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[Original em francês]

Correção, em vez de Punição

Da edição de abril de 1971 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitas pessoas que passam por correções através do sofrimento, consideram essas experiências mais como uma punição, do que como meios auxiliares para alcançar uma felicidade permanente, até discernirem com mais clareza a necessidade de se modificarem. Depois, através da experiência pela qual estão passando, percebem a utilidade da correção: determinar, moral e espiritualmente, o progresso, de acôrdo com a lei de Deus.

Há uma grande abundância de ditados que se parecem com estas palavras: “Aquêle que muito ama, muito castiga.” E na Bíblia lemos: “Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai dos espíritos, e então viveremos? (...) Tôda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hebreus 12:9, 11). Os filhos negligentes desta época esperam ser punidos antes de corrigirem seus métodos, ao invés de corrigi-los por sua própria vontade.

Até mesmo o ser humano justo nunca é perfeitamente bondoso. E muitas vêzes, a cegueira de pessoa comum e sua justificação própria, baseadas na satisfação que tem para consigo mesma, impedem que aja com justiça. A desobediência aos preceitos da justiça divina continua a trazer sofrimento, fazendo com que finalmente a pessoa se corrija a si própria, obrigando-a a examinar-se para ver de que modo está pecando.

Quais são, pois, as exigências da justiça divina, que deveríamos lutar para cumprir? A lei moral foi dada a Moisés, e os Dez Mandamentos tornaram-se o padrão de vida do povo judeu. No Velho Testamento há um provérbio que diz: “O mandamento é lâmpada e a instrução luz, e as repreensões da disciplina são o caminho da vida” (Provérbios 6:23).

Depois veio Cristo Jesus, nosso exemplo, pregando e demonstrando, de maneira perfeita, o Cristo, ou a natureza divina. Estabeleceu, para seus discípulos e para as multidões que o ouviam, uma interpretação mais elevada do Decálogo hebreu. Insistia sôbre a implicação nêle contida, não só para que se abstivessem de cometer más ações, que eram condenadas, mas também para que corrigissem, por meio da graça e da verdade, os pensamentos que os incitavam a tomá-las.

No último século, Mrs. Eddy descobriu, nas Escrituras, a Ciência do Cristo, ou Ciência Cristã, corroborada pelas palavras e pelas obras de Cristo Jesus. Essa religião, que ela então estabeleceu, capacita o estudante a compreender como a ação da Verdade — o Espírito, a Vida, o Amor — corrige as convicções errôneas, sejam elas agradáveis ou desagradáveis, baseadas na evidência do sentido material.

A firmeza das nossas boas intenções, no aceitar a Ciência Cristã e nela perseverar, a qual é o meio de nos darmos conta da realidade espiritual, determina a luta maior ou menor em que tais correções incorrerão. Mrs. Eddy escreve: “Quer aqui, quer no além, o sofrimento ou a Ciência tem de destruir tôdas as ilusões relativas à vida e à mente, e regenerar o sentido e o eu materiais” (Ciência e Saúde, p. 296).

A correção não depende do temperamento de um Deus, que se assemelha ao homem e que manifesta maior ou menor indulgência para com nossas faltas. Depende de nossa vontade de nos compenetrarmos das realidades espirituais do homem feito à imagem de Deus, o homem real. A missão do Cristo, a Verdade, é destruir todos os erros da carne, sejam êles o pecado, a doença ou qualquer outra forma em que o mal se apresente. A compreensão de que Deus, a Verdade e o Amor divino, expressam-se em nós e através de nós, dá-nos a vitória sôbre a materialidade.

A ciência da matemática não pune as soluções falsas dos problemas expostos. Os erros se castigam a si próprios. A correta aplicação das regras da matemática, que levam à resposta certa, evita os erros ou põe um fim aos erros feitos durante as operações, e às conseqüências dêsses erros. O mesmo acontece com o Princípio divino da criação — o Espírito, o Amor — que não encontra satisfação no sofrimento humano e de fato não tem conhecimento dêsse sofrimento, mas tem como desígnio manter o conceito verdadeiro, perfeito e espiritual do homem e do universo.

Através dessa vigilância, o estudante descobre que aquilo que êle poderia considerar como punição ou sofrimento, é apenas o desaparecimento de uma falsa sensação de satisfação na matéria. E essa suposta perda é mais do que compensada pelo progresso que há na demonstração do ser científico, cuja perfeição inclui a saúde, a harmonia e a imortalidade.

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