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Original para a Internet

Ajustar o mecanismo da memória

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 22 de junho de 2020


Há muitas coisas que os mortais precisam lembrar e outras que eles preferem esquecer. Se o mecanismo da memória parece desajustado e a pessoa não consegue recordar o que ela precisa lembrar, ou se ela é atormentada pela recorrência de imagens mentais infelizes de acontecimentos passados, o problema pode ser curado por meio da oração. Há uma lei de Deus que cura a amnésia, remove o bloqueio mental e restaura a memória, ou então permite que a pessoa tenha o controle daqueles pensamentos que melhor seria esquecer — seja qual for o ajuste que um determinado caso pareça necessitar.

A Mente divina é onisciente. Essa Mente mantém em segurança, dentro de si mesma, suas próprias ideias. Nenhum pensamento verdadeiro jamais se perde, nem sequer é temporariamente esquecido. A Mente onipresente, onipotente é toda a ação que existe e é sempre inteligente. Os pensamentos estão continuamente se desdobrando nessa Mente, em sequência ordenada. A Mente nunca está ausente, ela está invariavelmente presente, alerta, forte e verdadeira. Não há névoa nem devaneio a obscurecer a clareza da consciência que a Mente tem de suas ideias. Elas são definidas com precisão, cada uma com seu propósito e importância, mantidas na memória divina por indissolúveis laços de amor, e vivamente discernidas.

Visto que o homem é a manifestação da Mente imortal, ele é dotado da faculdade de uma memória infalível. Essa faculdade nunca pode ser perdida ou enfraquecida, e nunca pode ser perturbada, atormentada por lembranças infelizes. Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Se o pensamento enganoso diz: ‘Perdi a memória’, contradize-o. Nenhuma faculdade da Mente se perde. Na Ciência, todo o existir é eterno, espiritual, perfeito, harmonioso em toda ação” (p. 407).

A pessoa que capta a beleza e a grandeza da criação de Deus sempre gostará de lembrá-las. Não terá nenhum problema em manter no pensamento consciente as ideias que já recebeu da Mente. Elas ficarão gravadas na consciência “com diamante pontiagudo” (Jeremias 17:1).

A memória é um dom precioso que Deus, a Mente, outorga ao homem. Da Mente, que é o Amor divino, emanam pensamentos de amor que, por sua vez, produzem acontecimentos harmoniosos, belas experiências, lembranças felizes. Nenhum pensamento vulgar ou ruim procede de uma fonte tão grandiosa como o Amor, o Princípio onipotente; nenhuma má lembrança paira, como uma acusação, na consciência do homem, fazendo-o lembrar de uma oportunidade perdida ou de um esforço malsucedido. A Mente, a Verdade, não guarda nenhuma amargura, nenhuma tristeza, nenhum pesar. Tudo o que realmente existe ou ocorre na verdadeira consciência é muito bom, é digno de ser lembrado e nunca pode ser perdido.

Tudo aquilo que no pensamento humano é desarmonioso, perturbador, de triste memória, não emana da Mente divina; portanto, não é verdadeiro nem permanente, mas tão efêmero como um sonho — e igualmente esquecido com facilidade por aquele que estiver disposto a admitir sua irrealidade e a abandoná-lo. A Sra. Eddy escreve: “O que quer que obstrua o caminho — fazendo tropeçar, cair ou desfalecer os mortais que estão se empenhando para nele entrar — será removido pelo Amor divino; e o Amor divino levantará aquele que caiu e fortalecerá o fraco. Por isso, abandona tua carga terrenal, da maneira que o Apóstolo descreve: ‘Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que adiante de mim estão’ ” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 18831896, p. 328).

A Ciência Cristã mostra, então, que compreendendo o Amor divino, podemos ajustar o mecanismo da memória humana — quer essa memória esteja funcionando lentamente, esquecendo quando deveria lembrar, quer esteja funcionando de forma demasiadamente imaginativa, trazendo à consciência imagens do pensamento mortal, as quais deveriam ser esquecidas. Esses pensamentos não têm, na verdade, mais substância do que os sonhos e devemos deixá-los cair no nada de onde vieram. Cristo Jesus disse: “...deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mateus 8:22). A vontade humana é muitas vezes incapaz de fazer esse sepultamento — incapaz de fazer a mente mortal soltar as amarras com que se apega a suas próprias imagens falsas. Mas o reconhecimento de que Deus, o Amor, é a única Mente e o único Criador, permite-nos relegar o mal do passado à categoria de sombra e em seguida consigná-lo ao esquecimento, assim como a pessoa que desperta do sono descarta a lembrança de um sonho, por reconhecer a sua irrealidade.   

Visto que a Mente divina é onisciente e o homem reflete as qualidades da Mente, a idade de uma pessoa não serve de argumento para a perda de memória. A memória é imortal, não está sujeita ao cérebro. A matéria não cria condições para as ideias espirituais, nem o tempo impõe penalidades. A Mente é infinita. Sua capacidade não tem limites. Tudo o que existe na Verdade está eternamente na consciência divina e para sempre presente. Cada homem e cada mulher reflete individualmente a capacidade da Mente onipresente e criativa. Cada um pode reivindicar a capacidade de saber tudo o que necessita saber, no exato momento em que necessita desse conhecimento.

A memória melhora, na experiência humana, na proporção em que a pessoa reivindica e cultiva a faculdade imortal que é sua por direito divino, como a Ciência Cristã mostra. A memória perfeita é uma dádiva espiritual a ser valorizada e utilizada. Se alguém negligenciar um dom tão precioso, talvez perca o domínio consciente desse bem e venha a se tornar esquecido, distraído, senil.

Nunca é tarde demais para restaurar uma faculdade perdida — para provar que a Mente está sempre presente e a memória sempre clara — porque na Verdade ela nunca se perde. O homem é eternamente um com a Mente onipotente, e manifesta para sempre as suas qualidades. Sabendo disso, os sábios filhos deste mundo reivindicam e utilizam ao máximo as faculdades mentais que, em realidade, são derivadas de Deus. Eles amam relembrar porque reconhecem todos os verdadeiros objetos e eventos como manifestações do Amor divino. Eles exercem sua faculdade de lembrar como um dom divino, e a desenvolvem com o objetivo de demonstrar a infinitude da memória imortal.

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