Dois anos atrás, fiz uma viagem de férias com meu pai, carregando apenas uma mochila nas costas. Foi uma viagem incrível! Caminhamos durante oito dias, de Mammoth Lakes até o vale de Yosemite, na Califórnia. Quando voltamos da viagem, vi que tinha perdido bastante peso devido ao exercício. Sou uma pessoa de pequena estatura e não pesava muito. Mas fiquei feliz com a perda de peso, porque eu achava que com isso eu estaria mais apta fisicamente e poderia me sair melhor na prática de esportes. Eu também achava que ficava mais bonita assim.
Um mês depois, quando comecei o segundo ano do ensino médio, todos na escola notaram que a minha aparência estava diferente. Entretanto, à medida que o tempo foi passando, comecei a me sentir infeliz. Eu pensava que a escola onde eu estudava não era adequada para mim. Embora estivesse indo bem nos estudos, não gostava da companhia de meus colegas. Eu os considerava superficiais e achava que eles faziam muita fofoca. Muitas vezes, quando eu chegava em casa, ficava me lamentando com a minha mãe a respeito disso.
Esse sentimento de infelicidade realmente afetou meu organismo. Comecei a comer muito pouco e a perder peso. Eu achava que ser magra me faria feliz, e que eu poderia me sentir melhor na escola. Mas emagrecer não foi a solução.
Ao mesmo tempo, a minha menstruação parou. Fiquei preocupada, mas não fiz nada a respeito. Pensei que ela logo voltaria ao normal, mas passou mais de um ano sem que isso acontecesse. Eu continuava infeliz na escola comia cada vez menos.
No ano passado, quando estava no terceiro ano do ensino médio, finalmente decidi pedir ajuda. Passei um e-mail para o meu professor da Escola Dominical e contei-lhe o problema. Ele começou a orar por mim imediatamente. Ele pediu que eu pesquisasse o que Ciência e Saúde diz a respeito de beleza. Uma das frases que encontrei foi a seguinte: “A receita para a beleza é ter menos ilusão e mais Alma, afastar-se da crença de que haja dor ou prazer no corpo e refugiar-se na calma imutável e na gloriosa liberdade da harmonia espiritual” (p. 247).
Como eu gosto de fazer exercícios e de estar sempre em atividade, ele pediu que eu lhe dissesse qual era a razão de eu praticar exercícios físicos. Será que o meu objetivo era “perder peso e ficar magra”, ou será que havia um motivo menos centrado em mim mesma? Dei-me conta de que nos últimos dois anos eu tinha ficado muito preocupada com o meu peso e com a minha aparência; eu não havia pensado muito em Deus, nem no fato de que eu expresso a Deus. Estava tão absorta na idéia de que eu me sentia infeliz na escola, que não tinha tempo de pensar em outra coisa.
Eu havia ficado obcecada pela idéia de que poderia ser feliz mudando de escola. Meu professor da Escola Dominical me disse que a felicidade não depende do local para onde você vai, mas de que forma você vai. Ele leu para mim as palavras de um de meus hinos favoritos: “Apascenta as minhas ovelhas” de autoria de Mary Baker Eddy. Esse hino começa assim: “Mostra, Pastor, como andar...” Conversamos sobre as idéias que estão por trás dessas palavras, de que não importa onde você esteja, contanto que você se lembre de viver como Deus lhe mostrar. Em outras palavras, a maneira como você vive é mais importante do que onde você vive.
Percebi que a maneira como eu estava vivendo não era muito legal. Assim, decidi começar a enxergar meus colegas com olhos mais espirituais, procurando ver as coisas boas relacionadas com eles e ser uma influência positiva. Em vez de ficar chateada com o fato de eles falaram dos outros pelas costas, eu mudava de assunto, se necessário. Lentamente, as conversas com eles passaram a abordar temas completamente diferentes.
A felicidade não depende do local para onde você vai, mas de que forma você vai.
Com esse novo ponto de vista, a vida se tornou mais feliz. Comecei a me divertir na escola e a comer normalmente. Algum tempo depois a menstruação voltou. Foi uma grande sensação de libertação. Percebi que a cura tinha ocorrido. Não foi uma cura rápida, mas aconteceu. A confiança em Deus e a compreensão de Seu amor por mim é que me curaram. Curaram tanto a infelicidade quanto o problema de peso. Também me ajudaram a compreender que a minha felicidade não dependia da escola em que eu estudasse.
Com essa cura maravilhosa, finalmente pude compreender o poder da oração.
Irvine, Califórnia, E.U.A.
