Sentada no topo da Colina de Marte, o Areópago, com vista para a Atenas moderna, à sombra da majestosa Acrópole, eu via a luz tênue do amanhecer a despontar no horizonte. Meus companheiros de viagem e eu conversávamos sobre como devia ter sido a ocasião em que Paulo estivera ali, falando aos atenienses, muitos séculos antes.
Enquanto conversávamos sobre Paulo, um homem aproximou-se e sentou-se perto de nós. Percebi de repente sua presença e parei de falar. Ele disse: “Continue, ouvi vocês falando de Paulo e quis escutar”. Acabamos trocando ideias sobre os ensinamentos de Cristo, e meus companheiros e eu sentimos que estávamos tendo uma experiência semelhante à de Paulo — sentados no Areópago, falando sobre como a luz do Cristo havia transformado nossa vida — enquanto os primeiros raios do dia iluminavam a paisagem.
O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, traz uma importante pergunta sobre o despontar do Cristo na consciência: “Acredita-se no sábio de hoje, quando ele avista a luz que anuncia o eterno alvorecer do Cristo e lhe descreve o fulgor?” (p. 95). Talvez, às vezes, tenhamos passado por uma experiência como essa, em que um conceito espiritual em nosso pensamento tenha atraído outras pessoas, como aconteceu naquele dia em que meus amigos e eu estivemos na Colina de Marte, em Atenas. Mas com que frequência falamos sobre nossas inspirações e estas não são compreendidas?