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Original para a Internet

Animosidade política — não se deixe influenciar

Da edição de outubro de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 23 de agosto de 2018.


Recentemente, muita coisa tem sido escrita sobre os “bots” (robôs da Internet, ou aplicativos de software que executam na própria Internet tarefas automatizadas), em especial os robôs russos que se infiltram na mídia social e espalham informações falsas com o intuito de fomentar dissensões e divisões entre os cidadãos. Nos Estados Unidos, por exemplo, tal atividade é como atirar mais lenha ao fogo, em uma nação que muitos acham que já está extremamente polarizada em relação à política.

Estão sendo feitos muitos esforços para alertar o público, esforços que identificam e denunciam as contas de mídia social operadas por robôs, muitas vezes disfarçados de humanos. Tudo isso para que as pessoas não sejam enganadas pela intenção divisionista dessas mídias. É importante perceber essa intenção oculta e malévola, que visa a minar o bem e a incentivar as divergências. Mas a Ciência Cristã, a lei do bem eterno, vai ainda mais fundo e revela a raiz do problema, mostrando que essa é uma influência enganadora proveniente daquilo que é denominado “magnetismo animal”.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras,Mary Baker Eddy explica que o magnetismo animal é “a crença errônea de que a mente esteja na matéria e que seja tanto má quanto boa; que o mal seja tão real como o bem, e mais poderoso” (p. 103); por conseguinte, e pela lógica, a única força verdadeira com a qual podemos nos defender dessa crença é compreender que Deus é a Verdade todo-poderosa e sempre presente. A Ciência Cristã revela que o magnetismo animal não tem poder, porque não tem nenhuma autoridade proveniente de Deus, o bem, que é infinito. Com fidelidade à nossa devoção a Deus e ao fato de que Ele é o bem eterno, podemos confiar nEle, sabendo que Ele nos dotou com a percepção que nos adverte antecipadamente do perigo, e nos defende, impedindo assim que qualquer esforço do mal invada nossa demonstração de liberdade espiritual.

Podemos constatar como a compreensão espiritual, fundamentada na Verdade divina, está plenamente preparada para identificar e aniquilar toda persuasão mental agressiva. Quando vencemos, por meio do poder da Verdade, tentações pecaminosas, tais como a desonestidade, a luxúria, a infidelidade, a vontade cega do ego, ou uma moral fraca, estamos contribuindo para que haja menos dessas falsas persuasões no mundo. O mesmo vale para nossa vitória sobre a tentação de reagir diante das notícias políticas do dia, sejam elas verdadeiras ou não! Quando rejeitamos o impulso de reagir e o controlamos, comprovamos a onipresença de Deus e a verdade de que o homem, como a semelhança espiritual de Deus, tem domínio. A compreensão de que o mal, sob qualquer forma, ou qualquer pensamento agressivo, é simplesmente uma sugestão não inteligente, nos leva a exercer nosso domínio.

A Bíblia nos adverte: “Guardai-vos não suceda que o vosso coração se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos prostreis perante eles” (Deuteronômio 11:16). Se tivermos opiniões políticas demasiado extremas, esses “outros deuses” talvez possam ser identificados como obstinação, ódio, presunção de retidão pessoal ou preconceito. Quando ficamos desenfreados a respeito de posições políticas que ocupam nosso pensamento, sem ser reprimidos por um senso de humanidade, amor e moderação, somos tentados a entrar em estado de guerra contra aqueles que têm opiniões diferentes das nossas. Esse tipo de conduta equivocada pode nos privar do nosso domínio e integridade espirituais. É preciso coragem moral e amor genuíno a Deus e ao homem para nos elevar acima da tentação de nos unirmos à multidão cujos pensamentos estão polarizados.

A Ciência Cristã revela que o magnetismo animal não tem poder.

Eu estava conversando com um amigo que conheço há muitos anos. A certa altura surgiu o tema da política e meu amigo expressou sentimentos muito fortes, condenando vários políticos e um determinado partido. O tom de sua voz era amargo e cheio de ódio. Esse comportamento era totalmente contrário ao seu temperamento costumeiro. Isso me colocou momentaneamente na defensiva, mas compreendi de imediato que essa não era sua identidade verdadeira. Pude ver que sua atitude era um erro impessoal, tentando se afirmar como pensamentos, sentimentos e palavras de meu amigo, e também tentando agir como se essa fosse sua identidade humana. Mas a atitude dele não me abalou.

À medida que a conversa prosseguiu, ficou claro que ele estava repetindo pensamentos que vinham de outras pessoas. Esses pensamentos não haviam se originado nele, e ele não os havia analisado com atenção. E não é exatamente assim que funciona o contágio mental? apresentando-se como se fosse nosso próprio pensamento e incitando preocupações baseadas em desarmonia e medo?

Ao invés de discutir com meu amigo sobre seus pontos de vista, ou mesmo tentar mudar sua maneira de pensar, naquele momento refleti silenciosamente sobre o Cristo, a Verdade, afirmando a bondade que era inerente a meu amigo. Essa reflexão logo ampliou-se de tal maneira que incluí os políticos a quem ele estava se referindo, tanto os políticos pró como os contra. Eu tinha a escolha de reagir humanamente àquela onda de ódio e suspeita ou de responder espiritualmente, volvendo-me a Deus para ouvir qual seria a resposta dEle. Isso me capacitou para ser o agente de cura naquele momento, afirmando que a Mente única governa sua criação inteira com amor inteligente. A onda de reação humana simplesmente ricocheteou contra a parede feita das verdades espirituais das quais eu era conhecedor, e cessou. Nós então passamos para outros assuntos e nos despedimos como amigos, com um abraço.

Depois daquela ocasião, meu pensamento ficou mais esclarecido ao recorrer de novo a Ciência e Saúde e ler: “Na Ciência da Mente, em breve constatarás que o erro não pode destruir o erro. Aprenderás também que na Ciência não há transmissão de sugestões malévolas de um mortal a outro, porque existe só uma Mente, e essa Mente sempre presente e todo-poderosa é refletida pelo homem e governa o universo inteiro” (pp. 495–496).

A prática genuína da Ciência Cristã nos oferece a capacidade de rejeitar o mal sob todas as formas com base no fato de que ele não tem poder. Hoje em dia, existem muitas causas nas quais vale a pena nos alistarmos. Quanto a mim, constatei que a que merece nossa maior colaboração é a Causa da Ciência Cristã, que me mostra como rejeitar (às vezes com alguma luta) a tentação de reagir com raiva à injustiça, à vontade cega ou à fraude e, em vez disso, reafirmar a lei de Deus, vivendo e provando assim o que Ciência e Saúde identifica como o “reino e o governo da harmonia universal” (p. 208).

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