Poucas atividades humanas existem sobre as quais sejam despendidos mais considerações e esforços do que a da obtenção do suprimento diário adequado. Contudo, por trás de um labor mental e físico, freqüentemente se encontra um medo constrangedor de insuficiência ou de fracasso. Flutuações do mercado, especulações econômicas, e transições políticas são geralmente aceitas como influências, quando não como determinantes, da renda e do sucesso individuais. A libertação da pressão de incapacidade pessoal para lidar com tais circunstâncias é encontrada na proporção em que os homens compreendem o fato científico, ensinado pela Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tyann sai’ennss., de que o poder do pensamento espiritualizado é o regulador mais poderoso e mais eficiente nos assuntos humanos.
O apóstolo Paulo tinha a inabalável convicção de que o sagrado poder da divindade está disponível para suprir a humanidade com o bem infinito através do Cristo, a expressão da pureza, do poder espiritual e do amor ilimitado. Escreveu aos membros da igreja em Filipos estas palavras animadoras: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” Filip. 4:19;
Não apenas algumas necessidades, mas todas elas! A transbordante abundância do bem está baseada nas leis infalíveis do Princípio divino, ou Deus, e portanto nunca é flutuante, parcial, ou inadequada. O relacionamento entre Deus e o homem como o Princípio e sua idéia, assegura a distribuição equânime de todas as qualidades necessárias para promover o êxito, tais como a percepção, o bom senso, o engenho, a integridade, a perspicácia, e assim por diante. Não há qualidade do Princípio que esteja além da habilidade do homem de refleti-la e expressá-la.
À medida que a influência da divindade, revelada pelo Cristo sempre consciente, é refletida no pensamento individual, abrem-se horizontes de oportunidades jamais sonhadas, e a demonstração da provisão diária torna-se prática na experiência individual. Mas se o pensamento permanece no nível da matéria, preocupado com as suas ameaças ou promessas, aguardando, com um misto de esperança e de temor, aquilo que possa ou não aparecer como suprimento diário, pouco ou nenhum poder para o bem exercerá nos assuntos humanos. É somente pelo reflexo consciente da Mente como o salvador da materialidade, que o pensamento se permeia das verdades espirituais que promovem a segurança e o sucesso. A matéria precisa ser reconhecida como desprovida de poder para reter ou para conceder o bem.
Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, provou que a espiritualização dos conceitos humanos de substância e de suprimento é indispensável para que se atinja sucesso duradouro e honrado. Ela inverteu a crença em incapacidade e enfraquecimento, ao compreender a realidade invariável e a perfeição da saúde, do suprimento, e da felicidade. Compreendeu-os como estados inteiramente espirituais e essa compreensão abençoou sua vida. Do ponto de vista de prova indisputável, ela afirma: “Deus vos dá Suas idéias espirituais e estas, por sua vez, vos dão suprimentos diários.” Miscellaneous Writings, p. 307;
A propaganda do medo gostaria de mesmerizar os homens para orarem desesperadamente por suprimentos materiais diários, por dinheiro suficiente para cobrir obrigações legítimas, quando o que necessitam realmente é daquela espiritualização do pensamento que provém da utilização de idéias divinas. Essas idéias são, por sua vez, produtoras do suprimento necessário. O que aparece como uma premente necessidade humana de dinheiro, deve ser traduzido para o sentido verdadeiro de necessidade, como uma exigência de um pensar dedicado, de uma confiança espiritual, e de um amor cristão. Não é o empobrecimento financeiro, mas o espiritual, que constitui a maior ameaça à segurança; não é a falta de dinheiro, mas sim a carência de idéias divinas, o que ocasiona atrasos nos negócios; não é dinheiro escasso, mas uma mentalidade tacanha, desesperada, o que paralisa as condições econômicas. O que é urgentemente necessário, individual e universalmente, é uma transferência da confiança no dinheiro para a dependência das idéias derivadas de Deus, pois que estas encontram realização na provisão abundante de tudo aquilo que é necessário.
Uma jovem estudante da Ciência Cristã viu-se confrontada com uma quantidade de gastos justificados, para os quais parecia não dispor de fundos suficientes. Um dia, quase fora de si de preocupação, ela, em oração, implorou a Deus, dizendo: “Ó Pai, dá-me a idéia espiritual da qual esta necessidade aparente é apenas a falsificação!” E porque Deus, que é Todo-Amor, ouve orações abnegadas como esta, que buscam uma compreensão mais profunda, Ele inundou o pensamento da jovem com inspiração celestial, que é tudo o que se precisa para inverter os conceitos falsos do medo e da carência.
Instantaneamente estas palavras da Bíblia lhe ocorreram: “Assim diz o Senhor, o Santo de Israel, e seu Criador: Perguntai-me o que há de suceder; demandai-me acerca de meus filhos, e acerca da obra das minhas mãos.” Isaías 45:11 (Conforme versão inglesa da Bíblia); Ponderando essa passagem, deu-se conta de que ela e seu marido estavam, com efeito, querendo saber “as coisas futuras” de parte de sua conta bancária, em vez de buscá-las na Mente todo-sábia, cuja presciência não erra e cuja provisão do bem é infalível. Eles haviam buscado na matéria a obtenção de seus suprimentos diários, ao invés de em Deus, para obter os conceitos espirituais que são os únicos aptos a assegurar tais suprimentos. E, porque a matéria e seu alter-ego, a mente mortal, são indignos de confiança, incompetentes, e transitórios, a renda derivada de tal fonte é instável e inadequada. A necessidade real, começava a percebê-lo, não era de dinheiro mas do reconhecimento espiritual de que a substância é o bem constituído por Deus, inesgotável, abundante, eternamente disponível para cada filho do Pai amoroso que se volte para Ele.
Cheia de inspiração por essa iluminação espiritual, a jovem se afastou mentalmente do dinheiro propriamente dito como sendo a fonte ou condição da renda familiar, e insistiu que Deus, o Criador do homem e do universo, é também o sustentáculo e o fornecedor de todo o bem. Em questão de semanas todos os problemas foram resolvidos satisfatoriamente, e daí por diante a receita e a despesa se mantiveram em perfeito equilíbrio. Mas, ainda mais importante do que isso, dois fatos grandiosos haviam sido percebidos: que a matéria não pode conceder o bem, nem retê-lo, e que o poder de uma idéia correta sobrepuja a crença falsa, sem levar em conta quão profundamente esta alegue estar embebida no pensamento ou na experiência.
A idéia correta de que a substância é inteiramente espiritual começa de imediato a corrigir a pretensão de que seja material ou de que possa estar fora de equilíbrio, quer como abastecimento, quer como necessidade. A lei de Deus garante a provisão do bem abundante para cada uma das criações ou idéias do Espírito. A oração, de par com o exercício permanente da esperança, da coragem, da gratidão, da paciência, e assim por diante, prepara o pensamento para o reconhecimento das ilimitadas possibilidades da criação, e para a aceitação daquela infinidade de idéias espirituais que conseguem o ajustamento de todas as coisas na equação humana. A atividade dessas idéias é uma influência vital para o bem, permeando a consciência com a convicção espiritual da realidade exclusiva do bem e elevando toda consideração ao ponto de vista sublime e cristão que cura e abençoa.
Em seu sermão The People's Idea of God Mrs. Eddy afirma a grande verdade que ela mesma provou: “Poucos são aqueles que conhecem qual o poder que tem a mente para curar, quando imbuída da verdade espiritual que eleva o homem acima das exigências da matéria.” Peo., p. 10.
