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Uma Escola Dominical Vital

Da edição de julho de 1973 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu gosto da praia e do mar. Num dia especialmente lindo, estava deitado na areia, aproveitando o sol e o ar salino, juntamente com todos os demais que há pouco haviam saído da escola. Das ondas surgiu um jovem feliz, e quando eu sorri, ele se deixou cair ao meu lado e começou a falar no tempo. Em breve estávamos falando em coisas mais profundas, e encontrei-me a partilhar com ele alguns dos pensamentos que estivera preparando para a aula da Escola Dominical no dia seguinte. Depois de alguns instantes, meu novo amigo se afastou com tanta facilidade como aparecera. “O senhor valeu o meu dia”, disse. “É legal encontrar um cristão feliz.” Dissera-lhe que eu era Cientista Cristão, e ali na praia — para todos os efeitos práticos, meus e dele — fora realizada uma aula de Escola Dominical.

A Ciência Cristã exerce atração natural nos alunos da Escola Dominical porque Deus já pôs Seu ideal nos corações deles. O ideal do Amor, ou o Cristo, está surgindo em toda a jovem geração. O que é, senão o Cristo, que leva alguém a revoltar-se contra o materialismo, a condenar a hipocrisia, e a invocar compaixão, ternura, e amor pelos menos afortunados?

Por causa de sua apresentação clara do Cristo na terra, a Ciência Cristã apela àquele elemento do Cristo que Deus cria em cada um. Isto ficou provado pelo interesse que meu amigo me expressou na praia. Não se precisa acrescentar nada à apresentação clara do Cristo, a Verdade, para torná-la interessante a alguém.

Assim, a tarefa do professor da Escola Dominical é apresentá-la de modo inspirador e significativo para os alunos. E acaso não significa isto apresentá-la do modo que é também o mais natural e o mais significativo para o professor? A “honestidade em qualquer condição, sob qualquer circunstância, é a regra indispensável da obediência” Miscellaneous Writings, p. 118;, afirma Mrs. Eddy. Nada afasta os jovens mais rapidamente do que um adulto fingido.

Os professores não precisam sentir apreensões pela familiaridade da inspiração espiritual profunda, em classe. O melhor que tivermos a oferecer, dificilmente será demais para jovens Cientistas Cristãos. Podemos confiar na sabedoria do momento para proteger tudo o que necessite proteção, e deveríamos nos dirigir para a aula na expectativa de dar tudo que temos. Tal como o pai, na história de Cristo Jesus sobre o filho pródigo, nossos corações devem dizer: “Tudo o que é meu é teu.” Lucas 15:31; O professor deve esforçar-se de modo preeminente para ajudar cada aluno a elaborar seu próprio relacionamento consciente com Deus. Quando os debates provêm do coração, não se faz embaraçoso ou difícil, quer para o professor, quer para os alunos, falar sobre Deus, que é um assunto tão interessante. A capacidade da juventude de hoje para compreender as qualidades de Cristo, não deve ser subestimada. Na verdade, difícil seria sobrestimar essa capacidade.

Cada domingo o professor tem a oportunidade realmente inestimável de salientar algo daquilo que Deus tenha revelado aos alunos. Em todo ser humano evidenciam-se facetas da bondade de Deus, e os professores jamais devem perder de vista esse fato. O sorriso de Deus se expressa de modo sublime no brilho franco da juventude. Não há divisão entre os que são chamados jovens e os velhos, na devoção do Amor. Todos são de Deus, igualmente amados e bem cuidados. Assim, o professor da Escola Dominical aprenderá de seus alunos um bocado a respeito de Deus, se permitir que Deus realize o ensino.

Estar interessado nos demais é ser interessante aos demais. E ver os alunos da Escola Dominical como indivíduos, cada qual deixando transparecer um legado do bem que pode enriquecer e auxiliar nossas vidas de modo singular, abre todas as portas da comunicação. Não há impasse que já não esteja conciliado pelo Amor.

Nada pode substituir o preparo meticuloso do professor — espiritual e humanamente — para cada aula da Escola Dominical. Isso de modo algum sugere uma forma rígida. Mostra ao professor como deixar a Mente divina indicar o caminho. A flexibilidade e a espontaneidade são valorizadas pelos jovens. O destino de cada um dos componentes da classe está vitalmente registrado na Mente. E à medida que o professor aprenda a se apoiar na Mente, ao invés de no delineamento pessoal, para programar o ensino na classe, as aulas são verdadeiros acontecimentos espirituais, cheios de relevância, e nelas se revelam realidades eternas.

Jesus estivera ensinando a seus discípulos como evitar a hipocrisia e então disse: “Quando vos levarem às sinagogas e perante os governadores e as autoridades, não vos preocupeis quanto ao modo por que respondereis, nem quanto às coisas que tiverdes de falar. Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.” Lucas 12:11, 12; Seguindo o Mestre e demonstrando real inspiração, não tropeçaremos nos cuidados mundanos e não cairemos na hipocrisia, a qual é rapidamente descoberta pelos jovens.

Cada problema que possa confrontar o professor da Escola Dominical, seja ele apatia ou indisciplina, belicosidade ou falta de freqüência, é resolvido pelo seu refletir a sabedoria e a inteligência de Deus. Basicamente, o professor é responsável apenas por seu próprio modo de pensar. Na medida em que deixar seu pensamento expressar a única Mente perfeita, a resposta curativa sempre será desvendada. Embora não estejam dirigidas aos professores da Escola Dominical, mas aos professores autorizados de Ciência Cristã, as palavras de Mrs. Eddy em Retrospecção e Introspecção bem podem ser consideradas por todos os que ensinam: “Quanto menos o professor controlar pessoalmente outras mentes, e quanto mais as confiar à Verdade e ao Amor divinos, tanto melhor será para ambos, professor e aluno”. Ret., p. 84.

No fim das contas, é Deus quem dá o crescimento; é o Amor que aproxima aqueles que se podem abençoar uns aos outros nos Seus propósitos. Muitas vezes a boa vontade do professor de estar alegremente presente com Deus na hora da Escola Dominical, como uma criança, sem ligar para o quadro humano, tem trazido alunos aonde antes não os havia, tem produzido classes atentas onde anteriormente havia indiferença.

Na Escola Dominical da Ciência Cristã a qualidade do ensino é a única medida verdadeira do sucesso. Quando a qualidade está presente, segue-se a quantidade apropriada. Pensem nas possibilidades que aguardam o professor inspirado. A inspiração na Escola Dominical vem quando o pensamento permanece claramente concentrado no ideal divino. Os meios sábios e eficazes tomam conta, então, de si mesmos.

Não precisamos fazer nada para que a Ciência Cristã enriqueça sua qualidade ou sua atração. Ela se encontra no zênite da inspiração. Ela atrai universalmente porque apresenta a Verdade eterna, universal. É a coisa mais maravilhosa da terra, porque é a obra de Deus. É Deus quem a está trazendo à humanidade.

Assim, a Escola Dominical da Ciência Cristã tem um grande futuro. O que temos a fazer é usar a dádiva formidável da Ciência divina que já é nossa, e observar Deus a executar a Sua obra.

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