Uma economia bem desenvolvida e equilibrada proporciona aos homens alimentação, habitação, educação e cultura, e promove o progresso no sentido de se exercer domínio sôbre o ambiente mental e físico. Aos sentidos materiais, a cena que se descortina é de um mundo cheio de problemas econômicos sérios, às vêzes pungentes.
A Ciência Cristã, que restaura os ensinamentos espirituais de Cristo Jesus, nos mostra uma maneira eficaz de resolver êsses problemas.
Lemos na Bíblia que, por meios espirituais, Cristo Jesus alimentou a multidão (Veja Mateus 14:19, 20). Sentiu compaixão pelos milhares de homens, mulheres e crianças famintos que viu diante de si. Fêz multiplicarem-se cinco pães e dois peixes, com os quais saciou a multidão. Jesus assim agiu, graças à sua compreensão de que Deus, nosso Pai-Mãe, é a fonte de todo o bem, inclusive de todo o suprimento, e de que êsse terno Pai-Mãe não ignora nem abandona nenhum de Seus amados filhos. Para o Amor divino, ninguém está demasiadamente isolado, distante ou fora do alcance.
Essa compreensão correta pode hoje ser obtida por todos nós, por meio do estudo e aplicação da Ciência Cristã. Utilizando essa compreensão, participaremos, como cidadãos do mundo, do trabalho de melhorar as condições de vida da humanidade. Nossas orações científicas estimulam a produção e a distribuição adequada de alimento, abrigo, assim como de bens e serviços essenciais. Nessas orações, mantemos em pensamento conceitos corretos sôbre o homem real criado por Deus, à Sua própria imagem.
Dessa maneira, levamos a efeito as seguintes palavras de Mrs. Eddy, escritas a respeito da cura física que provém da confiança na Mente divina, mas que se aplicam também à cura de dificuldades de natureza econômica (Ciência e Saúde, p. 423): “Tanto a Ciência como a consciência estão agora em atividade na economia do ser, de acôrdo com a lei da Mente, a qual, por fim, faz prevalecer sua supremacia absoluta.”
Ao tratar de problemas econômicos, o estudioso de Ciência Cristã parte do ponto de vista de que o homem que Deus criou é espiritual e perfeito, e de que nada lhe falta. Volta-se sempre para o fato de que Deus dá a Seus filhos tudo que êstes necessitam. Atendo-nos com firmeza a essa verdade, podemos provar, para nós e para os outros, as palavras do salmista (Salmos 23:1): “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.”
Compreendemos, através da oração, que a Mente divina é a única causa. Portanto, tudo que existe é perfeito, e êsse pensamento pode exercer uma influência sadia na economia de nosso país, e de todo o mundo. A oração científica ajuda a pôr fim às causas subjacentes à pobreza. Ajuda a comprovar o contrôle que Deus tem sôbre o crescimento da população. Mrs. Eddy escreve ( Ciência e Saúde, p. 303): “O reflexo, por manifestação mental, das inumeráveis formas da Mente que povoam o reino do real, é regido pela Mente, o Princípio que governa o reflexo. A multiplicação dos filhos de Deus não provém de algum poder de propagação na matéria; é o reflexo do Espírito.”
A Ciência Cristã corrige o conceito errôneo acêrca de Deus, conceito êsse que dá origem ao desequilíbrio entre a oferta e a procura, ou à distribuição desigual da população.
No universo real, espiritual, há infinito espaço, suprimento, segurança e atividade para as infinitas idéias que o povoam por inteiro. Todo indivíduo ocupa seu lugar correto na economia divina, e é inseparável de seu amoroso Pai-Mãe, que o guia, o ampara e lhe satisfaz fartamente as necessidades. O homem reflete a oni-ação de Deus, e portanto não pode ser inútil, ou inativo. Por compreender e exigir essa oni-ação e essa infinita riqueza, cada um de nós pode demonstrar abundância para si mesmo, e ajudar a trazê-la à realidade, para o mundo inteiro.
Na onipotência, onipresença e onisciência de Deus não há lugar para desnutrição, desajuste e ignorância. Não há necessidade de deslocamento, porque no reino de Deus, isto é, aqui e em tôda parte, tudo obedece à ordem divina, em completa harmonia e proporção.
Quanto mais elevarmos nossos pensamentos com êsses conceitos, e compreendermos a verdadeira relação entre Deus e o homem, tanto mais os quadros humanos de miséria, carência e fome irão desaparecendo da experiência individual, aqui e agora, e os homens poderão desfrutar de melhores condições de vida. O processo de desaparição das condições mortais nada tem de miraculoso ou de sobrenatural. Ê simplesmente o cumprimento humano das leis que regem a economia divina.
A palavra “economia” originalmente significava administração de uma casa. O homem verdadeiro habita na casa, ou consciência, do amor divino. Nessa morada, tôdas as infinitas idéias estão fartamente abastecidas, sob o govêrno ordenado, equilibrado e justo do Princípio divino e perfeito. Podemos, cada um de nós, compreender cada vez melhor a presença e o poder de Deus, e assim ajudar a estabelecer êsse govêrno na terra.
