Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

O Grande Problema de Nossa Época

Da edição de janeiro de 1970 dO Arauto da Ciência Cristã


Algumas pessoas acreditam que o grande problema de nossa época seja uma guerra que consideram imoral. Outros crêem que o problema seja a perturbação racial ligada à pobreza e à negligência. E ainda outros vêem o problema como leis e sistemas que consideram inadequados e superados. Contudo, por mais desafiadores que sejam êsses assuntos, não são os reais causadores da inquietação de hoje em dia. São sintomas de uma tremenda mudança que vem ocorrendo no mundo, desde a descoberta da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris´tyann sai´ennss., por Mary Baker Eddy. Essa Ciência revela que Deus, o Espírito, é Tudo, e que o homem, Seu descendente espiritual, é perfeito; revela também a irrealidade do mal; e que a matéria, o oposto do Espírito, nada é. E essas verdades agitam o êrro até suas profundezas.

O problema de nossa época é simplesmente o materialismo, ou seja, a suposição de que a matéria seja substância e que a vida habite nela. O Espírito se fêz presente e por isso a crença na matéria e num homem material precisa retirar-se ante o poder da verdade. O materialismo resiste a essa auto-assertiva da Divindade. Os problemas humanos seriam solucionados ràpidamente, se aquilo que realmente está em jôgo pudesse ser visto e o pensamento humano capitulasse ante o divino. Mrs. Eddy escreveu em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 268): “A crença numa base material, da qual se possa deduzir tôda racionalidade, está cedendo lentamente à idéia de uma base metafísica, ou seja, desviando seu olhar da matéria para a Mente como causa de todo efeito. As hipóteses materialistas desafiam a metafísica para um encontro em combate decisivo.”

A racionalidade é mais sutil do que se evidencia na superfície. Ela se expressa em discussão pessoal, em pontos de vista explosivos, em perturbação emocional, e mesmo em violência. A racionalidade toma partidos, e os apresenta dizendo “Nós estamos certos; vocês é que estão errados.” Conquanto possa ser verdadeiro que um dos lados disputando determinada questão esteja mais próximo da verdade do que o outro, ou mesmo esteja com a verdade, enquanto o outro está errado — a determinação humana, atuando de uma base pessoal, não pode pôr fim a uma questão, de modo permanente. Mas a metafísica divina, que demonstra a vontade de Deus, destruirá, sem qualquer margem de dúvida, todo êrro que pretenda reinar. A luta não se faz entre convicções pessoais que se opõem, mas entre a Verdade e o êrro, entre o bem e o mal. É de nossa responsabilidade individual destruir a crença mortal de que qualquer pensamento material possa desafiar ou retardar a auto-assertiva da Divindade. Quando Deus rege o pensamento humano, a justiça e o amor são postos em vigor.

Jamais houve um momento na história, em que não se fizesse necessário corrigir os males humanos. Sempre houve guerras, e sempre houve pessoas empobrecidas — evidências de materialismo não destruído. Cristo Jesus disse: “Os pobres sempre os tendes convosco” (João 12:8). Homens bem intencionados tentaram remediar os males humanos, e êsses esforços ajudaram a refrear o fluxo dêsses males. Mas os males persistiram porque o alívio se baseou em nível demasiadamente humano.

O livro de Êxodo nos conta que Moisés, há muitos séculos, aprendeu que não vale a pena corrigir, de forma violenta, uma injustiça. Moisés estava emocionalmente perturbado pela opressão de seu povo no Egito. Certo dia, ao ver um egípcio maltratar um hebreu, irou-se e matou o egípcio. O crime chegou ao conhecimento do Faraó, que imediatamente pensou em retaliar, e Moisés fugiu, temendo por sua vida. Quarenta anos se passaram antes que Moisés estivesse preparado para voltar ao Egito a fim de guiar seu povo para fora do cativeiro, obedecendo a um verdadeiro sentido de justiça que atende às exigências divinas. Primeiro teve de ver a sarça que ardia e não se consumia; êle tinha de vislumbrar o Cristo, o Espírito Santo, que arde com a chama da justiça irreprimível e destrói o êrro em sua própria origem. Mais tarde, ao descobrir a lei moral e ao pô-la em vigor, Moisés guiou os hebreus para um destino que desafiou a destruição e trouxe à luz o Messias, o Salvador do mundo.

Séculos mais tarde, veio João Batista que pregava o arrependimento e advertia a “raça de víboras” de sua época de que viria um dia de ira, se não fôsse cortada a “raiz das árvores” que produzia o mal. João possuía admiráveis conceitos de ação social. Quando as pessoas lhe perguntavam o que deviam fazer, êle lhes respondia: “Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo.” Aos odiados coletores de impostos, êle disse: “Não cobreis mais do que o estipulado.” Aos soldados, êle disse: “A ninguém maltrateis” (Lucas 3:7–14). Mas João percebia que essas medidas humanas não eram suficientes e apregoava o aparecimento do Messias, Cristo Jesus, o qual, disse êle, batizaria com o fogo do Espírito Santo que queima a palha — o materialismo.

O método de Jesus para resolver os problemas materiais era, antes de tudo, metafísico. Êle não ignorava as necessidades humanas, mas ensinou aos homens as bases para satisfazer às mesmas por intermédio da Verdade. Elevou os homens para que reconhecessem que a filiação do homem com Deus, é governada por uma lei, e para que reconhecessem a perfeição de seu caráter e de sua saúde. A Ciência metafísica é o Espírito Santo; demonstra o fato de que Deus, a Mente divina, é Tudo e é única. Ensina à humanidade que o poder começa com a Mente, não com os mortais. Demonstra o poder do Amor para destruir tôda espécie de injustiça. Cura e salva a humanidade, tanto da doença como do pecado. Prova que cada indivíduo depende de Deus quanto à vida, a inteligência e o suprimento, e mostra à humanidade como superar os problemas da época, ao demonstrar o contrôle de Deus sôbre suas vidas.

A Ciência Cristã restabelece o método empregado por Jesus para lidar com o mal. Torna os homens mais humanos e obedientes à lei. Mostra-lhes como vencer a falsa mente que é inerente a cada injustiça. Trata com profundidade dos problemas do materialismo, e é certo que a influência da Ciência Cristã crescerá, à medida em que a humanidade buscar a solução dos problemas da época em algo muito melhor do que a racionalidade humana.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / janeiro de 1970

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.