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‘Apascenta as minhas ovelhas’: comprometer-se mais com a cura

Da edição de outubro de 2015 dO Arauto da Ciência Cristã

Adaptado do original em inglês publicado na edição de fevereiro de 2015 de The Christian Science Journal.


“Apascenta as minhas ovelhas”, a instrução de Cristo Jesus, na qual Valerie Unger tem pensado muito ultimamente, é, para ela, uma descrição muito adequada de suas funções. Como Gerente do Departamento de Atividades das Filiais e Salas de Leitura nA Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, essa instrução se tornou uma luz orientadora que ajuda seus colegas de trabalho e também a ela a apoiar as filiais e sociedades, e também a fortalecer o fundamento dessas filiais e sociedades na cura pelo Cristo.

Assim sendo, em setembro do ano passado, quando O Conselho de Diretores da Ciência Cristã convidou os membros de suas filiais e sociedades a refletir e a orar mais profundamente sobre sua missão sanadora, tanto individual como coletivamente, o Departamento de Atividades das Filiais e Salas de Leitura naturalmente apoiou essas reuniões.

Val, conte-nos como o seu departamento apoia as reuniões que estão acontecendo nas igrejas.

Deixe-me dizer que ficamos muito contentes pelo fato de os diretores terem pedido a todos os membros, de todas as igrejas filiais ao redor do mundo, para focar suas orações neste ano na missão de cura da igreja. Já pude constatar o poder desse enfoque, e estamos sentindo seu efeito aqui neste departamento. O pensamento está se movimentando...

Durante o ano, meu colega, Daniel Carr, e eu, interagimos inúmeras vezes com as filiais, por meio de conversas telefônicas e por e-mail, e sentimos que os membros das igrejas almejam se dedicar mais plenamente a essa missão de cura. Como membros de uma igreja filial, talvez estejamos tão focados em preencher todos os cargos em nossa filial, manter a propriedade da igreja, o que talvez envolva cortar a grama do jardim e outras atividades, que, algumas vezes, é fácil perder de vista a razão pela qual estamos ali.

Em nossas conversas telefônicas, abordamos aquele elemento fundamental para a cura espiritual, o qual é a essência de quem somos e a razão pela qual estamos aqui. Frequentemente, ao final dessas conversas, os membros perguntam: “Vocês alguma vez virão até as filiais para conversar sobre isso”? E agora podemos dizer: “Sim”! Em apoio ao convite dos diretores para que os membros das filiais se reúnam, estamos nos colocando à disposição para ajudar a moderar essas reuniões. As filiais são encorajadas a se reunirem, com ou sem um moderador dA Igreja Mãe, mas para aqueles que nos convidam, esperamos que nossa perspectiva realmente apoie essas conversas nas filiais. Já faz alguns anos que Daniel e eu temos pensado e orado sobre isso, e nossa experiência traz uma perspectiva global que, esperamos, seja útil para essas conversas.

Parece-me que Cristo Jesus era muito honesto no que dizia respeito à sua missão de cura e esperava que aqueles que o seguissem também o fossem.

Lemos isso repetidas vezes na Bíblia, certo? Em Mateus 10, Jesus realmente ordenou aos seus discípulos que saíssem pelo mundo, dizendo-lhes: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios...”. Em seguida, ele acrescentou: “...de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8).

Assim sendo, como membros de uma filial, como discípulos, estamos nos certificando de que nossa atividade na igreja cura? Estamos analisando tudo o que fazemos com as lentes da cura? Continuamos a nos fazer as perguntas difíceis sobre se estamos ou não cumprindo essa missão de cura?

De fato, essas reuniões surgiram do enfoque dos diretores no fundamento espiritual da cura pelo Cristo. Como você sabe, esse foi o tema da Assembleia Anual da Igreja em 2014 [e em 2015]. Durante aquela assembleia, o Conselho falou sobre o significado da frase que se encontra no topo da página 136 de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “Jesus estabeleceu sua igreja e alicerçou sua missão sobre o fundamento espiritual da cura pelo Cristo”.

