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Original para a Internet

Ceder à autoridade de Deus

Da edição de agosto de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 17 de maio de 2021.


Cristo Jesus disse: “…o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5:19).

Jesus não disse que não podia fazer nada, mas que, sem o Pai celestial, ele não tinha poder algum. Deixou claro que Deus era a autoridade suprema sobre suas palavras e obras. E conforme se encontra no Evangelho de Mateus, ele “…ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (7:29). 

Do mesmo modo que a confiança na bondade de Deus habilitou Jesus a curar, a Ciência Cristã explica como podemos, nos dias de hoje, confiar em nossa compreensão da autoridade suprema de Deus para curar, tanto a nós mesmos quanto aos outros.   

“Para alcançar o céu, a harmonia do existir, temos de compreender o Princípio divino do existir”, explica o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy (p. 6). Esse livro prossegue, esclarecendo que toda lei procede do Princípio, que é outro nome para Deus. Sendo infinito, eterno e completamente bom, o Princípio não deixa espaço para o mal; e o reconhecimento do todo-poder, ou seja, da onipotência do Princípio divino, é a base para a cura. 

Tenho um exemplo de algo que aconteceu comigo: quando meu marido e eu adquirimos um filhotinho de cachorro, discordávamos quanto ao modo de disciplinar o cachorrinho. Ao mesmo tempo, estávamos cuidando, por uma semana, dos dois cachorros que pertenciam a meu filho. E me parecia que ninguém me dava atenção; nem os cachorros, nem, muito menos, meu marido. Senti-me sem autoridade alguma.  

Um dia, ao final da tarde, enquanto caminhávamos com os três cães, eu estava indo à frente com um deles pela correia, e meu marido com os outros dois. De repente, o cachorro com o qual eu estava caminhando disparou, e eu, naquela velocidade, caí sentada e a seguir bati a cabeça no chão. Assustada e com dor por todo o corpo, voltei-me a Deus, orando. 

Ao chegar em casa, liguei para uma praticista da Ciência Cristã, para que me ajudasse por meio da oração. Quase imediatamente após falar com ela, passou todo o medo e a cabeça parou de latejar, mas a dor no cóccix e na parte inferior da coluna continuou. E era muito doloroso sentar-me.  

Enquanto isso, eu estava em luta com o pensamento de que era necessário disciplinar nosso cachorrinho, e que eu é que teria de treiná-lo, já que meu marido parecia não estar interessado em fazer coisa alguma nesse sentido. Pensando em disciplina como algo a ser imposto, eu estava tentando controlar a situação por meio da vontade humana.

Por todo o tempo em que permaneci presa à falsa crença de que cada um de nós tem uma mente própria, separada de Deus, era como se minhas orações fossem centradas em mim mesma, e carecessem de inspiração. Mas lembrei-me do fato fundamental de que Deus, o Princípio perfeito, é o único poder. Apesar das aparências, a verdade espiritual é que cada uma das criaturas de Deus é governada pela sabedoria e pelo amor; e cada uma das ideias de Deus, expressa sabedoria e amor. Diante dessa compreensão, desapareceu toda a dor, e a cura física foi completa. 

Durante os vários dias a seguir, pensei bastante sobre quem tem real autoridade. Naquele caso, parecia que um cachorro desgovernado havia tomado o controle da situação, e em seguida meu corpo ficara sob as restrições impostas pelo machucado e pela dor. Mas eu sabia que, do ponto de vista espiritual, tudo o que Deus cria está sempre operando de acordo com as leis divinas da harmonia. E, sendo o Princípio a base da disciplina, esta não pode ser comprometida ou prejudicada por nada. 

Ao reconhecer que tanto os cachorros, quanto meu marido e eu mesma, só podíamos agir sob a autoridade divina, meu senso errôneo de autoridade pessoal se corrigiu. Tive a certeza de que cada um de nós apenas podia ouvir e obedecer à direção amorosa dada por Deus. Ao perceber claramente que eu não necessitava de, pela vontade humana, impor um senso de ordem, senti-me preparada para ouvir humildemente as mensagens de paz, saúde e harmonia, vindas do Amor divino. Desse modo abriu-se o caminho para meu marido e eu resolvermos nossas diferenças quanto ao treinamento de nosso cãozinho. 

Uma das maneiras como gosto de pensar na autoridade de Deus é ver que a compreensão da autoridade divina é, na verdade, a única voz a falar comigo. Desse modo, consigo silenciar pensamentos que não provêm de Deus, tais quais as sugestões de doença e desarmonia. E em nossas interações com os outros, é bom sabermos que a única voz a falar com eles também é a de Deus. 

As confortadoras mensagens do Amor, emanando a supremacia do bem, para transformar e reformar o pensamento e silenciar os caprichos da vontade, estão sempre com todos nós. Existe um lindo hino, cujo primeiro verso explica esse ponto assim: 

Não o que sou, mas
o que és, Senhor,
Só isso faz
minh’alma repousar;
Não temo mais, pois eis
que Teu amor
Meu peito aflito
veio serenar.

(Horatius Bonar, Hinário da Ciência Cristã, 195, trad. © CSBD)

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