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Original para a Internet

Deixemos de atirar pedras mentais

Da edição de junho de 2025 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de março de 2025.


Quantas vezes condenamos mentalmente quem possui uma opinião diferente da nossa, ou fez algo com que não concordamos?

Certa vez, um grupo de líderes religiosos trouxe a Cristo Jesus uma mulher que eles haviam condenado por adultério (ver João 8:1–11). Estavam decididos a apedrejá-la até a morte. Quando perguntaram a Jesus o que deveria ser feito, ele respondeu: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”. Com isso, os que desejavam apedrejar a mulher foram embora, um a um.

O que levou aqueles homens a mudarem de opinião e a deixarem de lado a mentalidade do apedrejamento? A resposta firme de Jesus fez com que cada um examinasse a própria vida. O seguinte conselho da Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, pode, de certa forma, descrever o que aconteceu: “Em paciente obediência a um Deus paciente, devemos labutar para dissolver, com o solvente universal do Amor, a dureza adamantina do erro — a vontade do ego, a justificação do ego e o amor ao ego — que faz guerra contra a espiritualidade e é a lei do pecado e da morte” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 242).

Tendo o “ego” como referência, estamos pouco dispostos a deixar de lado a percepção limitada de um mortal pecador, e aceitar a verdadeira natureza — espiritual e perfeita — da criação de Deus. No entanto, podemos tomar consciência desses pensamentos egotistas e reconhecer que a tendência a julgar e condenar alguém não está de acordo com o amor do Cristo, que Jesus expressou. Ele pôs em prática o que afirmou ser o segundo grande mandamento: amar o próximo como a si mesmo (sendo o primeiro amar a Deus). Jesus não fez nenhuma ressalva a esse mandamento, não disse “a menos que você tenha algum motivo para não amar”.

O Cristo, a identidade espiritual de Jesus, exemplifica quem realmente somos, de maneira que transforma a todos. Imbuídos dessas mensagens, podemos discordar de alguém sem condená-lo — ou seja, sem aceitar que o mal faça parte do filho de Deus. Podemos ter a certeza de que a verdadeira natureza de cada um é totalmente boa, mesmo quando a situação envolve pecado. Todos nós, da maneira mais apropriada para cada um, podemos atender a essa poderosa voz do Amor divino.

Como declarado no primeiro capítulo do Gênesis, o Amor divino, o Princípio, criou o homem espiritualmente, à semelhança de Deus. O onipotente Deus tem total autoridade e capacidade para guiar Seus filhos para um senso mais claro da própria verdadeira espiritualidade e perfeição. Como Ciência e Saúde afirma: “O Amor divino corrige e governa o homem” (p. 6).

É necessário termos sempre mais humildade para reconhecer que podemos deixar toda e qualquer correção a cargo de Deus. À medida que constatamos as possibilidades das justas soluções de Deus, vencemos a tentação de nos apegar a uma inflexível condenação mental. Passamos a refletir o bom senso do Amor — o discernimento que eleva nossa compreensão do que é certo ou errado. Além disso, essa qualidade de pensamento ajuda a revelar a harmonia permanente que Deus estabeleceu.

Depois que os líderes religiosos se retiraram, Jesus disse à mulher que não a condenava, e ordenou: “Vai e não peques mais”. A inspiração do Cristo havia revelado um caminho mais elevado não apenas àqueles homens, mas também à mulher.

Mesmo quando estamos lidando com leis humanas, podemos afirmar em nossas orações que Deus é amoroso e orienta. Quando alguém está enredado em pensamentos e ações pecaminosas, é nossa responsabilidade manter a nós mesmos em linha com o segundo grande mandamento do Amor. Essa vigilância não só nos eleva até nossa natural obediência ao Princípio divino, mas também eleva os outros a uma correção sanadora. Afinal, a perspectiva espiritual de Jesus libertou do pecado tanto a mulher quanto a multidão raivosa.

Com inúmeras situações políticas controversas, em todo o mundo, talvez sejamos tentados a acusar alguém que no cenário político fez algo errado — ou acreditamos que tenha feito. No entanto, tendo em mente o exemplo de Jesus, eu estou decidido a constantemente perguntar-me: “Vou atirar pedras ou vou amar?” A Sra. Eddy orienta: “Examinai-vos a vós mesmos com frequência e vede se há algum obstáculo para a Verdade e o Amor, e ‘retende o que é bom’ ” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos] pp. 128–129).

Essa ordem exige muito de nós. No entanto, se nossa atitude em relação a alguém, ou a uma situação, não for de amor espiritual, não estaremos obedecendo a Deus. O caminho do Cristo não é o caminho do ego. Tentar forçar uma correção com base em nosso próprio ego apenas dificulta a cura e a união. A atividade sanadora do Cristo, que nos permite ver muito além da aparência de um ego separado do bem que é Deus, não acontece de uma única vez, mas é contínua até que todo o erro seja eliminado. Nosso papel consiste em “nos agarrar” humildemente à Verdade a todo momento.

A cada dia, temos de optar por não atirar pedras mentais. Algumas pedras talvez pareçam mais difíceis de serem descartadas do que outras, mas sempre que as deixamos de lado, o Cristo, a Verdade, traz cura e soluções.

Mary Baker Eddy diz: “O Amor é imparcial e universal na sua adaptação e nas suas dádivas” (Ciência e Saúde, p. 13). Quando nos empenhamos em vivenciar a atividade imparcial e incessante do Amor em nossa vida e no mundo, enfrentamos os conflitos com menos pedras e mais amor. Anseio pelo dia em que não haverá pedras em minhas mãos.

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