Quando estava cursando o segundo ano do ensino médio eu queria praticar um esporte. Alguns amigos ouviram falar que estavam formando uma equipe de remo e achei a idéia interessante. Então fui participar da seleção de remadores da Associação de Remo de Marin, próximo à nossa escola. Participam dessa associação todas as escolas do Condado de Marin, na Califórnia. Havia 70 garotas participando da seleção, para preencher 30 vagas na equipe, e muitos timoneiros sendo selecionados para preencher apenas 5 vagas. Quando soube qual era a função do timoneiro, decidi participar da seleção para ocupar uma dessas vagas, e entrei na equipe.
O timoneiro é uma espécie de técnico assistente. Somos o elo de ligação entre o técnico e os remadores. Por essa rezão, o timoneiro precisa conhecer muito bem os aspectos técnicos do esporte. Dirigimos o barco de corrida e cronometramos o número de remadas por minuto. Também comandamos a equipe nos exercícios predeterminados. Motivamos o pessoal durante as regatas, damos orientações específicas aos remadores e os corrigimos individualmente. Se dermos uma orientação desnecessária, os outros membros da equipe não vão aceitar. Muitos deles têm anos de experiência, e podem avaliar se sabemos realmente o que estamos falando.
Quando cursava o terceiro ano do ensino médio, eu treinava durante seis horas, seis dias por semana. Ficava chateada porque o treinamento me tomava muito tempo. Nessa época, eu também estava me candidatando perante algumas faculdades para iniciar o curso superior. Um dia, comecei a me sentir muito pressionada por esses compromissos, e tive a sensação de que não chegaria a lugar algum daquela forma. Cheguei em casa muito triste. Meus pais então me disseram: “Você sabe que pode desistir do remo quando quiser. Parece que é um esporte que exige muito, e você não precisa se estressar assim”.
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