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[Para jovens]

A Existência de Deus

Da edição de janeiro de 1972 dO Arauto da Ciência Cristã


Durante os últimos anos de sua adolescência e o início da mocidade, um jovem começou a duvidar acêrca da existência de Deus e chegou a um ponto em que a religião lhe era completamente inaceitável.

Tentar reconciliar a injustiça, a guerra, a doença — e seus problemas pessoais — com um Ser Supremo que tudo governa, era algo que para êle estava totalmente fora de cogitação. De acôrdo com sua maneira de sentir, simplesmente não havia explicação lógica alguma para todo o conceito confuso acêrca de um mundo em constante caos e um Deus que supostamente era responsável por essa situação, ou, que pelo menos, estava consciente dela. “Que tipo de Deus será que Êle é?” perguntava-se muitas vêzes.

Recomendaram-lhe que tivesse fé. Mas fé sem compreensão era apenas crença cega. Além disso, sentia que ainda que realmente existisse uma Divindade invisível ou um poder divino, Deus certamente agia de uma maneira que fugia a tôda forma de coerência.

Um amigo lhe falou acêrca da Ciência Cristã e de como se havia interessado por ela devido à sua lógica e demonstrabilidade. Sua primeira reação foi a de ridicularizar a idéia de que pudesse haver lógica ou ciência na religião ou na Bíblia. Argumentou em contra, mas como era honesto, decidiu manter seu pensamento aberto. Permanecia a esperança de que algum dia, de alguma maneira, poderia ver além de sua indiferença e frustração e assim perceber alguma avaliação lógica sôbre o que a vida realmente é. Estava receptivo a idéias que evidenciassem algum grau de lógica, apesar de abordarem a compreensão de Deus e a relação do homem para com Êle de uma maneira um tanto revolucionária.

O que primeiro despertou seu interêsse foi o conceito de Deus como inteligência infinita ou Mente divina, Espírito, e como Amor, uma fôrça invariável ou Princípio. Tal como Mrs. Eddy afirma em Ciência e Saúde (p. 275): “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente — que Deus é Amor, e por isso, Êle é Princípio divino.”

Aqui estava uma idéia nova acêrca de Deus. Era óbvio, então, que um deus à semelhança do homem nunca existira realmente. A lógica de uma inteligência divina como sendo a causa governante, abalou fortemente a base de seu agnosticismo e descrença.

Contudo, estava confuso. Ainda que pudesse crer em Deus como sendo inteligência ou Mente, Princípio imutável, qual era a explicação para as evidentes fôrças do mal com as quais era preciso batalhar diàriamente na existência humana?

Êle raciocinou da seguinte maneira: O que é genuìnamente real ou verdadeiro, em contraposição ao irreal e inverídico? Se Deus, o bem, é Tudo e a única causa inteligente, então tudo o que aparece sob a forma do mal, não é real, mesmo que tenha a aparência de realidade.

Seria lógico êsse raciocínio? O ponto fundamental em tudo isso era que não se pode confiar no testemunho dos sentidos físicos. E todo mundo, até certo ponto, está consciente dêsse fato. Constatar com os olhos que a terra é chata ou que o sol gira ao redor da terra não faz com que essas observações sejam verdadeiras. São apenas falsas crenças ou ilusões. Jamais são fatos. Êsse testemunho dos sentidos podia ser rejeitado e corrigido por meio do conhecimento do que era verdadeiro, apesar das evidências visíveis que indicam o contrário.

Como a verdadeira causa é o Espírito, a Mente, a identidade real do homem tem de ser espiritual, não material. O Espírito não pode criar um universo imperfeito, o oposto diametral de sua própria natureza. A causa sempre encontra suas próprias qualidades em seus efeitos.

A Ciência Cristã, como a Ciência do Cristianismo, não faz concessões em sua aceitação da totalidade de Deus e da nulidade de um poder à parte dÊle. Mrs. Eddy escreve: “Como Deus, o bem, está sempre presente, segue-se na lógica divina que o mal, o suposto contrário do bem, nunca está presente” (ibid., p. 72).

Contudo, raciocinar dessa maneira não é simplesmente uma atitude de enfiar a cabeça na areia e ignorar o mundo material ou nossa existência como sêres humanos. Nem tão pouco esconde o mal varrendo-o para trás da porta. Quando a crença no mal é erradicada de nossa consciência individual, a cura se manifesta.

O jovem compreendeu que muita de sua confusão e frustração dos anos passados se originava de um falso senso de valores e conclusões baseadas inteiramente sôbre o testemunho dos sentidos físicos. Pôde ver que o conceito errôneo acêrca de si mesmo e do mundo como sendo físico, o tinha cegado ao ponto de fazê-lo acreditar que era uma pequena partícula de pó girando sem rumo no enorme cosmos do espaço e do tempo, separado de uma causa governante, ou seja, afastado da inteligência.

O desafio de interessar-se pela Ciência Cristã como sendo um meio de vida, exigiu-lhe humildade e coragem. Êle não teve de desfazer-se de coisa alguma que tivesse valor. Cada passo do caminho trouxe libertação imediata de uma dúvida ou limitação passada.

Certa vez, antes de uma viagem de fim de semana, viu-se completamente acometido por sintomas de gripe. Volveu-se para o livro Ciência e Saúde, meditando sôbre o pleno significado da verdadeira identidade do homem. Não havia poder algum à parte do todo poder de Deus! Manteve-se consciente dêsse fato e refutou a evidência dos sentidos. Apesar do desconforto, continuou com seus planos para o acampamento. Pela manhã estava livre em todos os sentidos.

Cristo Jesus, que pôs em dúvida a validade das crenças religiosas de seu tempo, declarou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32). Hoje, como nos tempos de Jesus, cada um pode provar para si mesmo a existência real de Deus e o contínuo relacionamento entre Deus e o homem.

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