Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Livros, praias e bênçãos

Da edição de julho de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Enquanto cavava fundo na areia da praia, à procura de pequenos siris, Ginger se lembrou que ainda não havia terminado sua leitura diária de uma hora. Sentou-se no chão, soltou os siris e ficou olhando os bichinhos correrem para a água ou se esconderem habilmente na areia. Ela olhou a irmã, lendo pacificamente estendida na toalha, perto da mãe, que, sentada na cadeira de praia, também estava lendo. Parecia que todos, na família de Ginger, gostavam de ler e ficavam horas e horas lendo. Ginger, porém, sempre ficava com dor de cabeça quando tentava ler. Sentia pavor só de pensar na lição de casa que a professora havia dado para as férias: uma hora de leitura todos os dias.

"Ginger, é hora da leitura," Mamãe lembrou-a.

A garota aproximou-se devagarinho da mãe, arrastando os pés na areia. A mamãe notou que os olhos de Ginger estavam cheios de lágrimas. "O que aconteceu, meu bem?" perguntou a mãe.

"Eu não gosto de ler. Minha cabeça dói quando eu leio", queixou-se Ginger.

Mamãe pegou a filhinha no colo e abraçou-a. "Você sabe que nós podemos orar a esse respeito, Ginger."

Desde que era bem pequena, Ginger havia aprendido a recorrer a Deus para ser curada. Ela fora curada rapidamente de uma picada de abelha, um corte na perna e uma queimadura de sol, apenas pela oração. Também vira muitas curas ocorrer em sua família, como aquela vez em que sua irmãzinha menor deslocou o braço e foi curada. O papai e a mamãe haviam orado por ela e também haviam pedido ajuda a uma praticista da Ciência Cristã. Por isso, Ginger ficou contente de se voltar para Deus.

"Deus está sempre cuidando de você e nunca poderia causar algo que lhe fizesse mal", disse a mãe. "Tudo o que vem de Deus é bom e Deus é a causa perfeita de toda a Sua criação."

Ginger sentiu-se imediatamente confortada, mas havia mais uma coisa que ela queria dizer. "Mamãe, uma menina da minha classe me disse que ela ficava com dor de cabeça quando lia e isso queria dizer que ela precisava de óculos. Eu não quero usar óculos!"

"Parece que nós precisamos de um motivo melhor para orar sobre a dificuldade de ver e de ler", sugeriu mamãe.

"O que significa motivo?" perguntou Ginger.

"Motivo é a razão de fazermos alguma coisa. Um bom motivo para querer ver e ler sem dificuldade, é o desejo de expressar a harmonia e a perfeição de Deus." Mamãe explicou que nós realmente já expressamos a harmonia e a perfeição de Deus, porque Ele expressa essas qualidades em cada um de nós, e a oração é para compreendermos aquilo que já é verdade a nosso respeito.

"Não seria um bom motivo orar, porque achamos que as pessoas vão gostar mais de nós sem óculos", explicou mamãe. "Deus ama a todos completamente e Ele vê a cada um de nós em perfeição, saúde e beleza. É aí que começa nossa oração: naquilo que Deus sabe e vê em Seus filhos."

As duas foram para o chalé e pegaram um livro chamado Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy. Quase no fim do livro, a autora incluiu um capítulo que nos ajuda a compreender palavras usadas na Bíblia. Intitula-se Glossário. Ginger e a mãe procuraram a palavra olhos, pois queriam saber mais sobre como Deus vê. Encontraram o seguinte: "OLHOS. Discernimento espiritual — não material, mas mental." Ciência e Saúde, p. 586.

Elas concluíram que isso quer dizer que a vista é espiritual, em realidade. Ver significa ser capaz de reconhecer que aquilo que Deus cria é bom e puro, como expressão dEle mesmo. Elas também concluíram que Ginger, na verdade, enxergava com o pensamento espiritual e que nada pode danificar, ou prejudicar, ou impedir, o discernimento espiritual. Lembraram-se de outro trecho de Ciência e Saúde, em que a Sra. Eddy fala em ver: "Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais." Ibidem, pp. 476–477.

Elas conversaram sobre como poderiam ver a todos "na Ciência", na lei de perfeição e bondade, que é a lei de Deus. Ver tudo e a todos na Ciência, é aprender a ver aquilo que Deus vê. Disso resulta a capacidade de ver e ler claramente e sem dor. "Acho melhor eu parar de pensar que as pessoas que usam óculos têm uma cara engraçada. Preciso começar a vê-las como Deus as vê, espirituais e bonitas", concluiu Ginger.

Ginger leu durante meia hora, naquele dia, e não sentiu dor de cabeça. Aliás, daquele dia em diante, Ginger não se queixou mais de dor de cabeça quando lia. Em algumas semanas ela já conseguia ler durante uma hora completa e, quando chegou o fim do verão, ela estava lendo depressa e com gosto. Na escola, no ano seguinte, a professora até comentou como Ginger estava lendo bem e bastante. A menina não precisou usar óculos, mas a maior bênção foi que ela aprendera algumas coisas sobre ver como Deus vê, tudo bom na criação dEle.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 1995

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.