Em nosso departamento, ponderamos sobre essa declaração todos os dias. Refletimos e oramos sobre o que significa, para as pessoas, se reunirem e se dedicarem à cura, por constituírem o corpo da igreja. O que isso exige de nós? O que representa uma missão de cura no mundo de hoje? Essas são algumas das perguntas que esperamos que os membros estejam considerando em suas reuniões.

Essas reuniões estão sendo realizadas no mundo inteiro?

No último ano, Daniel e eu atuamos como moderadores em reuniões em mais de 80 filiais nos Estados Unidos e no Reino Unido. Em 2016, planejamos estar mais disponíveis para sermos moderadores de reuniões em outros países. Devido à demanda, estamos trabalhando com alguns praticistas da Ciência Cristã no Campo de Ação, os quais poderão ajudar como moderadores nessas reuniões.

Mas os membros das filiais têm se reunido com ou sem um moderador. Em uma determinada cidade, uma das igrejas quis que atuássemos como moderadores, mas a outra disse: “Achamos que podemos fazer isso por conta própria”, o que foi muito bom.

Vocês dão sugestões para as igrejas a respeito do conteúdo dessas reuniões?

Sim, algumas, mas são apenas sugestões. Demos a elas algumas “sementes”, ideias que lhes enviamos por e-mail em setembro do ano passado. Mas a verdade é que tudo o que precisam para começar é o desejo simples e honesto de se reunirem como uma família da igreja para conversar sobre seu comprometimento para seguirem em frente juntos, como sanadores.

Não é necessário ter nenhum grande plano que aborde tudo. Mas pode ser útil identificar alguns passos específicos que vocês possam dar juntos e que os ajudem a seguir em frente. Algo simples, como compartilhar uns com os outros como cada membro conheceu a Ciência Cristã, pode ser um primeiro passo poderoso. Com frequência, houve alguma cura que foi fundamental para trazer uma pessoa ou uma família para a Ciência Cristã, e essa gratidão pela cura, esse amor pelo Cristo sanador, nos une.

Outra coisa que mencionamos aos membros é aquele maravilhoso artigo de Florence Boyd, publicado no Christian Science Sentinel, e no qual a autora escreve: “A Sra. Eddy disse certa vez a um aluno que ela desejava ardentemente que chegasse o dia em que ninguém entrasse em uma igreja da Ciência Cristã, por mais doente ou pesaroso que pudesse estar, sem que fosse curado, e que esse dia chegaria somente quando cada membro da igreja estudasse e demonstrasse a verdade contida na Lição-Sermão e viesse para o culto com a consciência assim preparada” (Healing the multitudes [Curar as multidões], 1º de julho de 1916).

Isso já causou bastante impacto em muitas filiais. Elas gostam da ideia de seus membros se dedicarem a trabalhar ao longo da semana com a Lição Bíblica (que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã), demonstrando a verdade que leem na Lição e vindo para o culto com o pensamento tão vivo com aquelas verdades sanadoras que as pessoas são curadas, ali mesmo! Essa é apenas uma das maneiras como as pessoas têm aprofundado seu comprometimento para com a missão de cura.

Sei que a primeira reunião na qual você atuou como moderadora foi em uma igreja filial que você conhecia muito bem.

O que foi realmente especial em minha primeira reunião é que ela foi realizada na primeira igreja filial da qual fui membro, em Spokane, Washington. Portanto, eu sabia muito bem a importância do pensamento sanador dessa filial em minha própria experiência e compartilhei isso com os membros. Eu estava buscando a verdade; estava estudando religiões orientais quando encontrei a Ciência. E foi por meio das ações de um dos membros dessa filial que encontrei a Ciência Cristã.

Contei-lhes que esse membro fez basicamente quatro coisas. Primeiro, ele realmente me ouviu. Ele estava genuinamente interessado em minha jornada espiritual. Segundo, ele me deu um exemplar de Ciência e Saúde e, assim que comecei a ler o livro, soube que continha a verdade. Terceiro, esse membro curava. Vi como ele se curou de uma queimadura grave no braço e isso foi tão impressionante para mim que não o deixei sair até que me contasse como havia feito aquilo. A quarta coisa que esse membro fez foi me levar para a igreja, a uma reunião de testemunhos das quartas-feiras à noite, e eu queria muito saber mais a respeito de como as pessoas estavam usando a Ciência Cristã para curar a si mesmas e a outros.

