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“Meus sentimentos não estão feridos!”

Da edição de abril de 1970 dO Arauto da Ciência Cristã


Mrs. Eddy dá esta instrução ao estudante de Ciência Cristã que foi fìsicamente ferido (Ciência e Saúde, p. 397): “Declarai que não vos machucastes e compreendei a razão disso; vereis que os bons efeitos que daí resultam estarão em exata proporção à vossa descrença em relação à física e à vossa fidelidade para com a metafísica divina — à vossa confiança em que Deus é Tudo, como as Escrituras O declaram.” Essa instrução não precisa limitar-se à cura de um corpo ferido. Um estudante pode seguir o mesmo procedimento quando insultado, menosprezado, ou tratado com ingratidão. Pode declarar: “Meus sentimentos não estão feridos!” e compreender a razão disso. Verificará que os sentimentos feridos desvanecer-se-ão da mesma forma como a dor, na proporção de sua “descrença em relação à física” e de sua “fidelidade para com a metafísica divina”.

A Ciência Cristã ensina que a matéria e as situações materiais não têm mais realidade no viver diário do que têm em um sonho. Quando alguém sonha com uma má experiência durante a noite, a matéria pode parecer bem real. Mas uma vez desperto verifica que a situação material não era real e que o mal nunca aconteceu. Da mesma forma pode saber que as más experiências humanas são apenas devaneios. Pode regozijar-se de que em realidade o mal nunca aconteceu. Pode saber que tudo o que realmente está presente é a própria expressão de Deus. Por meio de sua compreensão confiante dêsse fato espiritual, desaparecem todos os sentimentos de mágoa, ofensa, desprazer e ressentimento.

A Ciência Cristã revela o homem como a expressão espiritual de Deus, Seu reflexo. Deus jamais poderia sentir-se ferido, pois Êle está sempre cônscio da perfeição de Sua criação. Portanto, o homem espiritual, o homem real, nunca poderia sofrer por causa de sentimentos feridos; pode expressar sòmente o que reflete. Para o conceito humano, contudo, o homem parece ser um mortal expressando qualidades diferentes das de Deus. Parece que pode magoar outras pessoas ou ser magoado por elas. O Cientista Cristão recusa-se a identificar-se com êsse sonho humano irreal. O Cientista Cristão identifica-se como a expressão de Deus e ao assim proceder destrói a crença de sentimentos feridos.

Deus ama o homem, Sua expressão. Êsse terno amor está sempre conosco, protegendo-nos, suprindo-nos, guiando-nos. Manter o pensamento do amor de Deus por nós, em vez de dar atenção às atitudes de falta de consideração por nós, é obedecer ao Primeiro Mandamento (Êxodo 20:3): “Não terás outros deuses diante de mim.” Essa é uma forma de demonstrar nosso amor por Deus e por Sua lei, e isso nos dá prova das palavras do Salmista: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para êles não há tropêço” (Salmos 119:165).

Sentimentos feridos muitas vêzes surgem quando outros falham em fazer o que mentalmente decidimos que êles deveriam fazer. Se mantemos no pensamento o grande amor de Deus por nós, então nos voltamos para Êle em busca de todo o bem em nossa existência e não tentamos delinear o que as pessoas farão por nós. Delinear o que os outros deveriam fazer limita o bem em nossa existência, pois que o ser humano possui apenas um sentido limitado do bem. Mas Deus possui o bem ilimitado. Quando nos voltamos para Êle, abrimos o caminho para que o bem ilimitado venha à nossa existência. Assim protegemos nossa consciência contra o desapontamento, ou a indignação, ou contra os sentimentos feridos. Deus jamais desilude, e Seu reflexo, o homem, não pode ser desiludido ou magoado.

Há uma Mente só, e o homem recebe seus pensamentos desta Mente única e una. Portanto, em realidade, somos amados por todos. A crença de que outros não nos amam é tanto uma mentira dos sentidos materiais quanto a crença na dor, na doença, ou na morte.

Mrs. Eddy diz (Ciência e Saúde, pp. 8, 9): “Se um amigo nos apontar uma falta, ouviremos pacientemente a sua repreensão e daremos crédito ao que nos diz? Não daremos, ao contrário, graças por não sermos como “os demais homens”? Durante muitos anos a autora sentiu-se muito grata por censura merecida.”

Recordo-me de como fui tentada a me sentir magoada quando meu primeiro artigo escrito para os periódicos da Ciência Cristã me foi devolvido com críticas construtivas por parte dos Redatores. Finalmente um artigo foi aceito e publicado. Quando então olhei para trás, pude ver que as críticas que os Redatores fizeram ajudaram-me não sòmente a escrever um artigo aceitável, mas a avançar espiritualmente. Quão grata me senti, por ter vencido os sentimentos feridos que tentavam deter meu progresso!

Em negócios, no lar, no trabalho em equipe, aquêles que estão humildemente desejosos de lucrar com as críticas proveitosas, sempre irão para frente. Aquêles que deixam que as críticas magoem seus sentimentos, sòmente detêm o seu progresso.

Jesus disse a seus discípulos: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sôbre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano” (Lucas 10: 19). Quando mantemos em nossa consciência o Cristo, a Verdade, também temos o poder para vencer todo o mal, e o mal não nos pode causar dano. Não nos pode machucar fìsicamente. Nem pode ferir nossos sentimentos!

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