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Proteger nossa riqueza

Da edição de abril de 2025 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 12 de dezembro de 2024.


Para muitas pessoas, riqueza significa segurança. No entanto, lemos na Bíblia “…certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus” (Provérbios 23:5).

Podemos proteger nossas riquezas para que não criem asas? Sim! Mas, primeiro precisamos compreender o que elas realmente são.

Cristo Jesus ensinou que as riquezas permanentes não são coisas materiais. Ele disse: “…ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mateus 6:20).

Os tesouros celestiais têm a substância do Espírito; esses tesouros são qualidades morais e espirituais, como benignidade, amabilidade, fé, paciência, sabedoria, autocontrole e amor. Estes não se deterioram, nem podem ser roubados.

Como filhos de Deus, criados à Sua semelhança, incluímos, por reflexo, as qualidades, ou seja, as riquezas do Espírito. Não podemos ver a Deus nem a Sua criação com os sentidos materiais; precisamos do Cristo, a ideia espiritual, para perceber a presença e a substância do bem espiritual ilimitado. Com a compreensão que a Ciência Cristã proporciona à humanidade, acumulamos tesouros celestiais para nosso uso.

Ao expressarmos qualidades morais e espirituais, estamos investindo nelas e constatamos que rendem dividendos continuamente. Nosso crescimento espiritual e nossa prosperidade são constatados por meio de necessidades humanas sendo supridas. Jesus comprovou esse fato, ao alimentar a multidão com alguns pães e peixes e ao encontrar uma moeda na boca de um peixe.
É importante distinguirmos entre a verdadeira e a falsa riqueza. O mundo nos tenta a acreditar que a segurança está no dinheiro, em investimentos e em imóveis, e a buscar a felicidade nos prazeres sensuais. No entanto, o que é material ou sensual está sujeito à decadência e à perda.

Os tesouros espirituais não se degradam. Entretanto, precisamos proteger nossa compreensão e demonstração contra tudo que pareça levá-los embora. Precisamos permitir que o Cristo, a Verdade divina, nos eleve acima da ignorância, da extravagância, da autoindulgência, do rancor, do orgulho e da atração pelos prazeres materiais.

O Manual da Igreja, de autoria da Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, nos ensina como proteger nossa saúde financeira. O Capítulo XXIV, “Custódia e administração dos fundos pertencentes à Igreja”, declara que “Deus exige que a sabedoria, a economia e o amor fraternal caracterizem todos os atos dos membros dA Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista” (p. 77).

Deus exige sabedoria

É sensato termos algum conhecimento sobre finanças, crédito, dívidas, orçamento, investimentos e coisas afins, assim como é necessário aprender a usar um computador, dominar as ferramentas de nossa profissão, saber cuidar de uma casa ou de um negócio. Mas a sabedoria, os métodos e os meios humanos não têm o poder de nos proteger da desonestidade, da fraude, ou do materialismo agressivo que nos tenta a desperdiçar nossos recursos em investimentos imprudentes ou gastos irracionais. Precisamos da sabedoria que provém de Deus. Sejamos humildes e busquemos em Deus a orientação necessária para administrar com segurança os assuntos de nosso dia a dia. E, se tivermos cometido algum erro, Deus está aqui para nos ajudar a aprender o caminho certo e seguirmos em frente.

Há alguns anos, vi o anúncio de um banco de poupança e empréstimos que oferecia aplicações em títulos com juros elevados. Acreditando que bancos desse tipo eram confiáveis, fui em frente e comprei dois títulos, sem buscar a orientação de Deus; não me informei devidamente nem pedi conselhos de fontes especializadas. Aconteceu que o grupo que administrava esse banco se aproveitou de uma legislação vaga para cometer uma fraude. Assim como milhares de pessoas, eu também fiquei com títulos praticamente sem nenhum valor. O presidente do grupo acabou sendo preso.

Depois dessa experiência, voltei-me a Deus e orei para ser mais prudente em meus assuntos financeiros e chegar a um senso de suprimento mais elevado. Com o que aprendia na Ciência Cristã, compreendi que nunca poderia perder o bem, porque Deus, a fonte de todo o bem, abençoa Sua criação constantemente. A Bíblia afirma: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tiago 1:17).

