A prática pública da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tyann sai’ennss. é uma carreira imensamente compensadora. É a resposta verdadeira às aspirações mais profundas que alguém possa acalentar. Não é sòmente uma profissão nobre na qual ajudamos e curamos outros, mas é também o meio mais eficaz de promover o nosso próprio crescimento espiritual. O alcance total do Amor divino torna-se cada vez mais vívido e substancial para nós, à medida que expressamos a natureza dêsse Amor àqueles que procuram nossa ajuda. O praticista é constantemente desafiado a impugnar e a destruir as várias formas de doenças e limitações que se apresentam a seu pensamento. Êle cresce em estatura espiritual quando aceita êsses desafios e é bem sucedido no enfrentá-los por meio de sua compreensão de Deus.
Não importa quão breve tenha sido seu período de estudo, todos os estudantes de Ciência Cristã deveriam ser praticistas dessa Ciência, no sentido de que deveriam esforçar-se por utilizar os ensinamentos dela nas minúcias de suas vidas. A inspiração e a constância com que o fizerem será o fator-chave que os guiará a serem mais úteis. À medida que aclararem seu entendimento da perfeição e da união entre Deus e o homem, à medida que aprofundarem seu senso de pureza e de amor espirituais, aquêles que o necessitarem serão inevitàvelmente atraídos a êles, em busca de cura.
Dessa maneira, abre-se o caminho para a prática da Ciência Cristã, em tempo integral. Quando chegar a época em que estamos preparados para fazer êsse trabalho, a Mente nos falará, de dentro da profundeza de nosso pensamento. Saberemos que o único rumo possível é para frente e para o alto. E, pondo nossa mão na do Pai, daremos início a êsse trabalho maravilhoso, tranqüila, humilde e confiantemente. Podemos estar certos de que a Mente única — a nossa Mente — nos guiará pelo caminho, fornecendo a inspiração para curar, satisfazendo, nesse processo, a tôda necessidade humana, abundantemente.
Talvez seja o temor a privações o que impede a muitos de dedicarem-se à prática pública da Ciência Cristã. Pode ser que haja a apreensão de que, nesse trabalho, seja difícil demonstrar suprimento adequado. Mas deveríamos lembrar-nos de que milhares de praticistas se defrontaram com essa falsa sugestão e provaram-na irreal e destituída de poder. Abandonando esteios materiais e fixando-se firmemente à rocha, a Verdade, cada um pode descobrir por si mesmo a substância enriquecedora das idéias espirituais e seu efeito prático na experiência humana. Após falar naqueles que sofrem pelo Cristo, Mary Baker Eddy escreve no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 5): “Mas Deus derrama as riquezas do Seu amor na compreensão e nas afeições, dando-nos forças para cada um de nossos dias.”
À medida que o âmbito de seu trabalho se desenvolve, o praticista público da Ciência Cristã nunca deveria menosprezar a dignidade e o valor de seu tratamento, deixando de cobrar um preço justo e adequado por seus serviços, sempre que o paciente esteja em condições de pagá-lo. Isso abençoa a todos. O paciente tem o privilégio de completar sua parte de modo prático, expressando o poder curativo da gratidão. Os esforços sinceros do praticista em favor de seu paciente devem ser adequadamente recompensados e suas necessidades humanas devem ser atendidas. E por último, mas decerto não menos importante, dessa forma se mantém uma consideração apropriada para com os elevados padrões profissionais da prática da Ciência Cristã. Rebaixar êsse padrão, reduzindo um preço justo, num esfôrço equivocado de ser magnânimo quando não há nenhuma necessidade visível de parte do paciente, tem um efeito pernicioso sôbre a prática, em qualquer localidade, e no Campo de Ação em geral. Estabelece um procedimento errado, que afeta adversamente o bem-estar de outros praticistas. Cristo Jesus disse (Lucas 10:7): “Digno é o trabalhador do seu salário.”
Isso de modo algum significa que não seja correto, às vêzes, reduzir substancialmente os nossos preços, ou fazer trabalho inteiramente gratuito, quando se apresente uma necessidade para tal. Mrs. Eddy diz-nos no Manual de A Igreja Mãe (Art. 8° § 22): “Um Cientista Cristão é humanitário, benévolo, misericordioso, longânime e procura vencer o mal com o bem.”
Uma visão equilibrada e compassiva daquilo que é direito e justo está contida em uma diretriz que o Conselho de Diretores da Ciência Cristã publicou no Christian Science Journal de março de 1959 (p. 149): “A remuneração por um tratamento na Ciência Cristã deveria basear-se nas condições locais e ser alcançada mediante a demonstração. Por exemplo, nas áreas metropolitanas nas quais um praticista precisa manter um escritório no centro da cidade, a um alto preço, a remuneração é naturalmente maior do que aquela de comunidades rurais. Falando de um modo geral, o praticista deveria decidir qual a remuneração adequada, e, a partir dessa base, ajustar seu preço tomando em consideração o tempo pelo qual se estende o tratamento e a capacidade de pagamento do paciente.”
Êsses aspectos humanos da prática pública da Ciência Cristã devem ser claramente compreendidos por todos os que se encontram nesse maravilhoso trabalho e por todos os que puserem nêle os olhos como sendo uma meta a atingir. Mas êsses det?lhes, por mais importantes que sejam, são apenas procedimentos humanos. A essência dêsse trabalho é a espiritualidade demonstrada. O motivo fundamental tem de ser um desejo profundo de conhecer melhor a Deus e de expressar aos outros o conhecimento de Seu amor em obras práticas de cura e regeneração.
Em uma época na qual muitos dos valores e metas tradicionais estão perdendo sua relevância, quando inúmeras pessoas estão confusas sôbre o que fazer com suas vidas, a Ciência Cristã oferece a seus estudantes uma carreira não igualada por coisa alguma que o mundo possa oferecer. Essa carreira se abre a cada estudante sincero dessa Ciência. E, por ser ordenada e protegida pelo Princípio onipotente, inclui, em abundância, tudo aquilo que é necessário para a felicidade e a harmonia daqueles que executam êsse trabalho.