Um aspecto bem característico da Mente divina é o seu poder criador. O Amor produz as idéias, as abençoa, as mantém e as acalenta. É o impulso que sustém tudo o que é bom. O Amor divino é o Pai-Mãe do homem e do universo. É aquilo que salva e cura. A natureza do Amor está representada na vida e nas obras de Cristo Jesus. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nêle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
O fato de que Jesus nasceu de uma virgem, dá-nos um vislumbre da paternidade de Deus. À medida que com maior clareza entendermos isso e compreendermos que Deus é também a Mãe do homem, veremos o homem em sua natureza completamente espiritual, e demonstraremos progressivamente êsse fato, aqui e agora. Até que isso aconteça, faremos bem em aplicar o Cristo, ou a natureza dessa causa divina, em tôdas as atividades de nossa experiência diária. Podemos valer-nos do fato de que o Amor divino é a causa básica de nossa existência, de que é a substância de nosso lar, de nosso trabalho, de nossa igreja. O Amor permeia cada fase de nossa vida.
No mundo dos negócios existem as funções essenciais de produção, comercialização e distribuição. Em tôdas essas atividades, deve-se ver que é o Princípio divino, o Amor, que satisfaz a tôdas as necessidades humanas. Quando os homens reconhecerem êsse impulso divino como sendo o Amor, manifestarão, cada vez mais, a inteligência e a capacidade criadora em seus empreendimentos econômicos. O fato metafísico é que Deus, o bem, está sempre presente, e que tôda criação manifesta o suprimento abundante inerente à presença de Deus. A Bíblia conta-nos que Deus disse ao homem: “Sêde fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gênesis 1:28). E Mary Baker Eddy comenta a respeito dessa instrução. Diz ela em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 517): “O Amor divino abençoa suas próprias idéias e faz com que se multipliquem — com que manifestem o poder de Deus.”
Não é de admirar que as nações cristãs que têm uma certa noção de que Deus é Amor, também apresentem uma noção viva de produtividade no que se refere a atender às necessidades humanas. Ainda resta muito a fazer no sentido de que a produção seja adequadamente utilizada para satisfazer a essas necessidades. Mas, à medida que obtivermos uma compreensão melhor a respeito do fato de que Deus é tudo e da universalidade de Deus, veremos que isso nos levará a extinguir a pobreza e a doença. Levar-nos-á a vencer a carência onde quer que ela possa surgir, seja sob a forma de falta de saúde, ausência de harmonia, ou carência de suprimento.
Mrs. Eddy diz-nos (ibid., p. 530): “Na Ciência divina, o homem é sustentado por Deus, o Princípio divino do ser. A terra, a mando de Deus, produz o alimento para uso do homem. Sabendo disso, Jesus disse certa vez: «Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber» — e com isso não se arrogava a prerrogativa de seu criador, mas reconhecia que Deus, Pai e Mãe de todos, é capaz de alimentar e vestir o homem, assim como alimenta e veste os lírios.”
Se em nossos lares ou em nossas igrejas estamos passando por uma fase de carência, podemos despertar para a natureza produtiva do Amor divino. Êsse Princípio criador é onipresente, e produz idéias. Essas idéias, quando aceitas e postas em prática, conduzem a meios práticos pelos quais podemos demonstrar a presença do bem. O conceito correto acêrca do homem como a manifestação de Deus, a Verdade e o Amor, pode servir para inspirar cada um de nós a usarmos as idéias que nos vêm dessa fonte universal. Podemos desfrutar tanto a habilidade de refletir produtividade, como a fruição que provêm de tal união prática com o Amor divino.
A Ciência Cristã exige produtividade. Essa exigência reflete-se nas instruções de Jesus. Requeria êle que os talentos fôssem postos em uso. Também exigia que os seus seguidores produzissem frutos, alguns a cem, a sessenta e a trinta por um. Cada um devia produzir na medida de sua compreensão ou habilidade refletidas.
O oposto dessa produtividade é o ódio que quer paralizar a atividade correta e destruir o bem; quer induzir os homens a saquear, destruir e assassinar. Êsse é o mesmo mal que crucificou Jesus e quer profanar o bem aonde quer que o encontre. Quer destruir os fundamentos morais da sociedade e minar os lares, as igrejas e o govêrno. Precisamos estar dispostos a fazer frente a essa tendência destruidora, valendo-nos da compreensão do Amor divino, o grande Princípio criador, ou causa, que sustém todo ser real.
O Amor divino é onipresente e onipotente, e cada uma das idéias de Deus reflete a dádiva pura e criadora dessa causa. Cada um de nós pode ver que o ódio é impessoal, ver que o ódio é uma mentira que pretende ter um poder aparte de Deus, e então eliminá-lo da consciência. Cada um de nós pode tomar o partido do Amor, demonstrando cada vez mais a produtividade dêsse Princípio, e assim vencer a grande carência que parece predominar na sociedade. Quando virmos mais claramente a infinidade e a imparcialidade do bem, não haverá lugar para a inveja, o ciúme, a pobreza e a carência.
Mrs. Eddy diz: “O Amor espiritual torna o homem consciente de que Deus é seu Pai, e a consciência de Deus como Amor dá ao homem poder com ajuda incontável. Então Deus torna-se para êle tôda a presença — extinguindo o pecado; todo o poder — dando vida, saúde e santidade; tôda a Ciência — tôda a lei e o evangelho (Message to The Mother Church for 1902 — Mensagem a A Igreja Mãe para 1902, pp. 8 e 9).
