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[Original em alemão]

“A oração consciente é atendida”

Da edição de julho de 1971 dO Arauto da Ciência Cristã


Às vêzes, surgem perguntas como estas: “Adianta mesmo orar?” e, “Pode-se aprender a orar?”

A primeira pergunta é claramente respondida na Bíblia, que é um tesouro de relatos de orações atendidas, tais como de salvação, saúde, proteção, orientação, paz de espírito, perdão, suprimento, sabedoria e fôrça.

A segunda pergunta é respondida afirmativamente em Ciência e Saúde de autoria de Mrs. Eddy. É significativo o fato de que Mrs. Eddy dedica o primeiro capítulo inteiramente ao assunto da oração. Em verdade, a oração é uma porta sempre aberta, através da qual podemos chegar tão perto de Deus, que em Sua luz tôdas as sombras terrenas se desvanecem. Com efeito, nenhum problema é tão complicado, nenhuma tarefa tão insignificante, que não possam ser levados perante Deus, em oração, para que uma solução lhes seja encontrada.

Mas, qual poderá ser a razão por que às vêzes a oração parece ineficaz? Porque a oração eficaz não é compreendida. Necessitamos elevar nosso pensamento acima e além do conceito material para o fato de que o universo, inclusive o homem, é espiritual e perfeito, que é e sempre foi sustentado por Deus em perfeita harmonia, através de tôda a eternidade.

Uma oração típica dessa natureza é aquela de Eliseu por seu servo, que temia o terrível poder do inimigo. Eliseu não pediu que Deus destruísse as fileiras do inimigo, mas orou para que os olhos de seu servo fôssem abertos para ver o fato espiritual de que o poder divino estava de seu lado e era mais poderoso que o exército hostil (Veja II Reis, cap. 6).

Para destruir um Golias, necessitamos de um Davi, isto é, necessitamos de uma consciência que compreenda o poder de Deus e confiantemente reivindique sua eficácia. Davi e Eliseu enfrentaram o inimigo, a arrogância hostil da mente mortal, com a medida completa da compreensão espiritual que possuíam àquele tempo. Essa compreensão, expressada como fé, confiança e conhecimento, é conferida a todos nós por nosso Pai celeste.

O homem inclui em si mesmo tôdas as idéias e qualidades corretas; a compreensão é uma dessas qualidades. Estejamos, pois, alerta para não negarmos compreensão espiritual a nós mesmos ou a outrem, porque, se fizermos isso, estaremo-nos negando, e aos outros, a possibilidade de fazer progresso espiritual. Deus não seria o Amor que tudo inclui, se exigisse de nós obediência e não nos tivesse feito capazes de ser obedientes. Embora nossa compreensão individual possa nos parecer reduzida, em alguma situação espiritual, nunca somos dispensados do dever de utilizá-la.

A êsse respeito, a parábola de Jesus sôbre os talentos que um homem confiara a seus servos, ensina-nos uma lição. O homem louvou àqueles que investiram seus talentos com lucro. Mas denunciou como mau e negligente o servo que, por causa do mêdo, falhara em fazer mais do que enterrar seu único talento em lugar seguro. Segundo a lei metafísica, o bem do qual fazemos uso se expande irresistìvelmente.

Quando, em uma época de aparente grande necessidade, nos voltamos humilde e confiantemente ao Princípio, em nosso favor e no de outros, e fazemos uso das verdades que a Ciência Cristã nos deu para que nossos olhos possam ver o Amor divino e sua onipotênica, torna-se manifesto em nossa experiência aquilo que é humanamente necessário. Nada pode restringir o poder desta lei do bem, que sustenta a oração compreendida e provê seu atendimento. A operação dessa lei atesta a verdade de que não há outras exigências senão as divinas, não há outro poder, senão o poder divino, e portanto não se pode desenvolver situação alguma que esteja fora do alcance da Providência divina.

É óbvio que, se oramos compreensivamente quando em aparente aflição, estamos evidenciando que esperamos ajuda sòmente de Deus. Ainda assim, é possível que a mente mortal se mostre apta a continuar acreditando em alguma coisa além de Deus. Se não vemos resultados imediatos, o mêdo pode insinuar-se e, mesmo, trazer em suas pegadas o mêdo do mêdo. Em tais momentos, devemo-nos apegar mais firmemente à verdade divina de que o mêdo não tem poder nem lugar na infinidade do Amor.

Os possíveis pensamentos críticos de outros a respeito de nossas dificuldades e os meios e modos que empregamos para superá-los, de maneira alguma constituem um poder que possa tornar ineficazes e infrutíferas as nossas orações. Também os êrros cometidos no passado não podem roubar-nos do amor de Deus no presente, se nos voltamos a Êle, hoje, em busca de ajuda, com a compreensão espiritual de Seu amor. Temos apenas de esforçar-nos para manter a consciência fundamentada na perfeição, e então nossas orações serão, como as de Jesus, humildes protestos da verdade.

Se uma cura é retardada, convém não procurar a razão humanamente, mas confiar no fato de que, sob tôdas as circunstâncias, a Verdade responderá às nossas orações ou às de um praticista, pondo a descoberto o êrro, e destruindo-o. A persistência e a paciência, a confiança humilde e a obediência completa criam um estado de consciência que está aberto à manifestação do amor de Deus. Nunca poderemos despertar de outra maneira senão à Sua imagem.

Quando se pergunta aos Cientistas Cristãos se adianta mesmo orar e se podemos aprender a orar, respondem êles com um alegre sim. Sua resposta provém da experiência, porque sabem e compreendem o que Mrs. Eddy quer dizer, quando afirma: “Deus é compreensível, cognoscível, e aplicável a tôda necessidade humana” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea, p. 238).

A cada um de nós Deus diz, através da voz do Salmista: “Invoca-me no dia da angústia: Eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Salmos 50:15). A seguinte afirmação maravilhosa, de Jeremias, dá a razão para isso (31:3): “Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí.”

Essas promessas nada perderam de sua vitalidade. Poderemos hesitar, então, em fortalecer nossa confiança em Deus e expressá-la? Na medida em que o fizermos, cada um de nós poderá provar a verdade destas linhas de um de nossos hinos (Christian Science Hymnal — Hinário da Ciência Cristã, n° 149):

A oração consciente é atendida
se com firmeza a Deus nos conduz.


E tudo quanto pedirdes
em oração,
crendo, recebereis.

Mateus 21:22

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