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Deixe que Êles Levem Sua Própria Vida!

Da edição de abril de 1972 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma senhora, enquanto caminhava por uma alameda de jardim, foi surpreendida por um filhote de passarinho que passou planando bem perto dela. A mãe voava abaixo do filhote como que a protegê-lo para que êle não caísse ao solo. Quando o filhote achava-se a apenas pouco mais de meio metro do chão, êle começou a bater as asas e voar para o alto, e foi-se embora.

A mãe do filhote ainda o seguiu por mais uma pequena distância. Parecia que ela queria ver como o filhote estava se saindo. O passarinho saiu-se bem. A mãe parou de voar e pousou no chão. Voltou-se e foi em direção à árvore de onde tinham saído. Deixando que seu filhote se fôsse, ela retornou aos outros deveres no ninho.

Essa senhora, uma estudante de Ciência Cristã, parou e ficou pensando a respeito do incidente. Estava maravilhada com a facilidade com que a mãe do filhote deixara que o passarinho se fôsse, assim que ela vira que êle podia voar. E então, ela perguntou-se a si mesma: “Será que eu já fiz o mesmo com minha filha? Ou, apesar de ela já estar casada, estarei, por assim dizer, correndo atrás dela, procurando ver se ela está fazendo o que eu penso ela deveria fazer?”

Que grande lição tôdas as mães podem aprender de uma experiência semelhante a essa! Quanta liberdade e paz podem encontrar quando, tal como a mãe do passarinho, deixarem que os filhos, quando crescidos, sigam seus caminhos. O Amor divino está pronto para guardá-los e guiá-los a todo momento. Mrs. Eddy escreve (Poems — Poemas, p. 4):

Gentil presença, gôzo, paz, poder,
Divina Vida, reges o porvir;
Susténs da avezinha o voejar,
Meu filho guarda em seu progredir

O que é que impede os pais de deixarem que seus filhos sigam os seus caminhos e de confiá-los a Deu, quando estão preparados para começar a ser responsáveis por sua própria existência? Alguns pais dizem que é porque os amam muito. Mas que espécie de amor manifestam? Será apenas o desejo de safistazer a própria vontade? Será que os pais desejam tê-los consigo para seu próprio confôrto e alegria? Sem dúvida, gostam de tê-los perto de si, mas não podemos esperar que êles queiram permanecer no ninho. Êles, tal qual o filhote de passarinho, têm o direito de experimentar suas asas e tomar suas próprias decisões.

Mrs. Eddy, em Ciência e Saúde (p. 582), dá-nos estas palavras como parte de sua definição de “filhos”: “Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor.” Os Cientistas Cristãos aceitam e usam essa verdade enquanto os filhos estão sob seus cuidados e orientação. Então, por que não continuar a fazer o mesmo, quando os filhos estão crescidos?

Os jovens devem demonstrar por si mesmos o seu ser genuíno como representantes da Vida, indo êles mesmos no encalço e desenvolvimento das carreiras para as quais foram animados a se preparar. Como representantes da Verdade, precisam aprender a confiar em seu próprio julgamento e em sua compreensão por meio do reconhecimento do seu verdadeiro ser, como reflexos do único e verdadeiro Deus. Como representantes do Amor, devem expressar sua própria maneira de amar. O que podemos fazer metafìsicamente é recusar-nos a pensar nêles como se não fôssem idéias espirituais de Deus, completas, maduras e a salvo, e saber que êles jamais podem estar separados da Vida, da Verdade e do Amor que representam.

A Bíblia diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando fôr velho não se desviará dêle” (Provérbios 22:6). Humanamente falando, nossa obrigação como pais termina em grande parte quando nossos filhos estão crescidos e fizemos o melhor possível para lhes mostrar a maneira de manifestar Vida, Verdade e Amor. Tendo cumprido com nossa obrigação, os deixaremos ir. Mas, precisamente, o que é que significa deixá-los ir? Certamente não nos desfaremos de nossos filhos, ou por assim dizer, não os riscaremos de nossas vidas, decididos a recusar a ajuda necessária quando nos pedirem ou quando nos parecer correto oferecê-la. O que abandonamos é o falso sentimento de responsabilidade e de possessividade humana, se bem que ainda mantenhamos profundo interêsse e amor por êles.

O amor por nossos filhos não pode cessar porque o amor genuíno é uma qualidade de Deus. Vive para sempre e pode servir de modêlo, o qual talvez os filhos venham a seguir em sua própria existência humana. É o amor vivente que Cristo Jesus manifestou. E êsse amor libertará nossos filhos de um sentimento de dependência aos pais humanos e trará alegria e liberdade tanto aos pais como aos filhos.

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