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O Ponto de Partida

Da edição de janeiro de 1967 dO Arauto da Ciência Cristã


Quantas vêzes disse você a si mesmo, quando uma tarefa extraordinariamente grande lhe parecia urgente: “Não sei por onde começar” ?

Paulo disse aos atenienses por onde começarem, quando se achava no meio do Areópago examinando a confusão das crenças religiosas existentes em Atenas. Vendo-os “inteiramente entregues à idolatria” (Atos 17:16), lhes disse com clareza: “Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois êsse que adorais sem conhecer, é precisamente aquêle que eu vos anuncio.”

Paulo deu a entender que o remédio para essa devoção absurda, a um Deus desconhecido, era a compreensão acerca de Deus Todo- Poderoso como criador do céu e da terra, e do lugar do homem neste universo, como Seu descendente. O remédio que Paulo propôs aos atenienses não foi apenas um discurso patético: foi, antes, uma reafirmação dos ensinamentos de Cristo Jesus, o qual poucos anos antes da pregação de Paulo declarara com autoridade revolucionária: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e tôdas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33) .

O falso culto e a ignorância aparecem na experiência da humanidade nos dias atuais. E o mesmo caminho de saída da confusão se apresenta a todos os que aceitem a regra básica para a solução de todos os problemas, grandes ou pequenos, individuais ou coletivos, no lar ou na nação. Mrs. Eddy descreveu esse caminho aos seus seguidores numa linguagem simples. Diz ela no livro- -texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde (p. 275): “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder nem outra Mente — que Deus é Amor e, por isso, Êle é Princípio divino. Para compreender a realidade e a ordem do ser na sua Ciência, tendes de começar por considerar Deus como o Princípio divino de tudo o que realmente existe.”

Se procuramos proceder ao balanço das contas de um banco, temos de associar nosso pensamento às regras da matemática. O mesmo processo simples — o voltar-se a atenção do problema para o fato científico especial a que denominamos verdade — é necessário em qualquer experiência.

A fé simples de uma criancinha, a aceitação da premissa de que se Deus é onipresente, nada mais pode estar presente, constitui um outro meio de se utilizar o ponto de partida da Ciência Cristã, isto é, que “Deus, o Espírito, é Tudo-em- -tudo”.

Igualmente importante na solução do que a mente mortal chama de casos mais difíceis de carência, é a necessidade de negarmos as pretensões de uma outra presença e poder. O clamor pelo reconhecimento dessa suposta presença e poder, a insistência da sugestão agressiva nesse sentido, através do testemunho dos cinco sentidos, precisa ser vista como superstição. Isso é crer num Deus desconhecido. Tôdas as pretensões do mal sugerem causa e poder e, mais do nunca, a humanidade procura, hoje, perceber a causa do sofrimento físico. Evidentemente, isso implica devoção a um deus falso. Acreditar na existência de um poder separado do Deus único, o bem, é desobedecer ao Primeiro Mandamento (Êxodo 20:3): “Não terás outros deuses diante de mim.”

Na obra intitulada Twelve Years with Mary Baker Eddy — (Doze Anos com Mary Baker Eddy, Irving C. Tomlinson cita estas palavras de uma carta de Mrs. Eddy (pp. 84, 85): “Se conhecêsseis a sublimidade de vossa esperança, a capacidade infinita de vosso ser, a grandeza de vossas possibilidades, deixaríeis o êrro destruir-se a si mesmo. O êrro se vos apresenta pedindo vida, e vós lhe dais toda a vida que ele tem.” Começando com Deus e Sua manifestação, o homem, verificamos que o erro não tem direito a lugar algum na totalidade da perfeição.

Se estamos no reino do céu, como podemos sentir dor? Não a podemos sentir. Se o reino de Deus está dentro de nós, como no-lo ensinou Jesus, como pode haver em nós uma úlcera ou um acúmulo de venenos? De maneira alguma. Se nosso ponto de partida é Deus e Sua bondade onipresente, como pode estar presente o mal? É impossível. Se sabemos que Deus é Tudo, como podemos inquietar-nos com o desconhecido? De forma alguma.

A viravolta que está ocorrendo no mundo tem sido profetizada através dos séculos. É um ideal que reaparece periodicamente. Enquanto os homens derem vida ao êrro — culto das coisas materiais e das incógnitas —, se debaterão com uma falsa idéia de causa, tentando evitar os efeitos. Mas o cristão que deseja solver seus problemas precisa começar com Deus. E pode cobrar ânimo com outras palavras de Paulo aos atenienses, quando lhes disse que Deus não somente “fêz o mundo e tudo o que nêle existe”, mas “de um só fêz tôda a raça humana para habitar sôbre tôda a face da terra, havendo fixado os tempos prèviamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós. Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como algum dos vossos poetas têm dito: Porque dêle também somos geração.”

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