôda parte onde nós estamos.”
