Era verão e decidimos sair de férias com vários membros da nossa família e ir para Carmelo, uma cidade pequena e tranquila que fica no interior do Uruguai. Isso nos permitiria descansar e passar alguns dias juntos em família.
Assim que nos instalamos no hotel, meus pais ficaram no quarto e fui para a piscina com meus primos e meus tios. Quando entrei na piscina, não percebi que havia um degrau e torci o pé direito. Naquele momento, comecei a orar como havia aprendido na Escola Dominical da Ciência Cristã, sabendo que a dor não era real porque Deus não a criou, e que nada poderia me impedir de desfrutar daquele momento agradável com meus primos. Depois de alguns minutos a dor desapareceu, e nós continuamos a nos divertir na piscina.
Estávamos brincando e tirando fotos, mas, de repente, quando estava caminhando para trás, dei um passo em falso, escorreguei e meu pé não alcançou mais o fundo da piscina. Como eu não sei nadar, comecei a afundar e já não conseguia mais manter a cabeça fora da água.
No momento em que senti que estava me afogando, veio-me a ideia de que Deus me guia e cuida de mim o tempo todo, o que me deu a segurança de que acidentes não são reais no reino de Deus. Nesse ponto, perdi a consciência e não vi nem ouvi mais nada.
Mais tarde, me contaram que, depois de vários minutos, meus tios conseguiram me tirar da piscina e me deitaram no chão, para que pudessem me reanimar. Fiquei inconsciente por cerca de dez minutos. Minha tia chamou minha mãe e contou a ela o que havia acontecido, e que eu não estava recuperando a consciência. Minha mãe permaneceu calma, colocando toda a sua confiança em Deus, sabendo que Ele estava cuidando de mim o tempo todo. Ela declarou e insistiu firmemente na Verdade, refletindo sobre o que Mary Baker Eddy diz, em parte, em sua definição de Crianças / Filhos: Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 582).
Todos em minha família somos estudantes de Ciência Cristã. Meus pais, meus tios e minhas primas oraram por mim desde o começo, declarando as verdades espirituais que aprendíamos na Ciência Cristã fazia muito tempo.
Quando minha mãe chegou ao meu lado, ela me disse ao ouvido: “Sebá, mamãe está aqui, está tudo bem! Deus está cuidando de você”! Minutos depois eu reagi, segurando fortemente a mão dela. Não me lembro de nada do que aconteceu durante os minutos que passaram entre o momento em que perdi e recuperei a consciência.
O pessoal do hotel chamou os paramédicos, os bombeiros e a polícia. Quando os paramédicos chegaram, eles constataram que eu havia recuperado a consciência, que não havia engolido água e que conseguia responder corretamente, e sem titubear, todas as perguntas que me faziam. Eles não me deram nenhum tipo de medicação e recomendaram apenas que eu ficasse de repouso.
Mais tarde, consegui telefonar para meus irmãos, que também são Cientistas Cristãos e, embora estivessem a muitos quilômetros de distância, já haviam tomado conhecimento do que havia ocorrido. Conversei sem nenhuma dificuldade com cada um deles.
À noite, quando fui para o quarto, eu estava febril. Por isso, meus pais e eu oramos juntos novamente, reconhecendo que minha saúde era permanente, que minha vida refletia a harmonia imutável de Deus e que nada poderia me afetar, porque a Mente divina nos protege o tempo todo. Foi então que o Hino 350 do Hinário da Ciência Cristã me veio à mente. Havíamos cantado esse hino muitas vezes nos cultos de nossa igreja. Esse hino diz, em parte:
Quando no Amor confiamos
E em Deus nos apoiamos,
A Verdade, o bem vem dar-nos,
Vai tudo bem.
(Mary Peters, adaptação e tradução © CSBD)
Outra ideia que nos ajudou a permanecer calmos e a saber que tudo estava bem se encontra na Bíblia: “...pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos...” (Atos 17:28). Portanto, não precisávamos ter medo de nada.
Depois de orarmos por algum tempo, a febre cedeu. Conversei com minha mãe sobre o que havia acontecido e compreendemos que havíamos conseguido provar, como em outras circunstâncias, que nada nem ninguém poderia se interpor entre mim e Deus. Minha mãe me disse: “Viu como Deus chegou até você antes da mamãe”! Mas eu respondi com convicção: “Não! Ele já estava lá comigo”!
Como tudo havia acontecido em um local público e em uma cidade relativamente pequena, esse incidente não passou despercebido. Pessoas haviam testemunhado o que havia acontecido ali e assim as notícias se espalharam de boca em boca. Por isso, enquanto estivemos no hotel, ao verem a mim ou minha família, as pessoas perguntavam sobre o ocorrido e mostravam interesse em saber como eu estava me sentindo.
Na manhã seguinte, minha família me perguntou se eu desejava continuar passando as férias ali ou se preferia voltar para casa. Minha resposta foi que não havia nenhuma razão para acabar com as férias antes da hora.
Com essa experiência compreendi e comprovei, uma vez mais, o que estou aprendendo na Escola Dominical a respeito da Vida ser ilimitada; visto que sou o reflexo perfeito de Deus, eu expresso a Vida e, portanto, nós poderíamos continuar desfrutando cada momento, agradecendo a Deus pelas experiências que vivenciamos com completa vitalidade.
Sebastián Grigera Casa, Montevidéu
Original em espanhol
