Durante os primeiros anos do ensino médio, eu me sentia como a peça de um quebra-cabeça que não se encaixava em lugar nenhum. Também não me sentia à vontade quanto ao lugar onde estava nem quanto a quem eu era. Se o ensino médio era o quebra-cabeça, eu era a peça que não somente não se encaixava, mas nem mesmo fazia parte dele.
Eu aprendia de modo diferente dos outros e necessitava de um ambiente em que os professores se importassem com o meu aprendizado e quisessem me dar atenção. Também me sentia mal compreendida e deslocada. Havia uma forte tendência ao materialismo naquela escola, e isso parecia não deixar muito espaço para a espiritualidade. Eu não conseguia me manifestar, sem ter meus pontos de vista desafiados ou descartados. A situação era difícil para mim, pois me voltar a Deus em oração é uma parte muito importante da minha vida.
Durante todo esse período de três anos, orei por uma solução. Pensei que talvez as coisas pudessem mudar naquela escola. Mas também havia uma voz interior que constantemente me sugeria que eu tentasse algo diferente. Essa voz era algo que eu já ouvira antes, quando precisara de orientação, e passei a reconhecê-la como a voz de Deus. Eu realmente confio em Deus. No entanto, apesar de a voz continuar a dizer para eu tentar um colégio interno, e embora eu gostasse da ideia, também vinham as desculpas para eu não seguir essa intuição. Estava com medo de que, se eu deixasse minha casa, perderia meus amigos e romperia meus estreitos laços familiares. Também tinha muitas outras preocupações que me faziam duvidar da direção de Deus. Com isso, eu sempre empurrava essa ideia do colégio interno para bem longe da minha mente e não lhe dava atenção.
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