Quando Bobby se achava veraneando na casa de campo de seus avós, certa manhã alguns amigos destes vieram passar o dia ali. E trouxeram algumas crianças.
Que prazer, para Bobby, ter companheiros de folguedos! De pés descalços, corriam alegremente de um lado para outro, no prado, brincando de esconder entre as árvores. Revezavam-se no balanço de cordas. Quando lhes foi permitido entrar no riacho próximo, reuniram seus botes de brinquedo, baldes de areia e pás e desceram para ali, por uma estrada rural coberta de asfalto.
A distância era curta, mas, na ânsia de chegar ao riacho, começaram a correr. Inesperadamente, Bobby tropeçou e caiu na estrada, ferindo um dos pés. E doía tanto que ele começou a chorar. Voltou para casa, mas, não podendo caminhar, com aquela dor, foi carregado para o seu quarto e deitado na cama.
Então exclamou, em prantos: — "Agora meu dia está perdido, porque não posso mais brincar com as outras crianças!"
— "Bobby, não chore", disse tranquilamente sua avó, "pois fazendo todo esse barulho, não podemos ouvir os pensamentos angélicos que Deus nos envia. Seus pensamentos angélicos são Suas mensagens de cura."
Depois disso, Bobby esforçou-se realmente para controlar seus soluços. A avó pôs-lhe uma coberta leve sobre o pé ferido e disse: "Desviemos nosso olhar da matéria para a Verdade, pois o dedo de seu pé não tem inteligência para lhe dizer coisa alguma acerca da sua individualidade real, e você sabe disto."
A avó então voltou para os seus visitantes.
As outras crianças sentiam-se animadas a continuar com a brincadeira, mas uma menina, chamada Nancy, permaneceu com Bobby. Ambos iam juntos à escola, e haviam freqüentado uma Escola Dominical de Ciência Cristã, desde bem pequeninos.
— "Façamos uma oração silenciosa" — sugeriu Nancy, mui circunspecta. Ambos fecharam os olhos e voltaram seus pensamentos a Deus. Juntos repetiram a Oração do Senhor e a interpretação que lhe é dada nas páginas 16 e 17 do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, de autoria de Mrs. Eddy.
Nancy e Bobby tinham aprendido essa oração na Escola Dominical, e sabiam-na de cor. Começa como segue:
"Pai nosso que estás nos céus,
Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso,
Santificado seja o Teu nome.
Único adorável.
Venha o Teu reino.
O Teu reino já veio; Tu estás
sempre presente."
Quando acabaram de repetir a oração, disse Nancy: — "Tôdas as vêzes que a mente mortal tenta dizer-me que não me sinto bem, ou que me machuquei, sempre digo a Oração do Senhor a mim mesma, porque sei que há poder curativo nessa oração."
Nancy discutiu com Bobby tôdas as sentenças da Oração do Senhor, uma por uma. — "Ora, nosso Pai celestial é o nosso Pai-Mãe Deus todo-harmonioso", disse ela. — "Logo, se Deus é todo-harmonioso, os acidentes não podem ser verdadeiros ou reais. E, visto que Seu nome é santificado, e Êle é o 'Único adorável' nunca poderia permitir que Seus filhos fôssem feridos. Se Deus está sempre presente e Seu reino já veio, nada pode ser prejudicado! Agora, vamos pensar sôbre tôdas estas coisas enquanto dizemos juntamente, outra vez, a Oração do Senhor."
E repetiram a Oração do Senhor, em voz alta, mais algumas vêzes.
De súbito, exclamou Bobby, com alegria: — "O dedo de meu pé não está mais doendo! Já posso brincar com os outros!"
Como se sentiam felizes Bobby e Nancy, quando correram para mostrar à sua avó que êle já podia usar sapatos e correr e brincar livremente! Encheram-se de gratidão os corações de todos êles.
Bobby e Nancy tinham fé em que seu Pai-Mãe Deus cuidaria dêles e os curaria. Fizeram precisamente o que Cristo Jesus dissera aos seus seguidores: "... e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8:32).
Quando declarou: "Sei que há poder curativo na Oração do Senhor", Nancy estava conhecendo a verdade. E Bobby, como estava disposto a escutar, foi curado, tão certamente como a luz dissipa as trevas dentro de um quarto.
