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Posso Realizar?

Da edição de julho de 1970 dO Arauto da Ciência Cristã


“A Ciência revela a possibilidade de se conseguir todo o bem e põe os mortais a trabalhar para descobrir o que Deus já fêz; mas a falta de confiança na própria habilidade de conseguir o bem desejado e produzir resultados melhores e mais elevados, muitas vêzes impede que experimentemos nossas asas, e desde o início torna certo o fracasso.” Essas palavras de Mary Baker Eddy, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 260), servem como instrução e garantia para aquêles que são assediados pelo mêdo de sua própria inaptidão, pois ela ressalta aqui, pelo menos por implicação, que o duvidar-se da habilidade de alguém levar a efeito um propósito elevado, é tão embaraçoso quanto a crença de que o propósito em si é impossível de se realizar.

Como pode alguém lutar contra a crença de que lhe faltam habilidade e fôrça para chegar à realização, e combater a falta de coragem e a estagnação que a acompanham? Para realizar o bem, o qual não tem nenhum elemento de êrro, é necessário ter-se, em primeiro lugar, a compreensão cristãmente científica que distingue o verdadeiro bem, de sua contrafação, daquilo que parece oferecer ao sentido humano uma promessa do bem, mas que, pelo menos em parte, é prejudicial em suas reivindicações contra nós e em suas conseqüências em relação a outros. A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris'tyann sai'ennss. desperta e desenvolve o sentido espiritual, o qual pode detectar a mistura do bem e do mal, e recusar-se a aceitá-la como real.

É nossa compreensão acêrca de Deus, a Mente divina, compreensão essa que adquirimos na Ciência Cristã, que revela a habilidade não só de reconhecer-se o verdadeiro bem, mas de amá-lo, e êsse amor nos proporciona poder para praticálo. “Mas”, diria alguém, “mesmo que possamos identificar um propósito realmente elevado e tentemos realizá-lo, de onde vêm as qualidades e as fôrças necessárias para executá-lo, para lutar contra as múltiplas exigências a que nos obrigaria” — exigências que às vêzes parecem estar além de nossa habilidade, de nossa educação, e de nossa capacidade?

A Ciência Cristã responde a essa pergunta com as realidades sôbre o verdadeiro ser do homem, provadas, primeiramente por Mrs. Eddy, a Descobridora e Fundadora dessa religião, e depois, por seus alunos, vêzes sem conta, por mais de um século.

A Ciência Cristã ensina que as próprias dúvidas humanas, o mêdo das exigências do futuro, e a inércia, juntamente com as privações e a infelicidade que isso traz, são devidas, essencialmente, à aceitação inconsciente, pelo indivíduo, da crença universal de que, realmente, êle é apenas um mortal carnal, de origem material; que sua mentalidade, suas capacidades e seu vigor — ou sua falta — são propriedades do corpo físico e que, conseqüentemente, êle deve empregar meios e métodos materiais para desenvolver suas possibilidades e oportunidades de realização.

Negando completamente êsse êrro, cujas ramificações afetam tôdas as fases da existência humana, Mrs. Eddy declara no título marginal “A Mente, causa única” (Ciência e Saúde, p. 262): “A base das discórdias dos mortais é um conceito errado acêrca da origem do homem. Começar certo é acabar certo. Todo conceito que parece começar no cérebro, começa errado. A Mente divina é a causa única ou o Princípio único da existência. A causa não existe na matéria, na mente mortal ou em formas físicas.”

A Ciência Cristã ensina que, por ser a Mente divina a Vida única, infinita, por isso a vida, ao contrário da crença geral, não é expressa por impulsos materiais, e sim, pelas manifestações da inteligência. Uma máquina se move, mas não tem vida, por ser inconsciente. A Mente, ou Vida, é a existência consciente; suas capacidades infinitas são inseparáveis de suas expressões individuais. Por serem a consciência e a inteligência inseparáveis e por serem espirituais, o homem é, em realidade, um ser espiritual individual. Êle é a idéia, ou o filho de Deus.

Os filhos de Deus retratam a natureza de sua fonte. Essa fonte é o Espírito, o Princípio divino, ou manancial de tôda realidade, de tudo o que é verdadeiro, de tudo o que expressa a Vida. O verdadeiro eu de cada um de nós é o reflexo da Mente divina, Deus. Êle é a inteligência infinita, criadora e sustentadora, ou seja, o poder do universo espiritual, que é a soma total infinita das idéias de Deus. Êle reveste todos os membros dêsse universo — cada um de nós — com Suas próprias qualidades e capacidades perfeitas, que estão sempre presentes e que, através do reflexo espiritual, estão para sempre disponíveis para nós, a mãos-cheias.

Essas qualidades, que constituem a semelhança de Deus refletida pelo homem, devem ser sempre expressas, pois na Mente todo-atuante não há idéias que se perdem, não há capacidades sem propósito. O poder da Mente, ou da Verdade, não é um mero potencial ou uma promessa; é real e prático, sempre ativo, atuando sob o ponto de vista de uma perfeita eficácia.

Em nosso ser verdadeiro, cada um de nós possui essa fôrça e, através do seu reflexo, pode expressá-la e nossa função é utilizá-la para um objetivo determinado por Deus. Essa é a função natural do homem, na qual êle não pode fraquejar, pois não a desempenha por esfôrço pessoal, e sim, por uma fôrça que se reflete espontâneamente. Êle nunca pode falhar, é sempre inteiramente capaz e está constantemente ciente da fonte de sua fôrça.

Cristo Jesus falou sôbre a fonte indeclinável da maravilha de seu próprio poder curativo, quando declarou, em palavras de extrema simplicidade e profundo significado: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30).

Por compreendermos e por nos apegarmos a nossas próprias e ilimitadas possibilidades de realização como filhos de Deus, seremos capazes de demonstrar pràticamente a presença de tôdas as idéias corretas e de tôda a capacidade necessária para desempenhar com êxito as tarefas humanas apropriadas. A convicção espiritual do Cristo, a Verdade, destruirá qualquer mêdo das exigências que as responsabilidades futuras possam exercer sôbre nós e deixar de lado qualquer dúvida que nos reste, sôbre nossa capacidade de realização.

O homem, o reflexo de Deus, trabalha sòmente como Deus trabalha. É da vontade de Deus que lutemos com confiança pelas demonstrações contínuas do bem, e a vontade de Deus é a lei que assegura nosso êxito. A vida do apóstolo Paulo prova que êle compreendia isso, pois exortou os Filipenses: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (2:12, 13).

Se em nossos esforços de realização abandonarmos tôda a ansiedade e tensão dos planos humanos, e aceitarmos com compreensão a verdade da promessa de Paulo, então, parafraseando as palavras de Malaquias (3:10), Deus abrirá para nós as janelas do céu e derramará sôbre nós a benção de uma realização tão crescente que será “sem medida”.

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