O bem que Deus concede é espiritual e nunca pode ser perdido ou roubado. Decisões equivocadas e atos criminosos fazem parte do sonho de vida, inteligência e substância na matéria, do qual podemos despertar. O Cristo, a verdadeira ideia de Deus, nos desperta para a compreensão do fato espiritual quanto ao suprimento de Deus e nossa perfeição como Seus filhos.

Nos dois anos seguintes, continuei a buscar a Deus. À medida que prestava atenção a Suas ideias e seguia em frente, a inspiração do Cristo suavemente preencheu a lacuna em minha compreensão sobre suprimento, até eu perceber com mais clareza que Deus, o Espírito, nos dá tudo, e que eu tinha tudo o que Deus dá. Tudo ficou bem, tanto emocional quanto financeiramente.

Deus exige economia

Economia é usar os recursos com sabedoria. Um dos principais benefícios de seguir a exigência de Deus quanto à economia é que ela requer que expressemos autocontrole, um dos frutos do Espírito. O verdadeiro governo de si mesmo nos protege dos impulsos terrenais, da vontade do ego e da gratificação do ego. Inclui o bem, a temperança, a moderação e o desprendimento do ego. Quando subjugamos o senso material e a vontade mortal, ficamos livres para reconhecer e expressar nossa verdadeira individualidade como filhos e filhas de Deus, o Espírito infinito.
A economia é também uma expressão de amor para com os outros. Quando nos recusamos a ceder a interesses egoístas, ficamos livres da ganância e voltamos nosso pensamento ao próximo.

Deus exige amor fraternal

Ser sábio, cauteloso e amar ao próximo, em obediência à orientação de Deus, não nos empobrece. É a generosidade que protege e aumenta nossa segurança e bem-estar de todas as formas. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a Sra. Eddy afirma: “Dar não nos empobrece no serviço de nosso Criador, e reter tampouco nos enriquece” (p. 79).

O ato de dar deve ser governado tanto pela sabedoria como pela economia para ser verdadeiramente frutífero e benéfico. É o que a Sra. Eddy ensinou. “Dar apenas em resposta às solicitações ou aos pedidos de estranhos, incorre em estar sujeito a trabalhar em direções erradas…
“ ‘O amor é paciente, é benigno’, mas a sabedoria tem de governar a caridade, do contrário, o trabalho do amor se perde e o ato de dar deixa de ser benigno” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 231).
Quando me tornei praticista da Ciência Cristã em tempo integral, procurei ser sábia e cautelosa ao gastar meu dinheiro. Certa vez, uma organização que eu admirava solicitou uma doação significativa para um projeto especial. Meu amor pela entidade me impeliu a dar, embora não tivesse previsto esse gasto em meu orçamento. Pedi sabedoria a Deus para saber se deveria fazer a doação e com quanto deveria contribuir. Ao orar, uma determinada quantia me veio ao pensamento. Estava confiante em que Deus supriria o que me sentia impelida a dar, e fiz a doação. No final do ano, constatei que minha renda havia aumentado a ponto de cobrir todas as minhas despesas e mais esse gasto adicional.

Embora a filantropia inclua doar tempo e dinheiro a serviço de Deus e dos homens, ela é, acima de tudo, a expressão de amor, alegria, paz, bondade, esperança, fé, autocontrole — é o fruto do Espírito. A Sra. Eddy escreveu: “A benevolência e a filantropia começam com o trabalho e nunca param de trabalhar. Tudo o que merece ser reconhecido é o que fazemos, e o melhor de tudo não é bom demais, mas é economia e riqueza” (Miscellany [Outros Textos], p. 203).

Na Ciência Cristã, Deus exige sabedoria, economia e amor fraternal para proteger e aumentar nossa riqueza — nossos recursos espirituais e tesouros no céu — não apenas para que ela não crie asas e voe para longe, mas para que nós, A Igreja de Cristo, Cientista, e toda a humanidade possamos prosperar e progredir rumo ao Espírito.

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