Em geral, como você se prepara metafisicamente para essas reuniões nas igrejas filiais?

Uma das coisas com a qual trabalhamos no início das nossas reuniões é com um poema de autoria da Sra. Eddy: “ ‘Apascenta as minhas ovelhas’ ”, porque ele fala sobre sermos mais públicos em nossa prática de cura e também a respeito de como os membros podem, coletivamente, ter um ministério de cura mais público. “Mostra, Pastor, como andar / Sobre a escarpa além, Teu rebanho pastorear / E cuidá-lo bem” (Mary Baker Eddy, Hinário da Ciência Cristã, 304 © CSBD). Esse hino sempre me faz pensar em Jesus e sua última refeição matinal com os discípulos, na praia do mar de Tiberíades, quando ele pergunta repetidas vezes a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas”? Três vezes ele lhe pergunta e, a cada vez que Pedro diz: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”, Jesus responde: “Apascenta as minhas ovelhas. Se me amas, apascenta as minhas ovelhas” (ver João 21:15-17). Por isso, hoje em dia, quando reflito sobre discipulado, penso: “Será que amamos o suficiente? Estamos sendo discípulos? Amamos a Deus? Amamos nosso próximo como a nós mesmos? Amamos a Jesus? Amamos nossa Líder, Mary Baker Eddy? Estamos apascentando as ovelhas? Nossas igrejas estão apascentando as ovelhas”?

Quando Daniel estava no Reino Unido, conversou com os membros de uma igreja filial sobre essas ideias e foi ao culto dominical dessa igreja no dia seguinte. Ele comentou que foi um culto muito dinâmico. O Primeiro Leitor veio até ele depois do culto e lhe disse: “Você viu quantos visitantes tivemos”? Para eles isso foi maravilhoso e lhes deu uma prova imediata do poder que o pensamento dos membros tem para mudar sua experiência na igreja.

Essa é uma boa ilustração do pensamento em movimento que você mencionou anteriormente.

Concordo. Você deve se lembrar de que o Conselho de Diretores nos pediu para ler o sermão de dedicação da Sra. Eddy: “ ‘Escolhei vós’ ” (ver The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], pp. 3–6), em preparação para a Assembleia Anual de 2014 [e de 2015]. Antes de irmos a uma reunião em uma igreja filial, pedimos que os membros estudem continuamente esse sermão e também aquela passagem que consta do topo da página 136 de Ciência e Saúde, a qual já mencionamos anteriormente. Ao trabalhar com essas duas referências juntas, sinto que elas falam a mim com muita força sobre o que constitui o discipulado. Que escolhas estamos fazendo? Como indivíduos, estamos escolhendo assistir a um programa de televisão ou estamos optando por orar a respeito do Ebola, ou de qualquer outro mal que atualmente esteja afligindo nosso mundo? Como membros da igreja, pode ser que também nos perguntemos: “Estamos escolhendo dar nossos recursos (nosso pensamento e bens financeiros) para a manutenção de um edifício ou estamos escolhendo usar esses recursos para curar nossa comunidade dos problemas que enfrentam”? Não que essas ações se excluam, não estou dizendo que isso aconteça, mas, algumas vezes, pode ser que sim.

Estamos orando e curando aqueles entre nós que estejam enfrentando desafios? Podemos falar sobre curar a comunidade e o mundo, mas estamos demonstrando união e um amor semelhante ao do Cristo em nossas próprias famílias e igrejas?

Fico muito feliz por você ter mencionado isso. Esta declaração de Mary Baker Eddy me veio ao pensamento: “Deveis... amar especialmente os irmãos. Deveis reunir-vos com eles, animá-los em seus labores, apontar-lhes o caminho do amor e mostrar-lhes esse caminho, vós mesmos amando em primeiro lugar e esperando pacientemente que eles vos acompanhem nesse grande passo, amando-vos uns aos outros e andando juntos”. Então, ela acrescenta: “É isso que o mundo tem de ver, para que possamos convencê-lo das verdades da Ciência Cristã” (Mary Baker Eddy: Uma Vida Dedicada à Cura, p. 157). Portanto, você está certa quando pergunta se estamos amando e cuidando uns dos outros.

