A abundância interessa a todos. A Ciência Cristã [Christian SciencePronuncia-se: Crístien Çá'iens.], mediante a compreensão que propicia do bem prático e indivisível, oferece fartura à humanidade. Ensina que é normal, não milagroso, possuirmos tudo que necessitamos, e baseia êsse ensinamento na infinidade e na bondade de Deus. Onde Deus está, a abundância também está. A infinidade não conhece escassez nem permite que haja escassez. Deus é tudo o que Êle é, onde quer que esteja. Em Sua presença não pode haver espaços vazios nem vácuos.
Tal compreensão é dinâmica, e seu uso pode dissipar a escassez e as limitações que atormentam a humanidade. A economia mundial, baseada na matéria e na crença de que a matéria seja substância e constitua uma necessidade, fica logo contaminada pelas limitações inerentes a essa crença. Por causa do conceito de valor, de potencial e de distribuição que o mundo tem, vem sendo perseguido pelas evidências de escassez e de injustiças. Através de todos os séculos, as sagradas escrituras têm apresentado a possibilidade da abundância do bem. A Ciência Cristã [Christian Science] oferece o cumprimento dessa promessa.
Essa Ciência exige de seus seguidores uma reformulação de seus pensamentos com respeito à abundância. O antigo modo de pensar, baseado na matéria, não pode subsistir. O estudioso tem de começar com o Espírito, Deus, a fim de encontrar as respostas corretas para os problemas com que se defronta. Talvez a sugestão que lhe sobrevenha seja uma das que dizem: se minha situação é esta, a abundância de Deus não me pode alcançar. Não possuo meios de subsistência, ou tenho uma única fonte de suprimento, e esta é inteiramente inadequada para prover as minhas necessidades.
O infinito não pode ser reduzido à pequenez de canais. Expressa-se em uma variedade infinita e sempre diz, nas palavras da Bíblia: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26). O homem feito à imagem e semelhança de Deus é tão pouco afetado pela limitação quanto o Deus que o concebe.
Inspirado por essas verdades, o estudioso começa a examinar seu antigo modo de pensar acêrca de si mesmo e de seu ambiente. Bem poderia perguntar a si mesmo: Aceitei alguma forma de escassez como se fôsse necessária ou lógica? Vivo mentalmente com escassez?
Se as respostas forem afirmativas, verificará que, mediante a Ciência Cristã [Christian Science], muito pode fazer para remediar essa situação. Repudia os temores e as dúvidas, aliados do modo de pensar mortal. Não mais diz: Nunca estarei em condições de possuir isto, ou, jamais poderia fazer aquilo. Ao mesmo tempo que permite a sabedoria lhe governe as ações humanas, permite que seus pensamentos e suas palavras demonstrem as possibilidades do bem ilimitado.
Na Ciência Cristã [Christian Science], aprendemos que a substância verdadeira, quer se apresente humanamente como saúde, suprimento, oportunidade ou inteligência, é espiritual e permanece dentro do âmbito do Princípio divino. Jamais é repartida entre pessoas, nem podem estas usá-la, estragá-la ou esgotá-la. O filho amado de Deus — o homem — possui substância por reflexo. As idéias espirituais constituem seu ser.
No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã [Christian Science], escreve (p. 513): “O Espírito diversifica, classifica e individualiza todos os pensamentos, os quais são tão eternos como a Mente que os concebe; mas a inteligência, a existência, e a continuidade de tôda individualidade permanecem em Deus, que é seu Princípio divinamente criador.”
Não podemos separar Deus do homem: Deus, lá, possuindo tudo, e o homem, aqui, possuindo pouco. Deus e o homem são sempre distintos entre si, mas nunca estão separados. A escassez aparece quando, na crença, separamos o efeito de sua causa, a idéia de seu Princípio. É nesse suposto reino da separação que a escassez e a doença aparecem.
O estudioso aprende, também, que não deve abrigar um conceito material, ou estrutural, de suprimento, isto é, um conceito que diz ser o suprimento material, constituído em parte de moeda sonante e em parte de papel-moeda, e em geral, fora de nosso alcance. Um conceito dessa espécie sugere que um bloco retirado da estrutura deixa um vazio difícil de preencher de novo; daí vacilarmos, quando se trata de dar.
Êsse conceito limitado dura apenas certo tempo e vai sòmente até certo ponto. Parece determinar até que limite podemos chegar no que se refere a possuir e a gastar. É inevitàvelmente esgotável, pois seus elementos são materiais, e, por sua vez, freqüentemente esgota seu dono quando êste procura viver dentro dos limites de seus rendimentos.
Quanta limitação desaparece quando percebemos que a realidade não consiste de muitos mortais a se esforçarem por dividir entre si uma pequena porção da matéria. Em vez disso, percebemos que o Espírito, Deus, é substância, expressando-Se em têrmos de abundância e inteligência, e que o homem é Seu reflexo.
A vida e o exemplo de Cristo Jesus constituem uma inspiração contínua para o Cientista Cristão, porquanto mostram a natureza universal e imediata do suprimento. Êle disse: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lucas 12:32). Sua compreensão de Deus era tão absoluta e isenta de dúvidas, que revelava-se instantâneamente e de um modo que atendia à necessidade humana. Os famintos eram alimentados e os enfermos curados.
A abundância de Deus nunca precisa ser aumentada, mas sim nossa capacidade e boa vontade para aceitá-la. Se as necessidades da existência humana parecem escassamente providas, examinemos nosso amor, nossa obediência, nossa fé profundamente enraizada em Deus. Acaso escasseiam? Não podemos aumentar essas qualidades e expressá-las de maneira mais completa? Então nenhuma sugestão de que a matéria seja estável ou constitua algo de real pode associar-nos com a escassez ou esconder de nós a oportunidade de expressarmos abundância. Mrs. Eddy escreve no livro-texto (p. 336): “O tudo é a medida do infinito, e nada menos pode expressar Deus.”
