Os Jovens que aceitaram a Ciência Cristã [Christian Science] têm diante de si a bela oportunidade de dedicar a vida inteira a serviço de Deus, compreender que o Espírito é tudo e a matéria nada é, bem como provar que o reino do céu, a harmonia, pode ser demonstrada na experiência humana pela destruição do mal, do pecado, da doença e da morte.
O mundo anda sequioso por sinais da onipotência do bem, Deus, e por provas de serem irreais as discórdias do sentido corpóreo. Que melhor contribuição podem os jovens fazer ao progresso da humanidade, senão dedicar suas vidas a elevar o pensamento do mundo acima do cativeiro das crenças materialistas, as quais o conduziram à beira da autodestruição?
Como jornalista, o autor dêste artigo entrevistou centenas de pessoas da Ásia e da África — pensadores que ajudam seus países a progredir. Entre todos êles encontrou um anseio pelas verdades relativas ao ser espiritual e por uma compreensão acêrca do bem onipotente, que pode derrubar a limitação. São mentes sem preconceitos. Estamos dispostos a alimentar corações famintos como êsses — e há milhões dêles — com a segurança do amor e da abundância de Deus, com as verdades espirituais relativas ao ser, que mostram que a harmonia, a saúde, a alegria e a satisfação constituem realidades permanentes, e que a morte, a doença e a discórdia são coisas inexistentes?
Mrs. Eddy pergunta em seu livro Miscellaneous Writings — Escritos Diversos — p. 177: “Quereis dedicar-vos, inteira e irrevogàvelmente, à grande obra de estabelecer a verdade, o evangelho e a Ciência, necessários para que o mundo seja salvo do êrro, do pecado, da doença e da morte?” Os Cientistas Cristãos não devem hesitar em responder com um “sim”! É grande a necessidade do mundo, e os Cientistas Cristãos são os únicos equipados com a compreensão prática e demonstrável da Verdade que pode atender às necessidades da humanidade.
É possível dar uma resposta afirmativa a despeito da ascendência humana, do ambiente, da educação, da provisão ou da ambição. As circunstâncias ou as condições humanas não têm influência alguma sôbre a atividade espiritual motivada pelo amor a Deus e ao homem, pela gratidão para com a Ciência Cristã [Christian Science] e por um desejo humilde de fazer a vontade de Deus.
Não deve haver indiferença quanto à nossa dedicação a essa Ciência nem timidez em partilharmos essa Ciência com outros, porquanto é a religião do Amor divino e o caminho para a Vida eterna. É a única religião firmemente assentada na realidade de que Deus, o bem, é Tudo, e que, conseqüentemente, o mal nada é. A salvação só pode ser obtida, demonstrando-se a Ciência do Cristianismo.
Tendo visto que a Ciência Cristã [Christian Science] nos dá as ferramentas com as quais podemos trabalhar para nos salvarmos do pecado, da doença e da morte, que ela é a panacéia para todos os males carnais e a vereda pela qual nos libertamos da escravidão materialista, não podemos, em sã consciência, guardá-la para nós mesmos. Mrs. Eddy diz-nos (Ciência e Saúde, p. 570): “Milhões de mentes sem preconceitos — que com simplicidade procuram a Verdade, viandantes fatigados, sedentos no deserto — aguardam, atentos, o repouso e o refrigério. Dai-lhes um copo de água fresca em nome de Cristo, e nunca receeis as conseqüências.”
Por que temer os resultados? O amor, a gratidão, a humildade e um desejo de partilhar o bem — motivos com poder espiritual próprio — ajudam a vencer a resistência e despertar a centelha da receptividade ao bem espiritual, presente em tôda pessoa.
Julgamo-nos indignos para transmitir bênçãos a outros? Então precisamos livrar-nos dêsse falso sentido do eu, e, para o lugar dêle, reclamar a nossa verdadeira individualidade como expressão da Mente única, que nos supre com tôdas as idéias de que necessitamos. A consciência de nossa unidade com Deus como imagem e semelhança Sua que somos, dar-nos-á fôrça e inspiração. Com o eu afastado do caminho, não podemos deixar de amar, porque somos, em realidade, reflexos do Amor onipotente.
Talvez os jovens estejam mesmerizados pela crença de serem inexperientes ou de não estarem bastante amadurecidos. No entanto, a idade é apenas um conceito mortal. Não possui lugar na imortalidade da Vida. O homem existe no estado de compreensão espiritual, que basta para tôdas as exigências que são feitas a ela. É o Emanuel, ou “Deus conosco”, quem fará a obra.
Como Paulo disse a Timóteo (I Tim. 4:12–15): “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza... Medita estas cousas.”
Jovens que desde cedo tornaram-se Cientistas Cristãos, sem dúvida aceitaram menos crenças mortais. Para a igreja, o valor da pureza, da vitalidade e do entusiasmo naturais da juventude foi salientado pelo apóstolo João, quando disse (I João 2:14): “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós e tendes vencido o maligno.”
Às vêzes, os jovens talvez sintam-se impedidos de dedicar-se ao serviço da Causa da Ciência Cristã [Christian Science] pelo pensamento da ambição humana. Para êles, Mrs. Eddy preparou esta resposta (Miscellaneous Writings — Escritos Diversos — p. 110): “Que maior ambição haverá do que manterdes dentro de vós aquilo que Jesus amava e saberdes que o vosso exemplo, mais do que as palavras, determina o moral para a humanidade!” Nosso exemplo consiste em provar o fato de que Deus em qualquer faceta da experiência é Tudo, em viver o bem e em reclamar nossa herança espiritual de harmonia e liberdade como Seus filhos.
Quando elevarmos a idéia-Cristo do homem em nossa consciência e contemplarmos tôdas as pessoas em sua inseparável relação com Deus, refletiremos o Cristo, a Verdade, que cura. Então estaremos prontos para ir pelo mundo, alimentar os famintos e curar os doentes. A lei de atração espiritual nos trará aquêles a quem nossa compreensão pode ajudar, e colheremos os frutos da obra a que nos dedicamos — a de ajudar a libertar a humanidade do mêdo e da limitação que ela se impôs.