Val, parece-me que em seu trabalho você e seu departamento estão fazendo isso em grande escala: reunindo-se com os membros, encorajando as filiais em seu trabalho e “aponta[ndo] o caminho do amor.” Gosto da maneira como a Sra. Eddy expressou isso! Algumas vezes eles enfrentam desafios que tentariam deter ou impedir seus esforços de colocar a cura em primeiro lugar.

Uma das coisas com as quais contribuímos para esse trabalho é uma perspectiva global: percebemos que os desafios enfrentados pela igreja em Walla Walla, Washington, não são muito diferentes daqueles enfrentados por uma igreja em Berlim, Alemanha. Podemos considerar esses desafios como um diagnóstico ou podemos considerá-los como imposições impessoais sobre a ideia espiritual de Igreja, com “I” maiúsculo.

Para mim, é interessante que uma das definições da palavra diagnóstico seja: “a identificação da natureza de uma doença ou de outro problema, por meio da análise dos sintomas”. Portanto, será que queremos focar na análise de sintomas, tais como desunião, diminuição do número de membros, falta de recursos, apatia, etc.? Ou será que, em vez disso, trazemos à luz a verdadeira natureza da cura espiritual da Igreja? Qual dessas abordagens traz cura e nos faz progredir? Qual desses enfoques nos une e fortalece, e abençoa outras pessoas?

É muito importante estarmos cientes de que os argumentos que vêm a nós como uma resistência ao Cristo sanador, ou Verdade, nada mais são do que diagnósticos humanos.

Correto. Se pensarmos: “A razão pela qual não estamos progredindo é porque agora a sociedade está muito secular e ninguém está mais interessado em ir à igreja”, isso é um diagnóstico. Se o aceitamos, então estamos com um problema, pois isso pode ser uma justificativa para nos sentirmos desanimados e inativos. Mas o progresso exige ação; não o tipo de ação que nos mantém super-ocupados, mas o tipo de ação que cura. A ação mental inspirada, profunda, realizada pela oração; a ação mental que enfrenta os desafios de uma comunidade e os cura, que identifica os obstáculos ao nosso progresso e os remove mentalmente.

Há também algo que é único a respeito do trabalho que se faz na igreja. Esse trabalho requer demonstração coletiva, disposição de trabalhar em conjunto e provar ativamente que os filhos de Deus são um em Cristo. Nem sempre é fácil, mas é uma alegria quando estamos dispostos a realizar o trabalho! Hoje, mais do que nunca, necessitamos uns dos outros. E o mundo precisa de nós. O mundo necessita ver e sentir o poder do amor.

Gosto de orar com esta ideia: A Igreja é de Deus; é uma ideia espiritual. E a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “Uma ideia espiritual não contém nem um só elemento do erro, e essa verdade remove devidamente tudo o que é nocivo” (p. 463). Assim, se houver alguma imposição, interna ou externa, sobre a qual uma igreja esteja orando, isso é nocivo à ideia espiritual de Igreja. Quando oramos com a verdade sobre o que a Igreja é, e compreendemos claramente o que a Igreja inclui e o que ela não inclui, essa imposição não pode permanecer.

É útil lembrar que estamos lidando com todas essas questões inteiramente no plano mental, no pensamento, e esse é o único lugar em que elas podem ser curadas.

Exatamente. Devo mencionar que uma das imposições que vemos é que 45 por cento das nossas igrejas não possui, entre seus membros, um Praticista da Ciência Cristã registrado no Journal. Pode ser que os membros não considerem que isso seja particularmente um problema, mas, em realidade, um praticista não seria a prova de que nessa igreja há a dedicação coletiva à cura espiritual?

Não posso deixar de me perguntar como a Sra. Eddy pensava a respeito disso, visto que ela escreveu no Manual da Igreja que um dos requisitos para se organizar uma igreja é que tenham pelo menos um praticista registrado no Journal (ver p. 73). Esse é um dos desafios sobre os quais podemos conversar durante as reuniões nas igrejas. Se no momento não há um Praticista da Ciência Cristã em sua filial, como é possível reverter essa situação?

Talvez possamos dizer que cada membro da igreja é um Praticista da Ciência Cristã, quer esteja registrado no Journal, ou não.

