Mary Baker Eddy compartihou duas ideias que continuam a se desdobrar em meu pensamento e nas quais nunca paro de pensar: “Como adeptos da Verdade, tomamos a Palavra inspirada da Bíblia como nosso guia suficiente para a Vida eterna” e “A Bíblia contém a receita para toda cura” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, pp. 497 e 406).
Ao aceitar esses fatos, há alguns anos vivenciei a seguinte cura. Certo dia, descobri reentrâncias feias em minhas coxas, as quais eram bem visíveis mas não me causavam nenhum desconforto. Provavelmente essa foi a razão pela qual não orei nem fiz um tratamento metafísico para o problema. Arrastei o problema “para debaixo do tapete”, por assim dizer, e não pensei mais nele. Mas então, como acontece algumas vezes, comecei a me sentir pressionada por circunstâncias externas. Umas férias na praia, havia muito planejadas, estavam se aproximando e vestir um traje de banho transformaria esse problema invisível em um problema visível. “O que fazer?” foi a pergunta que fiz a Deus.
Pensei sobre a declaração que citei acima: “A Bíblia contém a receita para toda cura”. Então, perguntei a mim mesma: “Que receita? Que ingredientes necessito para encontrar uma solução”? Ao orar e me volver a Deus de todo coração, lembrei-me de um versículo da Bíblia, e que me inspirou muito: “Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. A glória do Senhor se manifestará...” (Isaías 40: 4, 5). Ver a glória do Senhor naqueles lugares onde havia reentrâncias feias em minha pele era um objetivo que eu lograva alcançar.
Ver a glória do Senhor naqueles lugares onde havia reentrâncias feias em minha pele era um objetivo que eu lograva alcançar.
Enquanto continuava a estudar, encontrei em Ciência e Saúde uma passagem correlativa que diz: “Todo vale de pecado tem que ser aterrado, e todo monte de egoísmo nivelado, para que se prepare o caminho de nosso Deus na Ciência” (p. 61). Também descobri esta ideia na Bíblia: “Porque os atributos invisíveis de Deus... claramente se reconhecem... sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” (Romanos 1:20).
Meu pensamento sobre meu corpo tinha de mudar, porque eu sabia, mediante a Ciência Cristã, que pensamentos podem se manifestar no corpo. Também sabia que a natureza de Deus, a qual é invisível, se expressava em Sua criação. Uma vez que o ser de Deus é somente bom, eu, também, podia expressar somente o bem.
Uma expressão completa e perfeita de um Deus perfeito jamais pode ter algo que não pertença a Deus. Nada pode ser “baixo” demais ou alto demais, pouco demais ou demasiado, mas tudo está equilibrado, de maneira uniforme e perfeita. Decidi aceitar como válidos somente os pensamentos perfeitos de Deus a meu respeito.
Contemplar a natureza de Deus e Seu reflexo, como também minha natureza como a ideia incorpórea de Deus, que pode se manifestar visivelmente, encheu-me de grande alegria.
Não sei quando tudo voltou ao normal, mas esqueci-me de todas as preocupações sobre minhas férias. Todas as reentrâncias desapareceram um pouco antes da minha partida. Além disso, um caroço em meu braço, que havia estado visível por algum tempo, desapareceu. Essa cura adicional me mostrou claramente que o próprio Deus garante que Seu ser se torne visível de uma maneira equilibrada.
Naturalmente, fiquei feliz com essa cura física, que provou ser permanente. Entretanto, o mais importante para mim foi a percepção que obtive, por meio dessa cura, da minha natureza “invisível”, a saber, minha perfeição espiritual como expressão de Deus.
Dorette Kreutziger, Hamburgo
