Quando eu tinha 10 anos, um oculista me disse que eu teria de usar óculos por muito tempo. Conforme fui crescendo e entendendo melhor a Deus e a Christian Science, não queria mais usar óculos. Comecei a orar por mim mesmo.
Minha mãe me disse que iria orar comigo, mas que eu também tinha de fazer minha parte. Pediu-me para ler o Novo Testamento da Bíblia. Fiz o que ela pediu, procurando entender o que estava lendo. A leitura prendeu minha atenção. Eu fazia isso à noite, antes de dormir. Li os evangelhos e as cartas de Paulo.
Eu usava os óculos somente para ler, pois via as letras fora de foco. Quando eu não os usava, sentia muita dor de cabeça e meus olhos coçavam bastante.
Orava, reconhecendo que se Deus é perfeito, eu, como imagem e semelhança dEle, não posso ser diferente. Também pensava que Deus me havia dado a capacidade de enxergar, por isso minha visão tinha de ser adequada, suficiente e sem nenhum problema. Agradecia todos os dias pelo dom de ver. Acredito que tenha sido essa gratidão que me curou, pois tinha certeza de que isso era verdade. Uma das passagens que usava constantemente em minhas orações era: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139). A preocupação logo desapareceu. Parei de usar os óculos definitivamente quase um ano depois, quando percebi que eles não eram mais necessários.
Quando estava na 8a série, prestei exames para o Colégio Naval, e tive êxito em todas as provas. Não encontraram nada de errado com meus olhos durante os rigorosos exames médicos.
Quando me mudei para a Nova Zelândia, no último ano do 2° grau, comecei a orar bastante para que Deus me indicasse a carreira que deveria seguir. Pedi para minha mãe orar comigo novamente. Logo depois, três pilotos e uma pessoa da NASA foram ao colégio onde eu estudava para falar sobre a vida deles no trabalho. O diretor da escola resolveu oferecer um curso sobre transporte aéreo também naquele ano. Eu fiz esse curso e umas aulas práticas. Gostei muito. Naquele mesmo ano uma faculdade de aviação, Massey University, resolveu visitar as escolas na Nova Zelândia para apresentar os cursos que oferecem. Quando vi a apresentação, fiquei muito empolgado e vi que era isso mesmo que eu queria.
Tive de fazer vários testes de admissão para a faculdade, inclusive um exame médico. O médico me disse que minha vista é muito melhor do que o normal e que o meu foco é excelente, pois vejo as coisas mais nitidamente do que a maioria das pessoas. Isso me deixou muito contente e aumentou minha autoconfiança.
Passei em todos os demais testes e comecei a estudar aviação. Tudo deu tão certo que só pode ter sido por causa da oração.
E a oração hoje faz parte do meu dia-a-dia. Por exemplo, antes de decolar, ao alinhar o avião com a pista, tenho de checar todos os instrumentos, porque a decolagem é a parte mais importante do vôo. Nesse momento, reconheço que Deus está comigo e que tudo vai sair bem. Na primeira vez em que voei sozinho, fiquei orando o tempo todo. Ao pousar, só funcionou o freio de uma das rodas. O avião virou para a esquerda e quase capotou. Mas naquele momento, fiquei calmo e consegui controlar o avião. Agi rápido e certo. Nessas horas, não dá tempo para pensar. Mas, como estou sempre orando, sei que Deus está comigo e me guia.
Uma das coisas que aprendi pela Christian Science é que a gente vive o momento, como se fosse um agora que é eterno! Procuro dar o melhor de mim em tudo o que faço e assim sei que o futuro será bom. E minha carreira é uma oportunidade para vencer meus próprios limites, com o que aprendo sobre Deus.
Christchurch, Nova Zelândia