E é assim que deveria ser. Ter um praticista na igreja certamente não significa que o restante dos membros não esteja curando e aceitando casos. O que ouvimos os membros dizendo é: “O Manual diz que precisamos de um praticista registrado no Journal apenas quando uma igreja começa a se anunciar no Journal. E nossa resposta é: “Mas nossas igrejas não se renovam a cada dia”?

Penso que as exigências para que uma igreja se anuncie no Journal são exigências mínimas que ajudam a garantir o êxito da igreja: Dezesseis Cientistas Cristãos leais, dos quais quatro devem ser membros dA Igreja Mãe e ao menos um praticista ativo que se anuncie em The Christian Science Journal (Manual da Igreja, pp. 72–73).

Parece-me que nas reuniões nas igrejas filiais e durante as mesas-redondas com praticistas da Ciência Cristã, as quais ocorreram no Campo de Ação no ano passado e início deste, vocês conversaram sobre esse Estatuto da Igreja que determina que as filiais precisam ter pelo menos um praticista.

Sim, conversamos! Essas mesas-redondas ajudaram a romper qualquer resistência ou impedimento ao nosso progresso na prática individual de cura. E as reuniões nas filiais permitem que todos nós analisemos, sob uma nova perspectiva, as expectativas de nossa Fundadora, as de que a razão para que uma filial exista, em primeiro lugar, seja a de derramar a verdade e o amor que trazem a cura, não apenas para a congregação, mas também para aquelas pessoas da comunidade que estão prontas e receptivas.

Imagino que uma das coisas sobre as quais vocês conversam seja a timidez em aceitar casos.

Sim, e as mesas-redondas com praticistas abordaram essa questão. Quando participei de uma mesa-redonda com praticistas da Ciência Cristã, enquanto ouvia os outros falando sobre os obstáculos que enfrentavam para se manterem na prática pública, veio-me muito claramente ao pensamento que o que se exige de nós é que consintamos em aceitar casos. Se consentimos, estamos dizendo: “Deus, eu Te confio a minha prática, porque sei que tudo o que se apresentar para mim terá sido enviado por Ti, e terei tudo de que necessito para poder ajudar”.

Naquela mesma noite, recebi uma mensagem de texto da minha sobrinha me pedindo que orasse para seu bebê de três meses, que estava chorando e parecia estar sentindo dor. Ela não estuda a Ciência Cristã, mas sabe que eu estudo. E ela me disse: “Não sei o que fazer”. Imediatamente lhe enviei uma mensagem de volta, dizendo-lhe que eu oraria pelo bebê, e depois escrevi: “Apenas leve-o para um quarto silencioso e nine-o, cantando suavemente para ele”. Pedi-lhe que entrasse em contato comigo em dez minutos, para me dizer como o bebê estava passando. Eu sabia que podia esperar uma cura rápida.

Em seguida, orei. Volvi-me a Deus de todo o coração e disse: “Muito bem, Pai-Mãe, dei o meu consentimento e agora apenas ouvirei o que Tu conheces sobre esse doce bebê e sua mãe”. E Deus preencheu meu pensamento e me assegurou de que aquele bebê estava totalmente sob Seus cuidados e era tocado somente pelo Seu amor, e por nada mais. Eu estava totalmente certa de que Deus estava realizando a cura e de que eu precisava apenas me aquietar e continuar afirmando o que Deus sabia sobre aquela criança.

Logo me senti completamente em paz e pude sentir o quanto Deus amava aquele bebê, o quanto Deus estava cuidando do bebê e de sua família, e que não havia nada ali interrompendo a harmonia. Cerca de 15 minutos após ter recebido a primeira mensagem de minha sobrinha, ela me enviou uma foto do bebê dormindo um sono tranquilo. Tudo estava bem. Senti-me profunda e humildemente grata por ter ajudado.

Que exemplo maravilhoso da cura rápida que desejamos realizar constantemente!

Isso é parte do nosso discipulado. No momento, não sou uma praticista registrada no Journal, mas, fiz o Curso Primário de Ciência Cristã e, por isso, estou bem preparada para curar.

