Era uma tarde quente, ensolarada, um dia perfeito para o treino de softball. No meio do treino, nossa treinadora nos separou. Metade de nós permaneceu no campo, como jogadoras de campo, e a outra metade treinaria como corredoras. Eu estava entre as corredoras. Fiquei contente com a separação porque uma das coisas de que mais gosto é correr nas bases, especialmente quando as jogadoras de campo tentam derrubar a corredora.
Finalmente chegou minha vez e a treinadora ordenou que a bola fosse arremessada. Corri para a primeira base o mais rápido que pude e salvei a bola. Enquanto esperava pelo próximo arremesso, comecei a dar passadas maiores do que de costume, ao invés de ficar parada na base até que a bola fosse rebatida. Corri pela pista em direção à segunda base, a fim de tomar a dianteira. Antes do treino, nossas técnicas haviam instruído as corredoras a serem um tanto “arrojadas” na pista entre as bases, porque no final daquela semana teríamos de jogar contra um time agressivo. Portanto, minhas passadas se tornaram cada vez maiores.
Em uma das minhas passadas, a apanhadora decidiu lançar a bola na primeira base, a fim de me tirar da jogada. Como tive de voltar atrás rapidamente, mergulhei de volta para a primeira base e, com isso, meu dedo ficou espremido contra o chão.
Naquele momento, senti uma dor excruciante no dedo e imediatamente percebi que algo estava errado. Minha colega de equipe contou o ocorrido à técnica assistente, que me levou à treinadora. Quando ela viu meu dedo, disse que eu deveria ligar para minha mãe e ir para o hospital sem demora.
Como minha mãe não atendeu ao telefone, decidi ligar para uma Praticista da Ciência Cristã para orar por mim. Eu já estava orando por mim mesma, sabendo que, como filha de Deus, eu sou sempre perfeita e estou sempre em segurança, e que estou sob o cuidado constante de Deus. Quando contei à praticista o que acontecera, ela falou-me desta passagem de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Pergunta. — O que é o homem? Resposta. — O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos nem de outros elementos materiais. As Escrituras nos informam que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus”. Mais adiante, o trecho diz: “O homem é ideia, a imagem, do Amor; ele não é físico”. E também: “O homem é incapaz de pecar, adoecer e morrer” (Mary Baker Eddy, p. 475). Isso me assegurou que eu não sou material, composta de partes que podem ser quebradas ou machucadas. Sou completamente espiritual, sou a imagem do Amor divino, Deus.
Então a praticista me perguntou se era possível eu me machucar enquanto expressava a Deus. Esse foi um momento de iluminação para mim. Claro que não! Como eu poderia ser ferida enquanto expressava força, alegria e energia, qualidades essas que fazem parte da minha identidade à semelhança de Deus? Agradeci à praticista e ela disse que continuaria a orar por mim.
Tentei ligar novamente para minha mãe. Quando ela atendeu, pedi-lhe para vir me buscar. Minha mãe ficou em dúvida se deveria levar-me para o hospital. Mas eu disse que a dor e o inchaço haviam diminuído bastante, e que preferia continuar orando.
Naquela noite, antes de ir para a cama, orei com “a declaração científica sobre o existir” em Ciência e Saúde (ver p. 468), que me ajudou a afirmar a verdade sobre o que eu sou, isto é, espiritual, não material, e que eu realmente sou feita à imagem e semelhança de Deus, portanto, nunca poderia ficar machucada.
Na manhã seguinte, acordei me sentindo ótima. Havia me esquecido completamente do dedo até que minha mãe perguntou como ele estava. Disse-lhe que honestamente havia me esquecido do acidente e que o dedo estava curado.
Quando mais tarde fui para o treino, a treinadora ficou surpresa ao me ver. Contei-lhe que o dedo estava bem e ela não acreditou, me mandou para a técnica. Esta examinou cuidadosamente meu dedo e disse que não havia nada de errado com ele e que eu estava livre para treinar.
Fiquei muito grata por essa cura e por estar de volta ao campo de softball.