Às vezes, precisamos, com toda honestidade, nos fazer algumas perguntas importantes. Acreditamos realmente na totalidade de Deus e naquilo que lemos em Ciência e Saúde? Acreditamos na Sra. Eddy quando ela nos diz que a Ciência Cristã é o Consolador, o Confortador prometido? Se acreditamos e também desejamos obedecer aos dois grandes mandamentos que Jesus nos deu, os de amar a Deus e amar nosso próximo como a nós mesmos, então as próximas perguntas talvez sejam: “Como posso amar mais? Qual é a minha função? Como posso trabalhar com meus colegas Cientistas Cristãos no sentido de utilizar esta Ciência para abençoar e curar? Para mim, uma das respostas a essas perguntas é a Igreja! Às vezes, ficamos tão distraídos com as preocupações deste mundo, quer estejam relacionadas ou não com a igreja, que precisamos simplesmente tomar consciência de nossas oportunidades presentes!

Isso me lembra daquilo que Paulo diz em sua epístola aos Romanos: “...já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Romanos 13:11).

Bem, isso me leva a outra questão. Uma das coisas sobre as quais conversamos durante essas reuniões é a necessidade de os membros enfrentarem juntos o magnetismo animal, que sempre deseja, de alguma maneira, nos fazer dormir, nos fazer acreditar que não podemos curar ou que não estamos curando como costumávamos fazer, ou tenta nos dividir, nos separar de Deus e uns dos outros, ou separar as filiais dA Igreja Mãe. Mas, em realidade, essa divisão é um ataque ao Cristo, pois acaso não é a demonstração coletiva da igreja a demonstração da unidade do Cristo, de nossa filiação coletiva com Deus? Portanto, se algo em sua igreja filial está causando divisão, vença o magnetismo animal e isso trará a cura.

O primeiro Secretário dA Igreja Mãe, William B. Johnson, geralmente fazia três perguntas quando respondia as cartas de pessoas que lhe escreviam perguntando como poderiam começar a se anunciar como uma Sociedade de Ciência Cristã. Primeiro, ele perguntava sobre o trabalho de cura dessas pessoas: “Vocês estão curando o doente e reformando o pecador”? Segundo, ele perguntava se elas tinham membros suficientes para fazer o trabalho, uma pergunta muito prática! E terceiro, ele perguntava se os membros compreendiam suficientemente a Ciência Cristã para entender a necessidade de orar diariamente para enfrentar o magnetismo animal que tentaria impedir a Ciência Cristã de estar presente na comunidade. Em outras palavras, orar para destruir quaisquer sugestões de desânimo, dúvida, medo e desunião, entre outras coisas, por meio de sua compreensão da totalidade de Deus, o bem. (Essa é uma paráfrase que resume o que ele disse a várias pessoas que lhe enviaram perguntas).

Ele encerrou uma carta com esta frase: “É necessário curar, curar, curar, e se a cura não estiver constantemente sendo realizada, a mera organização de uma igreja não contará muito para o êxito da nossa causa” (William B. Johnson para Olive Weymouth e outros, 25 de julho de 1903, Clerk’s letterpress books, Organizational Archives of The Mother Church).

Essa é uma mensagem muito clara! 

Sim, é, e um bom chamado de alerta. Esperamos com muita alegria nos inteirar de como nossos membros e filiais estão trabalhando juntos nessa trajetória de luz. Desde que essas reuniões nas igrejas filiais começaram, temos recebido notícias das filiais relatando o progresso imediato e transformador que estão vivenciando. Desejamos receber mais notícias! Quando as filiais começam a trabalhar com essas ideias, nós as encorajamos a entrar em contato conosco para nos contar a respeito de seu progresso e de como estão caminhando juntos como uma igreja de sanadores!

Estamos juntos nessa jornada, essa é nossa vigília.


Gostaríamos muito de receber notícias suas! Por favor, queiram nos enviar um e-mail contando—nos como os membros de sua filial estão se dedicando à missão sanadora da igreja. Nosso e-mail é: tmcbranch@csps.com. Se sua igreja filial está interessada em saber mais sobre essas reuniões, ou em um moderador dA Igreja Mãe, basta acessar nossa página na Internet: http://christianscience.com/igreja-de-sanadores.

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